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Jovens brasileiros se organizam para participar ativamente da COP 19

Por Marcela Oliveira e Thaïs Martins

- O Engajamundo se preparou desde maio para garantir a representatividade brasileira na discussão que começa hoje, na Polônia -

A 19ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas - COP 19, que começa hoje na cidade de Varsóvia, na Polônia, levou a organização Engajamundo a se preparar para participar ativamente das discussões que lá circundam. Foram desenvolvidas capacitações para buscar uma posição que os jovens levariam ao evento. “Desenvolvemos um material sobre mudanças climáticas e apresentamos em algumas capitais brasileiras. Percebemos que havia muito interesse dos jovens nas conferências internacionais. Nosso intuito é fazer uma ponte e levar os jovens para as conferências, além de informá-los e conscientizá-los sobre as questões que estão sendo debatidas”, explica a coordenadora do projeto Laura Jungman. 


Delegação na Polônia, na Conference of Youth, que antecede à COP

A COP 19 tem o papel importante na busca em criar um novo acordo para ser assinado em 2015, já que o Protocolo de Kyoto foi a inspiração no ano passado. É um momento no qual os países devem discutir os termos de um novo acordo sobre mudanças climáticas. “A expectativa que se tem é que esse acordo seja bem mais ambicioso do que as propostas que foram colocadas anteriormente. Por isso, é muito importante que a sociedade civil seja ativa e pressione os governos para que esse tratado tenha maiores garantias e metas mais ambiciosas a serem atingidas”, afirma Laura.

Além da informação, o Engajamundo tem o objetivo de monitorar o que o governo se comprometeu a fazer durante as conferências internacionais está de fato sendo posto em prática nacionalmente. De acordo com a organização, sustentabilidade é um conceito que vai além de um significado puramente ambiental, pois envolve um pilar econômico e um social. Dessa forma, é importante que os jovens percebam os impactos positivos que a sustentabilidade pode proporcionar para além do ambiental, cuja preservação, por si só, já é essencial para a qualidade de vida das gerações presentes e futuras.

No ambiente das cidades, a tentativa de minimizar a produção de carbono assume um papel fundamental, tendo em vista que a maior parte das emissões de gases de efeito estufa vem das cidades. “Sustentabilidade inclui melhoria dos transportes públicos, valorização dos espaços comunitários, reflorestamento urbano, dentre outras iniciativas positivas para a população jovem”, conclui Laura.

Discutir sustentabilidade tem despertado a atenção da mídia e está cada vez mais inserida nas discussões corriqueiras da sociedade. Crianças, jovens e adultos estão conscientizando de que é essencial compreender sobre a importância do meio ambiente. É por meio dele que respiramos, nos alimentamos e sobrevivemos. Mais importante do que discutir, é acreditar que é possível criar uma mobilização coletiva para que cada vez mais possamos cuidar do que é nosso.



Apresentação de capacitação explicando como participar de uma negociação internacional sobre mudanças climáticas

Conferência das Partes: conheça um pouco sobre cada uma das 19 reuniões

Por Mariana Dâmaso e Natasha Teles 

- A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima - CQNUMC - é um tratado internacional que foi resultado da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que aconteceu em 1992 no Rio de Janeiro - 



Conferência das Partes
As COP - Conferência das Partes - são os encontros feitos pelos países do tratado da CQNUMC e buscam, por meio de acordos e protocolos, a implementação de estratégias para diminuir o impacto climático do planeta. O maior avanço obtido nos encontros foi o Protocolo de Kyoto.  Ele estabeleceu metas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa para os principais emissores, denominados de Países do Anexo I.

Para monitorar o andamento são realizados encontros anuais que revisam os acordos e buscam e sua real efetivação. Os encontros levam o nome da cidade que sedia o evento. Varsóvia, na Polônia e Paris, na França serão a sede da 19ª edição, que se dividirá em duas etapas nos anos de 2013 e 2015.


