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Mercado do peixe atrai consumidores brasilienses


O Mercado do Peixe de Brasília, localizado no CEASA-DF, surgiu há um ano e meio de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal – SEAGRI-DF, e o Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA.

O Mercado do Peixe é uma Associação, sem fins lucrativos a associação composta por 90 criadores e pescadores, que chegou a Brasília visando a autossuficiência no abastecimento de pescado da cidade.  Além da autossuficiência, o Mercado cria oportunidades e  valoriza a produção dos pequenos produtores e pescadores, o que possibilita a inclusão destes no mercado.

Uma grande vatangem do Mercado do Peixe é a relação direta entre produtor e consumidor.  Ao mesmo tempo que o produtor tem seu produto valorizado, o consumidor tem à sua disposição peixes fresquinhos. O cliente chega no Mercado, escolhe o peixe no tanque e em seguida ele é abatido e limpo na hora. Esse é o grande diferencial do Mercado.“Esse procedimento é feito para preservar a cor, o sabor e a textura do peixe”, afirma o presidente da Associação, Elmar Wagner (75).

No Mercado do Peixe pode-se encontrar os seguintes tipos de peixes: Tilápia, Pintado, Tambaqui, dentre outros. Todos de água doce e vindos da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal – RIDE-DF, da qual fazem parte o Distrito Federal, 19 municípios do Goiás e 3 de Minas Gerais.  Além de peixes, são vendidos mexilhões, trazidos de Santa Catarina.

Em um sábado comum, a venda média do Mercado é de 650 quilos de peixe, podendo chegar a 3 toneladas no feriado de Semana Santa.O Mercado do Peixe é aberto aos sábados de 7h às 17h.

Curiosidades:
Como saber se o peixe está fresco?
. Os peixes devem ter boa aparência, ou seja, sem manchas, furos ou cortes na superfície;
. Os olhos devem ser brilhantes, salientes e transparentes;
. As escamas devem ser unidas entre si, brilhantes e fortemente aderidas à pele;
. As brânquias (guelras) devem possuir cor que vai do rosa ao vermelho intenso, sem viscosidade, úmidas e brilhantes;
. Odor característico e não repugnante;
. Livre de contaminantes (como areia, pedaços de metais, plásticos, combustíveis, sabão e moscas).


