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Hora de pico - Saiba mais da rotina de motoristas e cobradores

Por Daniel Freire e Maria Eugênia Caminha

Rodoviária central de Brasília, seis horas da tarde, horário de pico. Pessoas ali procuram um ônibus que as levará para casa. Filas se formam, várias faces cansadas são vistas, mas no meio da grande massa algumas camisetas azuis chamam um pouco a atenção. Os que as vestem, por mais que não pareça, são os grandes protagonistas dessas tumultuadas tardes. Os motoristas e cobradores são os responsáveis pelo transporte de grande parte da população brasiliense, que todos os dias depende do transporte público para levar a vida. Um trabalho importante, mas bastante sofrido.

No mundo dos entrevistados para esta reportagem, a jornada começa cedo. Eles contaram que às 5h já devem estar prontos para que às 7h40 estejam dentro dos ônibus. César Henrique e Nilsimar Oliveira dos Santos são cobradores. Ailton Olímpio de Jesus e Aldemar Amaral de Lima são motoristas. O que os une, além dos ônibus, são as poucas horas de sono. A rotina que começa na madrugada vai até as 20h. As rotas são pelo Plano Piloto, consideradas, por eles, as mais tranqüilas. O trabalho pesado e o pouco sono geram muito, mas muito estresse, segundo informaram à reportagem. Os problemas que eles relatam vão dos direitos trabalhistas supostamente prejudicados a desconforto nos veículos. Além disso, reclamam do salário (leia mais abaixo).


Os cobradores César Henrique e Nilsimar Oliveira

Eles afirmam quie não contam com qualquer treinamento da empresa contratante e, conforme relatam, são mandados diretamente para dentro dos veículos, como explica Nilsimar. O mais novo do  grupo de entrevistados tem 23 anos, sete meses de carreira e gostaria de estar mais bem preparado para suas jornadas como cobrador. “Eles nos dão o uniforme e nos mandam trabalhar. Só isso”, disse.

Ele acredita que está se saindo bem na função, mas ressaltou que lidar com o ser humano não é tarefa fácil. “A gente aprende que o passageiro 'tem sempre razão', mas nem sempre é assim. Muitos deles não querem escutar mesmo estando errados, mesmo sendo grosseiros”, explicou. “A gente precisa ter calma. É um exercício de paciência”.

Salário - Em todas as entrevistas realizadas, a falta de benefícios surgiu como o problema mais incômodo. Afinal, esses trabalhadores não possuem plano de saúde e contam apenas com a renda mensal (cerca de R$ 730 para cobradores e R$ 1,400 para motoristas) e ticket alimentação. Outro problema é a má conservação dos ônibus, que não só os incomoda como afeta a qualidade do serviço prestado. Alguns deles trabalham no ramo há mais de 30 anos e, como acreditam não terem outras opções, precisam aceitar a realidade que os passageiros também não questionam. Aceitar... eles até aceitam. Mas, se conformar... Aí já é outra história.

Hora de pico - Reclamação sobre o transporte público cresce em 2011

Passageiros formam tumulto para tentar entrar no ônibus
Por Larissa Rehem

A funcionária pública Ivanir Alves trabalha na CAESB, no Lago Sul, e mora em Planaltina do Goiás. Ela diz que demora cerca de uma hora e vinte minutos para sair de casa e chegar em seu local de trabalho. Para ir e voltar, pega quatro ônibus e gasta R$13,50 por dia com passagem. O valor gasto por Ivanir, segundo acredita, é incompatível com as condições dos ônibus, que segundo ela “vão de mal a pior, quebram constantemente e para pegar outro é uma luta. Os motoristas estão sempre mal-humorados, e os ônibus nunca têm horário para passar na parada.”

Ela faz parte do coro de reclamações ao estado dos ônibus que circulam no Distrito Federal. Os funcionários do serviço 156 (telefone disponibilizado para usuários) receberam, nos quatro primeiros meses do ano, reclamações que superam em 10% o que foi registrado em 2010. Mais de 1200, em média, por mês.

Variedade - Diferente do que diz Ivanir, Cláudio Aguiar, administrador e morador do Cruzeiro, afirma que a oferta de ônibus é boa e que na cidade em que mora os veículos passam constantemente. Mas apesar da quantidade ser boa, Cláudio também reclama da qualidade deles "todo dia quebra um". Ele afirma que a capital, por ter sido planejada e por, supostamente, ser uma cidade moderna, tem o pior sistema de transporte público do mundo. “Na Alemanha, por exemplo, país da década de 30, existem cidades com metrô e ônibus interligado. Já em Brasília, é visto uma cidade recente que foi construída sem uma atenção para o transporte público. O metrô da cidade não atende nem metade da população, não passa por todos os locais e os ônibus são horríveis.”

Já o aposentado Jorge Alves, gosta mesmo é de relembrar quando chegou na capital do país, em 1966. Naquela época, segundo recorda, o trânsito era tranquilo, as cidades satélites eram menores e a população também. Mas ele comenta que o transporte público sempre foi péssimo. “Quando cheguei aqui isso era um céu, coisa linda. Mas desde sempre o transporte público é difícil e por isso todas as casas tem, pelo menos, um carro.”

De acordo com cada um dos entrevistados, a solução para o problema do trânsito seria a diminuição da quantidade de carros, a construção de faixas exclusivas para ônibus e ter um transporte público de qualidade, que interligasse metrô e ônibus, que atendesse toda a população e, principalmente, que tivesse um preço justo.

Hora de pico - De manhã, tarde e noite, vias do Sudoeste sempre engarrafadas

                                             Engarrafamento na quadra 103/303 no Sudoeste

Por Luiz Henrique, Juliana Bergmann e Renata Franco


O trânsito no Sudoeste é um dos mais caóticos do DF. Quem mora no bairro pode chegar ao Plano Piloto apenas por dois caminhos principais: o Parque ou o Eixo Monumental, e sabe que toda a hora é hora de pico. Derli Rodrigues é taxista há 27 anos e trabalha no Sudoeste há um ano. “Todos têm carro aqui, só quem não tem são os que não moram aqui”, observa ele sobre a grande quantidade de carros. Em sua opinião, mais pistas na avenida central do Sudoeste poderiam ser uma solução para o trânsito intenso.

