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Saúde pública: No Hospital de Taguatinga, macas no corredor fazem parte do cenário da emergência

Por José Maciel

Na emergência do Hospital Regional de Taguatinga, os detalhes impressionam. Somente dois banheiros, um masculino e outro feminino, estavam à disposição de quem esperava atendimento.
Quando a equipe de reportagem de Esquina On-line esteve na unidade de saúde (dia 19 de agosto), o deficiente visual Francisco Edmundo Portela, 59 esperava pela mulher e a cunhada desde às 5h30 da manhã. “Minha mulher tem problema cardíaco há mais de dois anos, e durante a noite passou mal, os bombeiros que trouxeram ela pra cá, mas se eu pudesse escolher, levaria ela para o HRAN”, relatou Francisco.
O corredor que dá acesso aos leitos de internação estava superlotado e bem protegido. De longe, viam-se várias macas que dividiam espaço com as pessoas que transitavam de um lado para o outro do hospital.
Na entrada do corredor que dá acesso aos quartos, o aniversariante Jorge Bastos, 49, trazia na cadeira de rodas o irmão Ronaldo Azevedo, também 49 anos, da radiografia do hospital. “Levei ele para fazer um raio-x. Mas como não tinha médico lá, o resultado só vai sair na parte da tarde”, disse Jorge. Ronaldo está internado desde o dia 16 de agosto com problemas cardíacos.

Preocupado com a saúde do irmão, Jorge procurou a diretora de atenção à saúde do hospital, Márcia Teresa, para reclamar do atendimento e da situação da emergência.
Na conversa, Jorge disse ter conseguido, depois de muito esforço, que a diretora  indicasse o irmão para fazer um transplante de coração no INCOR-DF. No entanto, ele explica que a indicação não prevê a data da cirurgia.