Efeito estufa: o inimigo do planeta

Por Ana Gabriela Oliveira

- O aquecimento global sem precedentes é um fato e as emissões de gases de efeito estufa, provocados pelo homem, são a principal causa -


Segundo o IPCC, o homem é o culpado pelo aquecimento do planeta

O Relatório de Avaliação (AR5) do IPCC aponta que o aquecimento global sem precedentes é um fato e as emissões de gases de efeito estufa (GEE) é a principal causa. As mudanças climáticas provocadas por este aquecimento afetam o nível do mar, a temperatura e a acidez dos oceanos, extensão e espessura do gelo nos polos e disponibilidade de água no planeta. Para estancar esse processo é preciso reduzir drasticamente as emissões de GEE sob pena de, ao final desse século, haver um aumento médio de temperatura do planeta em até 4,8 ºC (40% do que no início do século passado).

O anúncio foi feito no dia 27 de setembro passado, em Estocolmo, na Suécia, pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU). O relatório alerta que caso as emissões de gases do efeito estufa continuem aumentando a atuais taxas ao longo dos próximos anos, a temperatura do planeta poderá aumentar – o que resulta em danos na maior parte das regiões costeiras do globo.

O relatório tem gerado polêmica e os impactos dos cenários serão objeto da segunda parte do relatório a ser lançado em março de 2014, que também abordará as ações necessárias para mitigar as emissões.

O que é o IPCC?
Criado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pela Organização Meteorológica Mundial para estudar os fenômenos relacionados à mudança do clima, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) reúne 2.500 renomados cientistas de mais de 130 países. Nasceu em 1988, da percepção de que a ação humana poderia estar exercendo uma forte influência sobre o clima do planeta e que é necessário acompanhar esse processo.
Dirigido atualmente pelo indiano Rajendra Pachauri, o IPCC faz relatórios e pareceres técnicos com base na literatura técnico-científica sobre as mudanças do clima (AR - Assessment Reports), estuda os efeitos das alterações climáticas, subsidiando as Partes (países) da Convenção.


O primeiro Relatório de Avaliação sobre o Meio Ambiente foi publicado em 1990 e reuniu argumentos em favor da criação da Convenção do Quadro das Nações Unidas para Mudanças do Clima (UNFCC), a instância em que os governos negociam políticas referentes à mudança climática. O segundo relatório do IPCC foi publicado em 1995 e acrescentou ainda mais elementos às discussões que resultaram na adoção do Protocolo de Kyoto dois anos depois, graças ao trabalho da UNFCC. O terceiro relatório do IPCC foi publicado em 2001, o quarto em 2007 e o quinto e último em 2013.
Primeira reunião do IPCC EM 1988

Como são feitos os relatórios?
O IPCC não realiza pesquisas científicas, mas avalia as investigações existentes. O trabalho é publicado em quatro etapas e é produzido por três grupos de trabalho e uma equipe especial sobre inventários nacionais de gases do efeito estufa (GEE). Cada Grupo de trabalho assim como a equipe especial tem dois presidentes, um de um país desenvolvido e outro de um país em desenvolvimento, e uma unidade de apoio técnico.
O primeiro grupo é responsável pelo primeiro capítulo, que reúne evidências científicas de que a mudança climática se deve à ação do homem; o segundo trata das consequências da mudança climática para o meio ambiente e para a saúde; e o terceiro estuda maneiras de combater a mudança climática e prover alternativas de adaptação das populações. Um quarto capítulo sintetiza as conclusões dos anteriores.