Como se não bastassem os congestionamentos, outro problema do bairro são os meios de transporte público. Driele Andressa trabalha como assistente operacional no Instituto Chico Mendes. A moradora de Santa Maria precisa sair de casa às 6h20 para chegar ao trabalho, no Sudoeste, às 8h. “Levo uma hora e meia”, diz ela. Driele ainda reclama que faltam faixas de pedestres perto das paradas de ônibus, nos arredores do bairro. E acrescenta: “Demora ainda mais tempo para ir embora, já que passa ônibus só de hora em hora na avenida central”.
Daniela Moraes, moradora do Sudoeste há seis anos, concorda que o trânsito é problemático, mas diz que as piores horas são entre 8h e 9h e entre 18h e 20h. Ela diz que leva mais tempo para percorrer o trajeto entre a 102 Sul e o Sudoeste do que seu marido ao se deslocar de Sobradinho para o bairro. Uma saída para o trânsito intenso? “Alamedas. Colocar árvores no caminho. Assim, os moradores poderiam andar mais a pé. Sempre que saio vejo alguém de sombrinha”, conta Daniela.



Ponto de táxi na quadra 103 - Taxista Derli Rodrigues

Hora de pico - Veja como foi o Dia Mundial sem Carro. Veja soluções de trânsito, segundo secretário



 Por Lucas Pacheco

No Dia Mundial sem Carro, a situação do transporte público e o trânsito não motivam o brasiliense a deixar o automóvel em casa. Na manhã da quinta-feira (22) em que o dia foi lembrado, a Policia Rodoviária Federal (PRF) e a Companhia de Policiamento Rodoviário (CPRV) não souberam informar quantos carros vieram para Brasília. A reportagem do Esquina online foi às ruas falar com pedestres, motoristas de carros  e ônibus para descobrir o problema.
De acordo com Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), a capital e em entorno têm mais de três mil ônibus para a população, contudo muitos são considerados velhos. No final da W3 Norte, as empresas de ônibus estacionam os veículos em um “barrão”. Segundo um fiscal de ônibus, as companhias têm autorização do governo para deixar os veículos lá.

Em 2009, o DF tinha cadastrado no Detran 5.690 motoristas de ônibus. Para alguns, uma solução possível para tornar o trânsito da cidade mais dinâmico é a construção de faixas exclusivas para ônibus. “A construção de mais uma faixa ajudaria muito a gente. Provavelmente diminuiria o trânsito”, afirma o motorista de ônibus, Rafael Aguiar.
Segundo o secretário de Transportes, José Walter Vazquez Filho, o governo fará uma licitação dos novos veículos e deve ser concluída em março de 2012. A partir de então, serão seis meses para que os ônibus comprados entrem em circulação. Também prometeu obras para corredores exclusivos para ônibus para diminuir o tempo de traslado dos passageiros.

Hora de pico - Na Austrália, atrasos não passam de 3 minutos. Socióloga diz que transporte afeta outros serviços

Por Luísa Peleja

Quando se fala de transporte público no Brasil, é quase impossível evitar uma comparação com o exterior. Na maior parte dos países o transporte público é a primeira opção de locomoção nas cidades. O cidadão conta com balsas, ônibus e metrôs de alta qualidade,pontuais e o melhor de tudo, acessíveis ao bolso do todos. No nosso país, a situação é completamente diferente, já que nem no horário deles podemos confiar.

Na Austrália, a repórter pôde observar no início de 2011 que todos os pontos de ônibus na cidade contavam com uma grade horária de todos os transportes públicos da cidade durante os dias da semana e feriados. Dentro dos mesmos, uma placa indicava a próxima parada e, se algum deles atrasava, não era mais de três minutos. Até na noite da cidade, os jovens optam pelo uso dos ônibus para voltar em segurança para casa, diminuindo também, o índice de acidentes.



“Mudando o cenário do nosso transporte, poderíamos mudar muita coisa para melhor. Brasília e o Brasil ainda são muito amadores nesse quesito”, diz a socióloga Ana Paula de Souza.

Segundo a especialista, um serviço público interfere diretamente sobre o outro. “Para ter acesso a saúde de maneira geral e a cultura, por exemplo, precisamos do transporte público. Do que adianta termos bons médicos, remédios , atrações culturais gratuitas se as pessoas não conseguem chegar? Muitas pessoas são vedadas devido a dificuldade de locomoção e o alto preço da passagem”.

Preço das tarifas

 No início de agosto deste ano, as passagens de ônibus sofreram um reajuste de 4,6%. Autorizado pela Agência Nacional deTransportes Terrestres (ANTT), o cálculo do aumento da tarifa levou em conta avariação do preço do combustível, lubrificantes, peças e acessórios, veículos edespesas gerais das empresas de transporte coletivo. Mas, para benefício dapopulação, desde 2007, a empresa FÁCIL, criou sete cartões para operacionalizar o sistema de bilhetagem eletrônica do Distrito Federal, fornecendo aos clientes rapidez, conforto, facilidade e segurança, já que cinco deles, exceto o cidadão e o vale-transporte, não necessitam de pagamento.

 Os cartões especial, estudante, funcional,gratuidade e sênior são concedidos ao cidadão caso ele se encaixe em algum dos casos estipulados pela lei do passe livre. Como as pessoas acima de 65anos, deficientes físicos, etc. "A quantidade de pessoas que conseguem os cartões de passe livre são muito poucas, em comparação com o resto. A nossa sorte é que a maioria dos trabalhos pagam o vale transporte, se não o salário, nem para isso dava", desabafa a empregada doméstica Gleiciane Cunha, de 24 anos.



Confira a nova tabela de preços

A passagem de Águas Lindas passa de R$ 4,25 para R$4,50
 A passagem da Cidade Ocidental passa de R$ 3,35 para R$ 3,45
 A passagem de Luziânia passa de R$ 4,10 para R$ 4,25
A passagem do Novo Gama passa de R$ 3,80 para R$ 4,05
A passagem de Santo Antônio do Descoberto passa de R$ 4,00 para R$ 4,20
A passagem de Valparaíso passa de R$ 3,00 para R$ 3,10
A passagem do Jardim Ingá passa de R$ 3,50 para R$ 3,60
 A passagem do Lago Azul passa de R$ 4,00 para R$ 4,15
A passagem do Céu Azul passa de R$ 2,75 para R$ 2,85

Condições das paradas nas marginais da BR-020 deixam passageiros revoltados

Por Ludmyla Barbosa


Os problemas do transporte público no DF não se restringem apenas aos ônibus. Nas marginais da BR-020, que liga Sobradinho ao Plano Piloto, as paradas tornaram-se um transtorno para os moradores e trabalhadores.

As pistas marginais foram construídas para aliviar o trânsito e estão em funcionamento desde o início de 2011. Mas, somente no último mês as linhas de ônibus começaram a circular por elas, o que deixou os passageiros transtornados. “Não há espaço suficiente nos acostamentos para os ônibus pararem, nós ficamos exprimidos entre a pista e os cascalhos”, desabafa a estudante Lídia Pereira, moradora de um dos condomínios residenciais em Sobradinho.