Por- Bruna Salvador Santos-Jornal Esquina on-line

NO SINAL - PALHAÇOS TRANSFORMAM FAIXA DE PEDESTRE EM PICADEIRO


Roupas coloridas, maquiagem exagerada e o inconfundível nariz vermelho. Quem nunca se encantou por esse personagem tão característico do universo infantil? Conhecido há mais de quatro mil anos, o palhaço não se limitou aos picadeiros e, ainda hoje, é um dos personagens favoritos dos que se dedicam a arte de fazer rir. Mesmo em lugares simples e imediatos, a magia do palhaço de rua não se apagou. Prova disso é o espetáculo de outro palhaço, Francisco Lima, que há oito meses descontrai o dia a dia dos brasilienses se apresentando nos semáforos da capital.
Nascido e criado no interior de São Paulo, Francisco veio a Brasília para proporcionar melhores condições de vida a sua família. Mas não satisfeito com o mercado de trabalho, em uma roda de amigos descobriu que tinha o dom de fazer as pessoas rirem. Sobre seu espetáculo, Francisco afirma não seguir nenhum roteiro. “Crio palhaçadas na hora, gosto de brincar com o humor de cada motorista para descontraí-los”, conta.  Segundo o artista, o palhaço sempre será o personagem principal do universo infantil.
Persistência - Sem dúvida é no universo infantil que o palhaço conquista o maior espectador. É o que afirma Genilson Francisco, mais conhecido como o palhaço Psiu. Na profissão há 15 anos, o animador de festas infantis atribui às crianças sua perseverança. “Muita gente que começou comigo na profissão desistiu. Eu acho que o fato de gostar mesmo de criança me levou a continuar”. Apesar de ter tido uma infância difícil em um orfanato, Psiu (como prefere ser chamado) não perdeu o sorriso e o espírito brincalhão. Além do trabalho com animação em festas, ele desenvolve atividades voluntárias em creches e orfanatos.
“O motivo verdadeiro disso tudo foi saber, até pela minha própria vida, que essas crianças precisam de alegria. Foi o que me deu forças pra continuar o palhaço Psiu”. Apesar dos outros personagens que invadiram o mercado das festas infantis, Genilson ressalta que o palhaço não deixou de ser o favorito da criançada. O trabalho com música e gincanas envolve até os adultos e sempre se torna o principal atrativo do evento. “O palhaço tem uma capacidade de segurar a atenção da criança. Eu ainda não sei como eu consigo segurar tantas crianças por tanto tempo”, afirma Psiu. Questionado sobre como faz para sempre manter o bom humor e a alegria do personagem, Genilson não exita: “É fácil! O Genilson fica em casa. Vai pra festa o Palhaço Psiu, cheio de amor”.
Outro brasiliense, hoje consagrado ator e coreógrafo Zé Regino conseguiu, na pele do Palhaço Zambelê, conquistar o teatro brasiliense. Participou com seus trabalhos de festivais em vários estados do Brasil, Espanha, EUA, Portugal, Itália, Alemanha e Malta. No espetáculo “Saída de emergência”, o público é convidado a participar das ingênuas trapalhadas de Zambelê, que sempre encontra um desfecho divertido para suas confusões. Para compor o Palhaço Zambelê, Zé Regino aliou o talento ao estudo e técnica. “Quando eu comecei a fazer não sabia que tinha técnica. E tem! Tem curso, tem treinamento. Nos anos 80 não tinha. Você aprendia pela cara e a coragem”.
Nos anos 90, porém, segundo ele, este quadro começa a se modificar. A arte clown chega com força ao Brasil e começam a surgir estudiosos dispostos a falar sério sobre o riso. Foi na Inglaterra que Zé Regino conheceu o manual “A arte da bobagem”. O material, de autora brasileira, rege os princípios básicos para se trabalhar com o estado de graça e manter o público numa espécie de ingenuidade dilatada. “É nisso que eu venho me aprofundando. Nessa questão de trabalhar com a bobagem. Quanto mais simples, mais legal pode ficar. E aí o importante não é o que você faz, mas como você faz”, afirma Zé Regino.
A pedagoga e pós-graduada em administração escolar Daniela Salazar ressalta o caráter lúdico do personagem. Segundo ela, a imagem do palhaço é associada a um momento prazeroso, de descontração. Além disso, o personagem tem a possibilidade de transmitir mensagens educativas através das brincadeiras. Sobre a faixa etária que mais se interessa pelo personagem afirma: “Todas! Se for criativo até eu sou despertada e me recordo dos tempos de criança. Alegria contagia qualquer um”.

Por Karina Jordão - Jornal Esquina On-line

NO SINAL - Ambulante lamenta pressão

Sacos de lixo, pano de chão, frutas da época. Vende-se de tudo nos semáforos de Brasília. Ambulantes disputam espaços com panfleteiros e artistas; todos buscam o pão de cada dia. O trabalho informal sustenta chefes de família como o ambulante Hélio da Silva, que trabalha no semáforo da 708 Norte. Ele comprou panos de chão e frutas, mas reclama que é perturbado por mafiosos, ‘donos da Asa Norte’.

O ambulante revela que o investimento não tem trazido o retorno desejado. "Comprei os produtos com meu dinheiro, mas não está valendo a pena", afirma Hélio da Silva.

Trabalho em família

Os irmãos Santos saem do Itapoã às seis e meia da manhã e seguem para um dos pontos que Daniel Santos gerencia na Asa Norte. O empregador do trabalho informal, cunhado de Daniel, tem quatro pontos na Asa Norte e paga a alimentação e mil reais por mês, como salário, ao jovem. "Ele (o dono do ponto) já chegou a me oferecer os direitos trabalhistas, mas ainda não resolvi", afirmou o gerente.

