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Acesso a documentos sigilosos opõe governo e senadores da base aliada

Sarney e Collor hesitam em apoiar fim do segredo eterno de arquivos ultrassecretos.

Ex-presidentes adiam votação (José Cruz/ABr)
Por Luís Felipe Sardenberg
O Projeto de Lei de Acesso à Informação está emperrado no Congresso. De autoria do Executivo, a proposta opõe o governo e dois senadores da base aliada, José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL). Entre as preocupações dos ex-presidentes estariam não apenas informações capazes de causar problemas internos, como arquivos da Ditadura, mas também que possam interferir na relação diplomática com países vizinhos, como a Guerra do Paraguai e a anexação do Acre, que antes pertencia à Bolívia.
Enviado ao Congresso em 13 de maio de 2009, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto de lei (PL) foi aprovado na Câmara e estava pronto para ser votado no Senado no último dia 3 de maio, Dia Internacional da Liberdade de Imprensa. A presidente Dilma Rousseff havia manifestado publicamente o desejo de votá-lo nessa data. Porém, o PL ficou retido na Comissão de Relações Exteriores do Senado, da qual Collor é presidente. Para enfrentar a obstrução, um acordo entre lideranças partidárias da base aliada aprovou um pedido de urgência para que a votação ocorresse em 18 de maio. Mas, novamente, Collor obstruiu a tramitação. Ele pediu prazo para negociar emendas que, se acatadas, obrigarão o projeto a voltar à Câmara para ser rediscutido.
Antes disso, o presidente do Senado, José Sarney, já havia apoiado o colega ao considerar “uma boa ideia” a proposta de Collor sobre os ex-presidentes da República serem ouvidos por Dilma a respeito do sigilo de documentos oficiais. A posição de ambos diz respeito a um artigo da proposta que põe fim ao segredo eterno de arquivos.

Pela lei atual, documentos públicos classificados como ultrassecretos ficam sob sigilo por 30 anos, mas o prazo pode ser prorrogado indefinidamente. Já o projeto em tramitação no Senado estabelece sigilo máximo de 50 anos para qualquer documento oficial. Os ultrassecretos ficariam inacessíveis por 25 anos, renováveis por mais 25. Nos outros níveis de classificação, o prazo seria de cinco anos para informações reservadas e de 15 anos para secretas.
Para a ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas, o projeto deve ser aprovado da forma como está agora. “Eu, como jornalista, não posso defender outra coisa. Cinquenta anos é um prazo razoável. O assunto está sendo discutido no Senado e é importante que saia uma opinião consensual entre os senadores”, afirmou, após a palestra na Semana da Comunicação do UniCEUB.
O ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União, concorda. Mas é contrário a uma emenda aprovada pela Câmara que torna mista a Comissão de Avaliação, entidade ligada ao Arquivo Nacional e, portanto, composta apenas por membros do poder Executivo. “Uma comissão com representantes dos três poderes para opinar sobre documentos de qualquer um dos outros três representa uma intromissão indevida de um poder sobre outro”, avalia.
De acordo com o professor de Relações Internacionais do UniCEUB e doutor em História pela UnB, Delmo Arguelhes, não há motivo para temer a divulgação de informações. Para ele, nem mesmo arquivos secretos da Guerra do Paraguai (1864 a 1870), maior conflito armado ocorrido na América do Sul, podem causar problemas entre o Brasil e outros países. "A guerra acabou há mais de 140 anos. Não há nada ali que possa chocar muito hoje. Aliás, todo esse clima de segredo é que atiça muito mais a imaginação", observa.
O professor lembra que os documentos sobre a operação Brother Sam, divulgados em 1976, não prejudicaram a relação entre Brasil e Estados Unidos. Segundo ele, o governo dos EUA planejava participar diretamente do golpe de Estado contra o então presidente João Goulart. “Em caso de fracasso da tomada de poder pelos militares, ocorrida em 1964, os norte-americanos invadiriam o Brasil. Esses documentos foram liberados e isso não causou nenhum grande problema diplomático entre os dois países”, analisa.

A mulher na arte, a arte na mulher

Um pouco da trajetória da expressão feminina e masculina sobre a mulher na história da arte
Por Flávia Otero
“O homem se expressa na mulher, isso fica claro durante toda a arte”, disse a artista plástica e professora Déia Francischetti, em uma palestra durante a Semana da Comunicação do Uniceub, nessa quarta-feira (25/05).

A forma feminina nas primeiras expressões artísticas era simplificada, quase minimalista, com pernas e braços desproporcionais. Na antiguidade, a beleza era idealizada, consequentemente, uma representação errada do real.

Déia explica ainda que a época medieval trouxe a estilização, e aproximação do feminino com valores sagrados. No romantismo, está presente a idealização da mulher. Já o estilo realista prima pelo factual, a “arte parece uma fotografia”.