Apenas uma placa identifica os pontos ao longo da pista. Durante a noite, não há iluminação e o fato de ter que atravessar quatro pistas deixa a estudante Natália da Costa muito insegura. A construção de mais uma pista fez com que ela participasse de um grupo de jovens que faz transporte solidário, no condomínio onde mora. “Quando posso, vou e volto de carona, mas quando tenho que ir pra casa de ônibus fico apreensiva, principalmente de noite”, lamenta a estudante. Ela não se sente bem em atravessar as quatro vias, onde os carros passam em alta velocidade.

Para Dora Maria, que trabalha como diarista em duas casas de condomínios diferentes, as condições das paradas revelam-se um descaso. “Nós ficamos expostos ao sol, à poeira, com pouco espaço para esperar o transporte e pode ficar ainda pior quando começar o período de chuva, porque não tem nenhuma proteção”, diz Dora.

A diarista, de 43 anos, lembra que o descaso não termina nas paradas. Moradora de Planaltina, ela ainda reclama da quantidade de ônibus. “São poucos para a quantidade de pessoas que precisam, vêm e voltam sempre lotados, isso quando não quebram no meio do caminho”, protesta a faxineira.


Apenas uma linha de ônibus de Santo Antônio do Descoberto para Brasília

Por Laísa Vinhas

Existe apenas uma linha (da empresa Taguatur) para quem deseja viajar de Santo Antônio do Descoberto para Brasília, um trajeto de 60 km. Se perder o ônibus de 23h15 no sábado, Ana Cristina Xavier, moradora de Santo Antônio que trabalha no Plano Piloto, só consegue pegar o próximo, de 00h55 e, normalmente, vai em pé em todo o trajeto. Chega em casa por volta de duas horas da manhã. Ela gasta, em média, quatro a cinco horas do dia em função do transporte público.

Para tentar amenizar o problema de transportes entre Brasília e Goiás, a ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres, avalia a possibilidade do compartilhamento de gestão do sistema de transporte entre o Goiás e o DF, porque esse problema é recorrente também em outras cidades de Goiás. Mas segundo moradores, talvez essa não seja a solução já que há apenas uma linha fornecida pela mesma empresa.

Como visto pela equipe de reportagem, na parada do eixo L em frente ao Banco Central os horários dos ônibus para Santo Antônio são bem espaçados, além de irem lotados. Alguns colocam a placa “Especial”, por estourar a capacidade de passageiros, mudam o trajeto e deixam alguns passageiros para trás.

“A nossa revolta é porque não temos outra opção. A Taguatur monopoliza o serviço e sabe que não for eles, perdermos nossos empregos ou então temos que dormir na rodoviária. Só gostaria de entender o que acontece por trás disso, o porquê de não entrar outra empresa”, diz Ana Cristina.

Joseandisô Alves Teixeira, trabalha como garçom em um restaurante na Asa Sul e também depende dos ônibus que vêm de Santo Antônio. “Tenho só 18 anos e gostaria de poder continuar meus estudos, fazer faculdade de Relações Internacionais, um curso de inglês... Mas como tenho que trabalhar, não tenho escolha, ainda mais dependendo do transporte público. As vezes sinto falta de um tempo para me organizar, ter um tempo para a família e até para mim mesmo. Praticamente, só durmo e trabalho.”

Reforço de peso

A diretoria do clube de futsal Peixe/Mazza anunciou no início desta semana (12/09) a contratação de Dimba


Por Sérgio Vinícius
O ex-jogador, Dimba, agora tem o desafio
de jogar nas quadras. Foto: SérgioVinícius
O clube de futsal Peixe/Mazza ganhou esta semana um novo reforço. O ex-jogador de futebol Dimba está trocando os campos gramados pelos limites das quadras. Dimba, que já passou por grandes times brasileiros, como Botafogo, Flamengo, Gama, Brasiliense e São Caetano, está animado para a nova experiência. "Está muito bom. Estou tirando o máximo de proveito dessa nova fase. Ainda não estou conseguindo ficar em sincronia com meus companheiros, mas devagar a gente chega lá. O treinador está sendo espetacular nesse ponto", conta.

Com pouco tempo de treinamento - apenas uma semana - o "Dimbalada", como era chamado nos tempos de atacante, está agradando. "Apesar do esporte que não é o dele e da idade, ele está dentro do que esperávamos. É um cara bastante esforçado", elogia o fisioterapeuta, Renato Moterani.

- Os reis da cidade. Time local de futsal se destaca.

Os reis da cidade

A equipe do Peixe/Mazza  tem a responsabilidade de ser o único representante do Distrito Federal em competições nacionais.

Por Sérgio Vinícius

O Peixe/Mazza treina para as semifinais do campeonato local
de futebol de salão. Foto: Sérgio Vinícius
O clube de futsal de Sobradinho atingiu todas as metas definidas pelos dirigentes até o momento, segundo conta o fisioterapeuta do Peixe, Renato Moterani. "Ficamos entre os 16 primeiros clubes no campeonato nacional de futebol de salão, fomos campeões da Taça Centro-Oeste. Em cinco jogos terminamos invictos com 27 gols pró e levamos somente dois". O atual desafio do Peixe é ganhar o Campeonato Brasiliense de Futsal.

Em quase quatro anos de existência, o Peixe/Mazza se transformou em um verdadeiro bicho papão no cenário local do esporte. O clube foi criado no final de 2007 e o fisioterapeuta Renato é um dos funcionários mais antigos. "Sou o segundo, o primeiro é o nosso supervisor que está sentado ali", diz enquanto aponta para o banco. Além de se destacar dentro das quadras o Peixe também é exemplo fora dela. Com a folha sempre em dia, os dirigentes podem se orgulhar de ter todos os funcionários satisfeitos.

Renato é experiente no meio esportivo de Brasília. O profissional trabalhava até o ano passado em times profissionais de futebol, como o Brasília e o Botafogo-DF. "Até recebi proposta pra ir para outro time aqui de Brasília, mas a situação lá não está muito boa. Não vou trocar um lugar que está me dando toda a estrutura e aporte para arriscar. O Peixe é ótimo", elogia o fisioterapeuta.

- Reforço de peso. Ex-jogador agora se aventura nas quadras.