O Site O Eco mostra através de um infográfico o passo a passo da produção dos relatórios. 
IPCC brasileiro

O governo brasileiro instituiu no dia 17 de abril de 2009 o Painel Brasileiro sobre Mudanças do Clima. A iniciativa reúne cerca de 
300 cientistas e pesquisadores de várias instituições e centros universitários. O grupo de cientistas brasileiros compila e analisa toda a produção científica do país a respeito dos mais diferentes aspectos das alterações do clima. 
O governo brasileiro conta com o apoio da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima), criada 2007. Composta por integrantes de diversas áreas, como governo e academia, a Rede objetiva atuar na produção e disseminação de conhecimentos e tecnologias em mudanças do clima, além de contribuir para a formulação e acompanhamento de políticas públicas no âmbito do território brasileiro. 

Protocolo de Kyoto: o constante debate sobre o tratado climático

Por João Paulo Alves, Filipe Ferreira e Natália Moraes

- Em meio às discussões sobre sustentabilidade, desenvolvimento limpo e desistências, novo acordo global de redução de emissões é adiado para 2020 -

O Protocolo de Kyoto estabeleceu uma meta central para cortes de emissões de gases por países industrializados. Porém, os Estados Unidos e a China, considerado uns dos maiores poluentes, não se uniram ao protocolo. Os países alega que o tratado custaria empregos, que não estabelecia metas para grandes nações emergentes e alega também que a redução dos gases poluentes iria comprometer o seu desenvolvimento. Países como Rússia, Canadá e Japão também já saíram do tratado na fase intermediaria de prorrogação. Veja abaixo o quadro informativo de 2004 que explica didaticamente o que é o Protocolo.





O protocolo é um tratado internacional com objetivo de reduzir a emissão dos gases que agravam o efeito estufa, que de acordo com pesquisas científicas, são a causa do aquecimento global. O tratado foi discutido em Kyoto no Japão em 1997 e validado em 15 de março de 1999, com mais de 55 países que juntos produzem 55% das emissões de gases. Posteriormente, foi a vez da Rússia ratificar, em 2004.

Na 18ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 18), realizada na cidade de Doha, no Catar, foi concretizada a extensão do Protocolo de Kyoto para 2020.

Um aspecto importante do protocolo é que apenas os países ricos, do chamado Anexo I, são obrigados a reduzir suas emissões. Países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia são do chamado “Países do não-anexo I”, e também são grandes emissores de poluentes, e podem participar do acordo, mas não são obrigados a cumprir qualquer redução.

Países, como Rússia e Polônia, queriam ter o direito de utilizar os créditos acumulados no decorrer da primeira fase do Protocolo. Outras nações, que foram contra esta ideia, informaram que caso isso ocorresse o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), perderiam sua eficácia. O MDL é um dos mecanismos criados pelo Protocolo de Quioto para auxiliar o processo de redução de emissões de gases do efeito estufa por parte dos países do Anexo I.

Após os debates, os países do Leste Europeu poderão utilizar o “Hot Air”, mas compradores deverão limitar sua aquisição desses créditos a 2% da sua alocação nacional no segundo período. Porém, diversas nações, como Japão, Liechtenstein, Noruega, Mônaco e Suíça, informaram que não comprarão nenhuma quantidade desse tipo de crédito. Deixando a delegação da Rússia insatisfeita.

As metas de redução de gases não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados de redução para os 38 países que mais emitem gases, o protocolo prevê ainda a diminuição da emissão de gases dos países que compõe a União Europeia em 8%, já os Estados Unidos em 7% e Japão em 6%. 


Principais estímulos do Protocolo de Kyoto
- Estimular os países a cooperarem entre si;
- Reformar os setores de energia e transportes;
- Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
- Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
- Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;
- Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.

O Protocolo de Kyoto não apenas discute e implanta medidas de redução de gases, mas também incentiva e estabelece medidas com intuito de substituir produtos oriundos do petróleo por outros que provocam menos impacto. 

As nações desenvolvidas reafirmaram que estão comprometidas em cumprir a promessa de que US$ 100 bilhões sejam liberados anualmente até 2020, porém não tem como analisar e saber como tornar possível esta meta. O tratado climático precisa estar pronto em 2015 para que entre em vigor quando expirar o Protocolo de Kyoto em 2020.