Para sustentar a mulher e o enteado, Daniel prefere trabalhar no sinal a procurar um emprego com carteira assinada. Davi Santos, pai de quatro filhos, trabalha por porcentagem e revela seu ganho mensal e também não quer mudar de emprego. "Chego a ganhar 1600 reais por mês", afirmou.

Vendedores ambulantes tentam ganhar o pão de cada dia entre carros parados no sinal. Em pequenas andanças, durante de três minutos, enquanto o sinal permanece vermelho na 713 Norte, dois irmãos vendem panos e frutas da época.

Por Luciano Villalba Neto - Jornal Esquina On-line

NO SINAL - Vendedor ambulante em semáforos quer legalização da profissão

            ”Na semana passada, eu perdi uma caixa de balas. A fiscalização tomou as flanelas que uma mulher estava vendendo no sinal e ainda levou minha caixa de balas. Tudo bem se fosse material pirata, mas eu tinha a nota fiscal”, afirma Edson Valadares, 30 anos. Ele trabalha há sete anos nos semáforos de Brasília, começou vendendo óculos de sol, paçocas, balas, flanelas e ultimamente vende mais canetas e carregadores para celulares. Mas diz que depende da época, ele observa que no final do mês é melhor revender produtos mais baratos e os que as pessoas compram mais, como panos de saco, sacos de lixo e frutas.

            Esse homem, morador do Recanto das Emas, conta que a ideia de ir comercializar em semáforos surgiu a partir da necessidade, quando a filha nasceu e ele não tinha trabalho: ”eu tinha que trabalhar, eu não tinha profissão, profissão minha é vendedor e agora eu tenho de serviços gerais de limpeza, eu sou muito bom de limpeza. Eu to aprendendo alguma coisa na vida, agora né?”.

            Há três meses, pela primeira vez, Vasconcelos conseguiu um trabalho com carteira assinada, fazendo a limpeza de um shopping do Distrito Federal em dias alternados. ”Na minha folga como é hoje, eu estou vindo fazer mais um bico porque o salário lá é pouco, e nós temos que pagar água, luz, gás, fazer refeição e não dá”, ressaltou.

            Ele fala que a maioria das pessoas que são vendedores nos semáforos não quer ter um trabalho fichado, pois não tem horário para ir ao serviço e nem para voltar, vai trabalhar no dia que quer e pode sair para resolver outras questões quando precisa. Mas além dos benefícios, conta que há os malefícios: ”não tem seguro desemprego, nós temos que pagar nossas passagens, nós temos que pagar nossos almoços e quando vende ganha, quando não vende, não ganha. A outra desvantagem é que a gente tem que correr do rapa, que sempre estão aí fazendo o trabalho deles”.

            Vasconcelos quer que a profissão de vendedor em semáforos seja regularizada, assim como foi a de flanelinha. ”Eu acho que eles deveriam legalizar, assim, igual fizeram com os flanelinhas, que agora eles têm colete e têm carteirinha. Acho que no semáforo podia ter colete e carteira para as pessoas que trabalham com mercadorias que não são piratas. A gente poderia trabalhar tranquilamente”, afirmou.

Por Weslian Medeiros - Jornal Esquina On-line

Polêmica sobre a prática de acupuntura persiste

A acupuntura – técnica da medicina chinesa que utiliza agulhas aplicadas em diversos pontos do corpo – tem conquistado cada vez mais adeptos no Brasil. A prática chegou ao país por meio de imigrantes japoneses, há muito tempo – em 1908. Contudo, somente em 1995 foi reconhecida como uma especialidade da medicina, por meio da Resolução nº 1.455/95, do Conselho Federal de Medicina (CFM).

O grande debate em relação ao tema é que, embora muitos profissionais da saúde e técnicos exerçam a acupuntura, o CFM vem lutando desde 2001 – por meio de ações judiciais contra Conselhos de outras categorias – pela exclusividade médica para a prática.

O artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal, estabelece que “é livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. No caso da acupuntura, como não existe regulamentação legal, inclusive no que diz respeito à competência para o exercício dela, qualquer pessoa pode “livremente” aprender a técnica e aplicá-la.

De acordo com o médico acupunturista David Gonçalves Nordon, “do ponto de vista de requerimentos técnicos, para o exercício da acupuntura no Brasil é necessário adquirir uma formação”. Existem dois tipos de capacitação: o curso técnico (para profissionais que têm somente o nível médio) e o curso de pós-graduação (para quem tem nível superior em alguma área da saúde).

No caso dos médicos, ele explicou que existe a residência em acupuntura, que, segundo ele, aborda a acupuntura não do ponto de vista da medicina tradicional chinesa, mas do ponto de vista ocidental.

Decisão favorável ao CFM

Em abril de 2012, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região deu provimento a um recurso do CFM para restringir a prática da acupuntura a médicos. Isso provocou grande insatisfação por parte de enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e outros profissionais que a exercem.

Os argumentos do CFM são baseados na afirmação de que a acupuntura trata doenças e que, no Brasil, o diagnóstico e o tratamento destas são atividades exclusivas de médicos. Veja o posicionamento do Conselho. Saiba mais

Contudo, como a decisão judicial não tem força de lei, ainda pode ser reformada pelo Superior Tribunal de Justiça ou pelo Supremo Tribunal Federal (se a discussão abordar aspectos constitucionais), desde que haja recursos. O Conselho Federal de Enfermagem já se posicionou e, em nota, afirmou que defenderá em juízo os direitos dos enfermeiros acupunturistas.

Além dos profissionais da saúde, técnicos em acupuntura também não concordam com o posicionamento do CFM – é claro. O acupunturista Marco Aurélio Valadão considera que o tratamento com agulhas vem de uma fonte de conhecimento muito diferente da medicina ocidental.  

A verdade é que, enquanto o exercício da acupuntura não for regulamentado por lei, a discussão permanecerá e as decisões judiciais também.
Por Noa Abe - Jornal Esquina on-line

NO SINAL - Para ser independente, vendedor de caquis inicia jornada 4h30

Aos 18 anos de idade, o vendedor de caquis Reidison da Silva faz, pelo menos, duas viagens por dia. Ele mora na cidade de Luziânia (GO), a 60 quilômetros de Brasília, onde trabalha. O ponto de vendas é um sinal no Eixo Monumental. O rapaz nasceu em Salvador e há um ano saiu da casa dos pais e veio morar em Brasilia para tentar a vida e criar uma independência em relação aos pais.

Segundo o vendedor, tinha boas condições de vida com a família. Mas resolveu morar sozinho em Luziânia e, conforme garante, com o dinheiro que consegue vendendo caqui, paga todas as contas. Desde que chegou em Brasilia, o rapaz já fez de tudo um pouco. Trabalhou como embalador, atendente de lanchonete e posto de gasolina.

Ele conta que faz parte de uma empresa, onde trabalham cerca de 40 pessoas, desde pessoas mais novas até os mais velhos. Às 4h30, o transporte fornecido para o grupo de vendedores busca todos eles em casa e deixa cada pessoa em um ponto de venda. Nessa atividade, ele diz ganhar R$ 80 por dia, sendo que R$ 20 são descontados para cobrir despesas de transporte e da refeição.

O vendedor explica que cada um recebe cerca de vinte bandejas com dez caquis cada uma. “Normalmente, vendo tudo. Mas, ultimamente, o movimento não tem sido bom”. O tempo de trabalho é dividido com os estudos. Ele frequenta uma escola pública perto de casa, onde cursa o primeiro ano. E mesmo debaixo do sol e sob o cansaço de um dia inteiro de trabalho Reidison não perde o bom humor. Conta que além do trabalho e dos estudos sobra tempo pra namorar. ”Aos finais de semana, eu vou para a igreja rezar e paquerar”, conta.
Por Marília Saldanha - Jornal Esquina on-line