Dançar também é um esporte

Por Aline Carvalho

Conheça os benefícios da dança para o corpo e para a mente
Dançar queima calorias como qualquer outro esporte
Praticar atividades físicas faz bem e é recomendado a todos. Segundo a médica Ellena Gonsioroski, os exercícios são necessários para se ter qualidade de vida. Quem não gosta de passar horas na academia ou praticar um esporte convencional tem a dança como alternativa. A médica afirma que dançar é um esporte desde que a atividade seja realizada de forma regular e disciplinada. “A dança movimenta várias partes do corpo ao mesmo tempo, ocorrendo assim, um esforço muscular”, explica.  
A preguiça de encarar uma academia levou a estudante Cristiane Leite, 24 anos, a procurar aulas de dança: “Praticar um esporte comum nunca me chamou atenção. Mas precisava perder peso. Eu estava muito sedentária e fiquei com medo de ter problemas no futuro”.
A médica Ellena Gonsioroski ressalta ainda que antes de iniciar qualquer atividade física, a pessoa deve procurar um médico qualificado para fazer uma avaliação: “Assim como jogar futebol, por exemplo, dançar exige muito do corpo. Por isso é importante fazer exames e testes de esforço para saber se está tudo bem e qual é o seu limite”.
O professor Gilvane Nunes, 26 anos, trabalha há pelo menos sete como professor de dança. Ele conta os benefícios da atividade: “A dança trabalha todas as partes do corpo, como braços, ombros, pernas e costas.” Não há idade para começar, avisa o professor. A atividade pode ser feita por crianças, adultos e idosos. Como é o caso de Maria Francisca dos Santos, 67 anos, que descobriu no tango, uma nova motivação para a vida: “Me aposentei e fiquei viúva. Não queria aprender a tricotar. Sempre amei dança de salão e resolvi aprender tango”.
A dança pode ser uma aliada para aumentar o círculo social. O estudante Alexandre Almeida, 31 anos, diz que superou a timidez quando resolveu aprender a dançar forró: “Aqui ninguém tem vergonha, porque se todos soubessem dançar, ninguém faria aula”. No salão de dança, ele aprendeu a lidar com o próprio medo de se expor em público: “Quando estou aqui, me sinto a vontade. Uma liberdade que não encontro em lugar algum. Dançar fez com que eu superasse meus próprios medos e limites”, desabafa.
                                        

Academias com menos professores e preço mais em conta

Por Manuela Rolim

Uma nova tendência no mundo fitness é a diminuição do número de professores e instrutores nas academias de ginástica. A novidade torna a mensalidade desses estabelecimentos mais acessível e proporciona aos alunos um número maior de equipamentos. De acordo com Wesley Rodrigues, professor de academia há quatro anos, a proposta das academias é dar mais liberdade ao aluno sem que eles fiquem completamente sozinhos e sem acompanhamento.

Na academia há três anos, Augusto dos Santos, 22 anos, diz que não sente necessidade de estar com um instrutor o tempo todo ao seu lado. Para ele, a presença do professor é mais necessária quando o aluno vai mudar a série de exercícios. “Eu malho há muito tempo, acho desnecessário a presença do professor sendo que eu já sei como fazer em todos os aparelhos”.

Com uma opinião diferente, Marilda Braga, 28 anos, pratica malhação há sete meses em uma academia com muitos profissionais a disposição do aluno. Para ela, é assim que deve ser. “É o professor que estimula a progredir e mudar de série”, declara.

O professor Wesley, também personal trainer há dois anos, afirma que se o aluno quer um trabalho mais personalizado, com estudo completo pode contratar um personal.

Vale lembrar que a única mudança nesse modelo é o tempo que o profissional está disponível para estar ao lado do aluno. Por obrigação, todas as academias devem ter um profissional formado e isso continua valendo. De acordo com a Lei Federal nº 9.696/98, toda academia, em condomínio ou não, deve ter a supervisão de um profissional de educação física, que orientará os frequentadores sobre as normas básicas para uso dos equipamentos. 

Baixa umidade relativa do ar prejudica também a pele

Por Manuela Rolim

Baixíssima umidade do ar, altas temperaturas e muitas queimadas são características marcantes do Distrito Federal nessa época. Com o tempo seco, quem mais sofre as consequências e apresenta vários sintomas bem típicos da estação é o maior órgão do corpo humano: a pele.

A pele seca e desidratada tende a ficar fina, quebradiça, repuxada e sem elasticidade e pode até ocasionar fissuras e sangramentos em algumas partes do corpo. É bastante comum também apresentar vermelhidão, rachaduras e manifestações alérgicas.

A estudante Vanessa Ortiz Monteiro, 20 anos, sofre com a pele ressecada e os danos que o tempo causa. “Sinto meu cabelo seco, quebradiço e as pontinhas queimadas”.

Segundo a dermatologista Marta Rossignolli, beber muita água e usar cremes e hidratantes é a principal medida. A hidratação da pele e do corpo é essencial para o tecido se manter saudável, nutrido e sem ressecamentos.

Carlos Eduardo Neves, 20 anos, conta que nessa época sua boca e nariz chegam a sangrar por causa da seca. Ele confessa que normalmente costuma beber pouca água, mas que nesse período é imprescindível ingerir líquido.

De acordo com a Dr. Marta, outros cuidados são tomar banhos rápidos e frios, evitar esfregar muito o corpo, usar hidratantes bucais, umidificadores e usar filtro solar com maior intensidade que no período de tempo normal.

Escolas suspendem atividades físicas devido ao tempo seco

Por Clara Ferreira

Água, frutas no lanche dos alunos e menos esforço físico são algumas das medidas adotadas

O Distrito Federal completa, hoje (16/09), 90 dias sem chuva. A seca que a cidade enfrenta causa problemas para a saúde da população, principalmente para crianças e adolescentes.

Devido à baixa umidade relativa do ar a Defesa Civil recomendou a suspensão das atividades esportivas ao ar livre, em escolas onde não há quadra coberta, das13h às 17h. A orientação vale tanto para as escolas públicas e privadas.

A coordenadora de uma escola particular do DF, Geovana Carla cancelou as aulas de educação física pelo período da tarde e suspendeu as brincadeiras com bola no intervalo. As crianças também vão à piscina duas vezesna semana.
Escolas e pais tentam arrumar alternativas para aliviar o desconfortoque a seca proporciona para os jovens. De acordo com a coordenadora de EducaçãoInfantil de uma escola na Asa Sul, Adriana Coelho, as crianças são orientadas asempre carregar para a aula uma garrafa de água. Os alunos também estão liberadospara usarem sandálias ou calçados mais confortáveis e camisetas brancas, maisfrescas que as do uniforme.

O lanche dos alunos também tem sido mais leve. “São servidasfrutas por serem alimentos gostosos, refrescantes, nutritivos e leves”. Alémdisso, as crianças tomam banho de mangueira durante o recreio.

Surfe sobre quatro rodas

Apontado como 2º esporte urbano mais praticado no Brasil, o skate ganha espaço entre todas as gerações e consagra seu estilo de vida e comportamento

Por Cevs Volpi e Kaká Guimarães

(Rick Rodrigues)
Noite de lua cheia. Cerca de 200 pessoas se confraternizaram e andaram de skate nas dependências externas do Museu da República. O 4º Drop da Lua reuniu skatistas de várias gerações na última segunda-feira (12/09). Profissionais, amadores, iniciantes, apaixonados, radicais, todos juntos.
A associação organizadora do evento é conhecida como “Longbrothers”. Os integrantes do grupo se comportam como uma tribo urbana: do modo de se vestir às gírias e trejeitos, todos compartilham o prazer de surfar sobre quatro rodas. Mas o líder do grupo, Francisco Pessanha, 30 anos, afirma que o movimento em nada lembra a imagem de transgressão: “Os mais velhos já não associam mais o skate à rebeldia e baderna do movimento punk. Agora, a onda é outra”.
Junto aos “Longbrothers”, outras associações unidas formam a FSKTDF – Federação de Skate do Distrito Federal e Entorno. Francisco Pessanha, mais conhecido como Chikin, acredita que o movimento ganha cada vez mais adeptos. “O skate veio para ficar. As associações unindo as forças trarão cada vez mais adeptos para o esporte. Queremos parcerias com o poder público para construção de pistas profissionais. Com isso, vamos desenvolver projetos sociais para crianças carentes e levar cidadania a quem precisa por meio do esporte e do skate.”, diz .

Hospital de Base atende 200% acima da capacidade, diz gerente do PS

Eduarda Bahouth

O Hospital de Base do Distrito Federal atende 200% a mais de pacientes em relação a sua capacidade, relata a gerente do pronto socorro, a médica Alessandra Sandrini. Na foto ao lado, há inúmeras macas quebradas e inservíveis. No mês passado, foram 11 mil atendimentos. Ela acrescenta que, por causa disso, o hospital sofre com a insuficiência de material para atender todos os pacientes. Ela justifica que a procura elevada pelo hospital ocorre porque chegam pacientes encaminhados de outras unidades que deveriam ser atendidos em postos de saúde.

Leia também: Três ONGs atuam no Hospital de Base

No mês de junho de 2011, o Hospital de Base fez o levantamento sobre quantos pacientes foram atendidos de acordo com a Classificação de Risco. O que se conclui é que apenas 1% dos pacientes atendidos no último mês se enquadra no quesito “Vermelho” que significa que o caso é emergencial e que casos classificados como “azul” são como consultas de baixa complexidade representam a maior parte de ocupação tanto de recurso quanto de espaço físico do hospital. 

Ela explicou que o hospital é classificado como “terciário” que atende preferencialmente problemas de alta complexidade. O Pronto Socorro conta com 94 leitos, com 50 médicos de plantão na parte da manhã e mais 30 no plantão da noite que atendem em média por dia 180 pacientes. A estrutura do hospital conta com 200 banheiros, 14 elevadores e 52 mil m² de área construída.

A médica relata que há uma falta de comunicação entre os centros médicos públicos que causam uma superlotação no HBDF, porque todos os casos, mesmo de pouca gravidade que poderiam ser tratados em Postos de Atendimentos são encaminhados sem prévio aviso para o hospital.



O HBDF decidiu adotar o sistema delume de pessoas dando entrada, o HBDF decidiu adotar  osistema de Classificação de Risco, que é uma forma de triagem. A triagem sempre ocorreu em serviços de urgência e emergência, segue, no entanto, a lógica da exclusão. “A expectativa de acesso rápido ao atendimento médico é crescente em nossa população, embora os Prontos Socorros (PS) não disponham de estrutura física, recursos humanos nem de equipamentos adequados para atendimento de tal demanda.”, disse a gerente da emergência.  

Três ONGs atuam no apoio ao atendimento no Hospital de Base

Por Julia Carneiro

       Três organizações não-governamentais (ONGs) atuam em apoio a profissionais do Hospital de Base do Distrito Federal para oferecer auxílios materiais e emocionais para os pacientes e acompanhantes.

      Os médicos e gerentes hospitalares assumem serem dependentes dessas doações e consideram os voluntários a “alma do hospital”. “Nosso trabalho é simplesmente o de reforçar os direitos do cidadão.” explica a Gerente do Serviço Social, Jocyane da Silva (ouça entrevista), que considera o termo “caridade” equivocado para o serviço que prestam.

            Uma das ONGs é a Rede Feminina de Combate ao Câncer, fundada há 15 anos por Maria Thereza Simões e um grupo de senhoras da sociedade de Brasília. O objetivo, segundo as coordenadoras, é de prestar assistência gratuita, prioritariamente, a mulheres de baixa renda portadoras do câncer.  Além disso elas promovem campanhas públicas de combate e prevenção ao câncer de mama dentro e fora do hospital. 

            Com a mesma tônica, atua  o Movimento de Apoio ao Paciente com Câncer (MAC). Idealizado por parentes de pessoas portadoras da doença, no inicio só ofereciam um lanche na Radioterapia e na Quimioterapia para os outros parentes que esperavam.

             Hoje, o serviço atende diariamente os pacientes portadores de câncer com 150 cestas básicas mensais e outros tipos de doações para os que não tem condições financeiras de continuar o tratamento em casa. Todas as doações recebidas são avaliadas e revertidas aos pacientes. Porém o maior motivo de orgulho dos voluntários do MAC são as visitas feitas “com muito amor” principalmente àqueles pacientes que são de fora do DF e não têm família.

            O serviço voluntário mais utilizado pelos pacientes de emergência é o Serviço de Auxiliar Voluntário que atua no hospital há 30 anos. Criado por iniciativa do Oscar Mender Moren, o SAV é registrado no Conselho Nacional de Assistência Social, detém o Certificado de Entidade de Beneficiente de Assistência Social e possuí o titulo de Utilidade Publica Federal. Um total de 130 voluntários proporciona diversas atividades desde a doação de cadeiras de roda, muletas ou colchão até festas ou passeios com pacientes internados no Hospital e seus acompanhantes.

Profissionais de posto de saúde no Lago Sul dizem acumular funções

Por Luísa Peleja

“Chego a fazer o serviço de três pessoas. Nós somos poucos. Então, tudo se atrasa. Isso quando não temos que atender o paciente por causa da falta de médico”, explica a enfermeira Jumaida Insaurriaga, servidora do posto de saúde no Lago Sul. De acordo com a profissional, o sistema sobrecarregado não consegue evitar e muito menos prevenir doenças.

.O posto de saúde localizado na QI 21, é um dos que sofrem com o problema da suposta falta de profissionais de saúde. Mesmo com três clínicos gerais, três ginecologistas, três ortodontistas, quatro pediatras, um homeopata e nutricionista disponíveis todos os dias, ainda não é o suficiente, garantem os profissionais.

 Na opinião da enfermeira, para atender cerca de 400 pessoas que passam por lá diariamente, era preciso de uma equipe maior. “O processo de atendimento passa primeiro pelas enfermeiras para que seja feita uma avaliação clínica junto com a triagem e logo depois o encaminhamento”.

O centro de saúde do Lago Sul funciona das 7h  às 18 horas e atende pessoas de Brasília e todo o entorno para atendimentos básicos de saúde. Quando os casos são muito graves, uma ambulância é chamada para encaminhar o paciente para o HRAN ou para o Hospital Público do Paranoá.

Quando um paciente procura atendimento de uma especialidade médica não disponível, o doente é direcionado à agenda de consultas para a espera de atendimento que, conforme relatos dos servidores, levam “anos” para serem chamados.

“É uma falta de respeito não ter médicos suficientes para atender as pessoas que precisam. Como um sistema de saúde pode funcionar assim?”, questiona o técnico administrativo, Ferdinand Bezerra, responsável pelo agendamento de consulta.

Os casos mais comuns do posto são gripes e viroses com sintomas de vômito e diarreia. O técnico conta que quando há algo mais grave, a pessoa já sai desacreditada de lá, pois sabe que não será atendida tão cedo. Os profissionais esperam que seja tomada uma medida para aumentar o número de médicos e que, pelo menos, o tempo de espera dos pacientes diminua.  Hoje, o cartão de visita do posto localizado no Lago Sul é a sala de imunização e o serviço social que oferece.

Para "primeira consulta", Hospital de Taguatinga encaminha para posto de saúde



Por Larissa Rehem

No ambulatório do Hospital Regional de Taguatinga, pacientes relataram que não havia atendimentos de “primeira consulta”.Foi informado que o hospital só atenderia retornos.
Para que o paciente marque a consulta é necessário levar o encaminhamento do posto de saúde. Foi por esse motivo que uma das pacientes que não quis se identificar chegou ao hospital com fortes dores de cabeça. A atendente teria encaminhado a paciente para o posto de saúde. Nenhum funcionário do hospital prestou informações à reportagem.
O hospital conta com 343 leitos ativos de internação, 22 ambulatórios – que atendem as mais diversas áreas, desde clínica cirúrgica até endoscopia, passando por dermatologia, pediatria, fisioterapia, ginecologia e outros ­– e a emergência.
Todos esses recursos somados com a estrutura do local, que inclusive terá uma ala a mais na emergência. No dia que a equipe de reportagem esteve na unidade de saúde, o hospital não apresentava filas de atendimento. Moisés Medeiros - que passou mais de 3 dias com o irmão internado à espera de um transplante de coração - e Francisco Edmundo, que passou horas aguardando notícias sobre a esposa, são fáceis de encontrar no local.
No corredor da emergências, havia pacientes deitados em macas e na sala de espera, havia paciente recebendo soro na veia, e caminhavam com o medicamento.

Número de leitos do Hospital de Taguatinga não consegue atender à demanda de pacientes

Por Lucas Pacheco             

A reportagem do Esquina on-line flagrou no mês passado um retrato do problema de atendimento no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O Pronto Socorro da unidade tinha 86 pacientes internados. Entretanto, a capacidade é de 40. Em 2010, foram atendidas 285.302 pessoas no Pronto Socorro, segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

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            Para contornar esse problema, o hospital iniciou a construção de um novo pronto-socorro, porém, as obras estão atrasadas, que deveriam estar prontas no dia 15 de agosto. A estimativa é que a nova unidade de atendimento seja apresentada à população no dia 14 deste mês.

            Quem chega ao HRT para ir à emergência encontra dificuldade para estacionar. No local possui somente dois lugares para deixar o carro e eles ficam distantes do Pronto Socorro. Muitas pessoas deixam seus automóveis em cima da calçada ou rente ao meio fio.
            Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta matéria.

Maioria dos médicos que se aposenta no HRAN é de cardiologia

Por Maria Fernanda Alves Nalon

Quando se fala em hospital público, há quem fique tenso ao imaginar filas, faltas de médico e de medicamentos. Sobram reclamações. O Hospital Regional da Asa Norte atende, na emergência, em média 11 mil pessoas por mês, um número maior do que o hospital suporta, segundo Rosângela de Jesus, da Ouvidoria. De acordo com ela, um dos problemas é que médicos se aposentam e não há reposição. A maioria dos que deixam o serviço público é da especialidade de cardiologia.

De acordo com as informações, esse aumento de demanda pode ser explicado pela fato de que a unidade oferece assistência a "muitas" pessoas vindas de cidades satélites do Distrito Federal.
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"Se atendêssemos apenas moradores de Brasília, nós conseguiríamos atender a demanda". O hospital foi construído, segundo informações que constam no site do hospital, com o objetivo de assistir moradores da Asa Norte, Lago Norte, Paranoá, Vila Planalto, Varjão e Cruzeiro.
Uma das principais reclamações reclamações registradas pela ouvidoria nos corredores do hospital é que o tempo de espera para as consultas é "grande". Segundo uma das recepcionistas da unidade, o processo de triagem é rápido, porém o atendimento não tem previsão

Ouvidoria do HRAN diz que falta de médicos explica demora no atendimento

Por Laísa Vinhas

A ouvidoria do Hospital Regional da Asa Norte explicou, em entrevista à reportagem do Esquina On-line, que a falta de médicos pode ser a causa da demora de atendimento na unidade de saúde. Só neste ano, foram mais de 55 mil consultas de janeiro a julho de 2011, 15 mil a mais do que no mesmo período do ano passado. A marcação de cirurgias, por exemplo, também registrou um aumento de 63%

A explicação do hospital é que muitos médicos se aposentam e não há reposição com novas contratações. Dessa forma, ainda segundo a ouvidoria, não conseguem atender à demanda de pacientes.  Outra justificativa é que pacientes também vêm de fora do Distrito Federal, o que aumenta a fila de atendimento.  
Entre as consultas de clínicas especializadas, a dermatologia foi a mais procurada em 2010, e continua assim também em 2011. De janeiro a julho, essa especialidade já atendeu mais de quatro mil pessoas. De  fato, a reportagem observou que a ala de espera é uma das mais cheias do hospital. Outro problema, que pode acentuar a espera, é que os documentos circulam apenas em papel, sem qualquer computador para organizar o atendimento.

 Além da suposta falta de médicos, há também atrasos. Pacientes que estavam com consulta marcada desde as 7h30 esperaram uma das médicas que se atrasou mais de duas horas.

“Por mais que demore...”
Pacientes ouvidos pela reportagem acham que, por mais que demore, ainda assim é mais rápido do que em outros hospitais. Bastaria conseguir chegar bem cedo. Uma paciente que se identificou como Conceição, moradora do Guará, levou a filha para ser atendida e diz que valeu à pena ir ao HRAN. “Prefiro vir para cá porque por mais que demore eu tenho certeza que minha filha será atendida. No posto e no hospital do Guará você só sabe se vai ser atendida depois de, no mínimo, três horas de espera”, explica.

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Pacientes relatam via crucis para tratamento de câncer no HRAN

Por Ludmyla Barbosa

Só este ano foram realizadas, aproximadamente, 84.063 consultas na emergência e cerca 79.812, no ambulatório.  Apesar do grande número de atendimento, pacientes reclamam de demora no atendimento.


A aposentada Vanderli de Oliveira, de 60 anos, acompanha a irmã Antônia Lúcia de Oliveira, 66, que faz revisões periódicas na dermatologia, por causa de um câncer de pele diagnosticado em 2009. As irmãs reclamam do tratamento que recebem no hospital. Elas chegaram às 7h45 da manhã e a médica só apareceu no consultório às 9h40, depois que Vanderli decidiu reclamar da demora na Ouvidoria do hospital.

O atraso da médica não foi o único problema que elas enfrentaram. É a segunda vez que vão ao HRAN na mesma semana. Dois dias antes,  a paciente não pôde ser atendida porque sua consulta havia sido desmarcada, mas ela não foi avisada com antecedência. “Existe muita má vontade dos profissionais da saúde, muita falta de humanidade”, reclama Vanderli, que não se conforma com os problemas enfrentados pela irmã todas as vezes que precisa de uma consulta.

A funcionária da ouvidoria, Rosângela de Jesus, conta que os problemas enfrentados por Antônia são “comuns”, os pacientes costumam esperar meses para marcar uma consulta, o hospital está sobrecarregado e os médicos estão em falta. Para ela, nos últimos anos o HRAN foi sucateado, principalmente por causa dos desvios de verbas e falta de investimento e contratação de funcionário. “Tudo isso reflete no atendimento precário que os pacientes recebem”, disse a funcionária.

Cresce a procura pelas aulas de luta nas academias

Preconceito não é mais impedimento para a prática do esporte


Por Rosinha Martins

Os profissionais da área afirmam: os benefícios à saúde são o principal incentivo para a prática de lutas nas academias. Pessoas que praticam esse esporte tendem a ter melhor condicionamento físico, uma mente mais saudável e grande capacidade de combate a doenças. Os professores garantem, ainda, que são esportes mais completos que a natação, por exemplo. Os praticantes dizem que, além de proporcionar qualidade de vida, o esporte se torna uma defesa. “É bem legal, é um esporte bastante aeróbico. É bom porque queima calorias e principalmente porque serve para a minha defesa também”, conta Julia Almeida, 15 anos, aluna de boxe.

O professor de boxe, judô e mestre de capoeira de uma academia na Asa Sul, Jomar Vieira, 51 anos, pratica o judô desde os sete. Segundo ele, a luta na academia não incentiva a violência: “É o esporte da disciplina, da cultura, da arte e da dança. Ao praticar o esporte, o aluno exercita o autocontrole, o conhecimento da cultura de onde o esporte se originou e exercita a musicalidade”.

 Durante algum tempo, as lutas passaram sofreram preconceito por se acreditar que elas incentivariam a violência. Mas, hoje, essas modalidades atraem pessoas de todas as idades. Márcia Lameu, 26 anos, é aluna de capoeira. Para ela, a capoeira faz parte da vida “Tudo que faço hoje na minha vida profissional devo à capoeira”.

Para o professor Ronildo Augusto, 32 anos, de outra academia localizada na Asa Sul, a procura pelas aulas de luta se deve à mídia: “O artista malhado, sarado, corpo perfeito é sempre associado às aulas de lutas nas academias, até mesmo porque é um esporte completo que favorece o condicionamento físico e trabalha o corpo como um todo”.

O professor Jomar Vieira aconselha que, antes de iniciar qualquer atividade física, é importante procurar profissionais qualificados.

Loira ou morena? Eis a questão.

As mudanças visuais muitas vezes estão relacionadas com as tendências ditadas pelas celebridades


Por Amanda Carvalho

A enfermeira Daniela Bueno
mudou o visual e agora aderiu o loiro e
a escova progressiva
Quem tem cabelo liso quer ter cacheado. Quem tem cacheado quer ter liso. Quem é loira quer ser morena. As mulheres mudam o tom, o corte, o tamanho do cabelo como trocam de roupa. Segundo a cabelereira Idalina Almeida, 52 anos, defende que essas mudanças podem fazer bem: “A mulher gosta de se sentir bem, bonita. Mudar o visual melhora a autoestima. O que não pode é ficar louca correndo atrás de tendências, com modelos que não combinam com o seu estilo. Mudar faz parte”.
Há quem concorde com isso. A estudante de fisioterapia Arlane Oliveira, 23 anos, acha que mudar o cabelo tem a ver com o momento que está vivendo “Meu cabelo reflete o agora. Acabei de reprovar na monografia, fiquei muito triste, mas passou. Agora, estou pronta para começar de novo. Para a nova fase, um novo cabelo que me deixou muito melhor”.
A enfermeira Daniela Bueno, 24 anos, nunca deixa de ir ao salão. Para ela, é como fazer terapia “Vou ao cabelereiro todas as semanas, nem que seja para fazer a unha. Vou ao mesmo há 12 anos e ele, além de um grande amigo, ouve todas as minhas confidências”. Para ela, as mulheres gostam de mudar de acordo com o estado de espírito “acho que todas as mulheres mudam a partir das fases que estão vivendo. Quando enfrentei um término de namoro longo, cortei os cabelos bem curtos. Aquilo pra mim, foi como encerrar um ciclo na minha vida” desabafa. Hoje, Daniela entra no time das loiras com escova progressiva: “Meu cabelo original é castanho escuro e ondulado. Mas, depois de toda a química, ele ficou liso e loiro”.
A designer de moda Crislayne Patriota, 22 anos, acredita que o cabelo referencia a personalidade da pessoa “Tem gente que quer estar na moda de qualquer jeito e não respeita a própria personalidade”. Ela mesma já cometeu uma gafe: “Quando a [atriz] Carolina Dieckman platinou os cabelos para uma novela, achei aquilo o máximo e fui com tudo para o salão”. As dicas do cabelereiro de Crislayne não surtiram efeito: “Ele fez de tudo, disse que o cabelo ia ficar igual uma vassoura, se não fosse tratado semanalmente, mas, mesmo assim, eu bati o pé e fiz. Não deu outra, me arrependi semanas depois do cabelo de Barbie”, relata.
A cabelereira Idalina Almeida atende cerca de 40 mulheres por semana em seu salão, localizado em Sobradinho. Segundo ela, a maioria prefere os cabelos chapados e loiros: “A pessoa vem com o modelo que viu em uma revista, e pede para que eu faça igual. Eu aconselho a cliente a fazer algo que tenha mais a ver com seu formato de rosto e seu tom de pele”.
Mesmo que a última tendência seja usar cabelos na cor verde, atente-se para o formato do rosto e o tom de pele: “Nunca faça uma mudança que não condiz com seu estilo. Converse sempre com o seu cabelereiro, ouça-o. O que fica bom para a sua amiga ou para uma artista pode não ficar bom para você. Respeite seus próprios limites”. Outra dica da cabeleireira é em relação à qualidade dos produtos: “Hoje já se sabe que é proibido usar formol nos alisantes. Procure sempre se informar sobre quais materiais vão ser usados em seu cabelo. Saúde é primordial”, afirma Idalina, que ganha cerca de R$ 4 mil por mês cuidando da cabeleira das mulheres enlouquecida com as tendências.

Assange vê queda do Estado de Direto no Ocidente

Por Flávia Franco

Julian Assange falou sobre o Estado de Direito (Flávia Franco)
O criador do site Wikileaks, Julian Assange, garante que o Estado de Direito fracassa em todo o Ocidente. Como exemplos, ele cita a prisão de Guantánamo, a reação do governo britânico aos protestos em Londres e a própria prisão. “Eu nunca fui acusado de nada, mas estou em prisão domiciliar”, disse.
Em relação a Guantánamo, localizada em Cuba, o ativista político disse que “pessoas escondem dinheiro nas Ilhas Cayman, e o governo dos EUA esconde pessoas em Guantánamo”. Assange deu as declarações na abertura do congresso InfoTrends, na última quinta-feira (1/9). Como está em prisão domiciliar, ele não pôde comparecer pessoalmente e participou por videoconferência. Segundo a organização do evento, essa foi a primeira vez que o australiano falou publicamente desde que teve a prisão decretada pela Justiça de Londres.
Outro exemplo citado por ele para a queda do Estado de Direto é o bloqueio financeiro ao site. Desde o dia 3 de dezembro de 2010, bancos como Bank of America, cartões de crédito como Visa e Mastercard, assim como instituições como Paypal, estão impedindo doações ao Wikileaks. “Washington proibiu vocês de usarem seu cartão para doarem para o Wikileaks. Cadê o Estado de Direito? Você não pode mais manifestar suas crenças e valores. Washington o proibiu”, protestou.
O criador do site também criticou a cobertura da mídia britânica em relação aos tumultos e saques ocorridos em Londres em agosto. Para ele, a cobertura local, realizada pela BBC, excluiu completamente o elemento político que levou aos acontecimentos. Nenhum protestante foi entrevistado. Para Assange, a postura do governo britânico de vigiar as redes sociais se parece a do ex-ditador egípcio, Hosni Mubarak, após o início das manifestações.

Entenda o caso de Hosni Mubarak no Egito

Entenda o caso de Hosni Mubarak no Egito

Por Flávia Franco
Em janeiro deste ano, a população do Egito se uniu em protestos exigindo reformas políticas no país, até então governado pelo ditador Hosni Mubarak. Nos primeiros dias de revolta, a população usou o Twitter e o Facebook para organizar e divulgar os protestos.
Na tentativa de impedir que os protestantes organizassem manifestações pelas redes sociais, Mubarak suspendeu o uso da internet no país. Para efetuar o bloqueio, as quatro principais empresas provedoras de internet cortaram o acesso simultaneamente.
Após 18 dias de revolta, Hosni Mubarak, que ficou 30 anos no poder, renunciou à presidência do Egito.

Moderno e sustentável: Casa Cor traz ideias para morar bem

Mostra de 42 dias comemora 20 anos em Brasília na edição 2011

Por Natalia Aquino


‘Loft in the city’, do arquiteto André Alf. Moderno e rústico em um mesmo ambiente. (Fotos: Natalia Aquino)

Os preparativos estão quase finalizados. Até o dia 14 de setembro, serão 65 ambientes, 97 profissionais participantes e uma área construída de 17 mil m².

O tema deste ano é o ‘Dia a dia com tecnologia’. A ideia, segundo as organizadoras Eliane Martins, Moema Leão e Sheila Podestá, é mostrar de forma criativa como a tecnologia pode ser integrada à rotina das pessoas.


“Os projetos são tecnológicos, mas também são engajados”, define em uma frase uma das organizadoras, Sheila Podestá

Para elas, seja para trazer conforto, economizar tempo ou ainda colocar a casa em sintonia com o meio ambiente, soluções sustentáveis são sempre bem-vindas. Além disso, o intuito do evento é inspirar o visitante para que ele possa aplicar ideias de funcionalidade e de inteligência de espaços no próprio lar.

A proposta da Casa Cor 2011 é mostrar a casa do futuro, em que tudo é automatizado e tecnológico, mas o entulho também é utilizado. É a sustentabilidade que conta.

Ambientes



‘Banheiro Público 1’: projeto do arquiteto Guilherme Rodrigues para o banheiro que será usado pelos visitantes durante a exposição. “Banheiros unissex integrados são última tendência”, aposta o especialista


Projeto do arquiteto Pedro Paulo do Rêgo Luna para o café do local. Com gramas artificiais e mesas redondas, o cenário imita um campo de futebol. O objetivo é entrar no clima da Copa do Mundo que vem aí, de 2014


Bancos de madeiras aproveitadas de arquibancadas do estádio de futebol Morumbi, em São Paulo-SP. Objeto faz parte do ‘Futebol Café’, de Rêgo Luna


‘Loft 01’, do arquiteto Hélio Albuquerque. “A ideia da piscina de uma raia apenas, para pequenos espaços, veio a partir da seca de Brasília. O ambiente fica mais fresco”, acredita o arquiteto


‘Consultório de Psicologia’ de Dênis Sarges. O intuito é acompanhar o tratamento psicológico de crianças de forma lúdica

Bodas de prata da decoração 

A Edição 2011 da exposição Casa Cor celebra o 20º aniversário em Brasília. E a homenagem não acaba por aí. Neste ano, os 25 anos da marca Casa Cor também serão comemorados. A mostra teve início no Brasil em 1987, com a primeira edição em São Paulo.

A ideia e criação do evento surgiram em uma viagem a Buenos Aires, na Argentina. A brasileira Yolanda Figueiredo e a argentina Angélica Rueda, durante o passeio, se encontraram com amigos que fizeram a proposta de organizar um evento de decoração no Brasil. A Casa Cor conta, hoje, com 17 franquias no Brasil e duas internacionais, no Peru e no Panamá.

No Brasil, a Casa Cor se divide entre Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Campinas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sorocaba.




Fachada da exposição Casa Cor 2011

Serviço

A Casa Cor vai de 14 de setembro a 25 de outubro, no Espaço Eletronorte, na 904 da Asa Sul. O evento conta com estacionamento e serviço de manobristas. A bilheteria fica aberta das 12h às 22h, de terça a domingo e feriados. O preço do ingresso é de R$ 36,00. Para estudantes, com comprovante de escolaridade referente a 2011, R$ 18,00. Para mais informações, www.casacor.com.br ou pelo telefone (61) 3248 6902.