De acordo com a palestrante, a arte “inicialmente é uma profissão masculina, pouquíssimas mulheres exerciam esse trabalho”. Homens concederam a permissão para que mulheres exercessem essa atividade somente no final do século XIX, acrescenta Francischetti. No começo, inclusive, os cursos de arte eram gratuitos para os homens e pagos por mulheres. Nessa época, a arte considerada feminina era quase que exclusivamente pintura de florzinhas e natureza morta, explica a artista.

Anita Malfati e Tarsila do Amaral quebraram um pouco com essa ideia de arte feminina considerada menor. Ambas vinham de famílias ricas e foram estudar na Europa. Quando voltaram para o Brasil, adaptaram o que aprenderam no velho continente para a nossa realidade. Lá viveram a época da revolução da arte com as vanguardas europeias, que surgiram com a invenção da fotografia, quando a arte teve que reposicionar o seu objeto.

“O que (as duas) fizeram de bom foi na semana de arte moderna e depois voltaram para as casinhas e as flores”, acusa a artista plástica. Déia lembra a famosa crítica de Monteiro Lobato à Anita, e conta que isso marcou aquela artista profundamente.” Ela entrou em depressão e nunca mais conseguiu se recuperar”.

Anita e Tarsila “terminaram a vida ensinando arte e na penúria”.
Pouquíssimas foram as mulheres que ousaram. Frida Kahlo foi uma delas, que pintava o que sentia. “Nem sequer conseguimos rotulá-la”.

“A arte faz a mesma coisa de um professor”, chega até um ponto, para que a partir dali a obra seja vista e percebida sob um outro olhar, conclui Francischetti.

GDF defende obras da Copa

Governo diz que cidade trabalha para receber grandes eventos e que construções e reformas não serão em vão. 
  
O interior do Estádio Mané Garrincha (Felipe Igreja/Esquina)
Por Felipe Igreja
Mesmo com o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), desfavorável ao tamanho da reforma no Estádio Mané Garrincha, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), manteve o cronograma e o projeto inicial e vem tocando as obras da nova arena. O novo Mané Garrincha foi projetado e está sendo construído para receber 70 mil torcedores, como explica a assessoria da Novacap.

“O projeto é para um estádio com capacidade para 70 mil lugares. Tudo está dentro do prazo e o valor estimado da obra é de R$ 670 milhões. Brasília tem a vantagem de estar na frente das outras cidades, com os prazos em dia”, explica Lúcia Leal, assessora da empresa de obras do governo local.

A intenção do GDF é terminar o Estádio em dezembro de 2012, para que a capital federal possa receber a Copa das Confederações, em junho de 2013. O evento vai servir de teste para o mundial, que acontece um ano depois.

Sobre a viabilidade do novo Mané Garrincha após a Copa do Mundo, a assessora da Novacap explica que a administração da arena ficará com a Secretaria de Esportes do DF e que o projeto permite a utilização do estádio para outros eventos.

“Brasília, às vezes, deixa de receber eventos de grande porte ou shows musicais, porque não tem um local adequado. A ideia é utilizar o novo estádio para receber esse tipo de evento. Para colocar Brasília na rota desses grandes espetáculos”, explicou Lúcia.

Sobre a recomendação do TCU, a assessora reiterou que o projeto do estádio candango foi pensado para que Brasília receba a abertura do mundial da Fifa. “O governador não trabalha com a hipótese de reduzir a capacidade do estádio. O Governo do Distrito Federal trabalha para que Brasília receba a abertura da Copa do Mundo. O projeto é para isso. Estamos dentro de todos os prazos e cumprindo todas as exigências da Fifa”, conclui a assessora da Novacap.

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Saiba mais...
Apenas com o público do Campeonato Brasiliense de Futebol, a reforma do Estádio Mané Garrincha levaria 100 anos para ser paga.

Cem anos de Candangão

Apenas com o público do Campeonato Brasiliense de Futebol, a reforma do Estádio Mané Garrincha levaria 100 anos para ser paga.

Obras no Estádio Mané Garrincha (Felipe Igreja/Esquina)
Por Felipe Igreja
Escolhida pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para ser uma das sedes da Copa do Mundo em 2014, Brasília está em meio aos preparativos para receber a competição, que chama atenção de todo o planeta. Maior palco do futebol candango, o Estádio Mané Garrincha foi uma das 12 arenas selecionadas para sediar as partidas do mundial.

Inaugurado em 1974, o local precisa de reformas, que devem deixar as arquibancadas com capacidade para 70 mil pessoas. Lotação suficiente para Brasília pleitear ser a sede de abertura da Copa. Entretanto, passado o período do mundial, a nova realidade do Mané Garrincha será o Campeonato Brasiliense, onde os públicos dificilmente ultrapassam os três mil torcedores por partida.

Por conta dessa disparidade entre a futura capacidade do estádio e a média de espectadores nos jogos de futebol aqui no DF, o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou, no ano passado, um relatório que indica sério risco do palco candango virar um elefante branco após a disputa da Copa do Mundo. Os números do campeonato local comprovam o temor do Tribunal.

Nos últimos três anos, a maior renda obtida nas partidas do Candangão foi de R$ 95.377,00, para um público de 16.123 pagantes, no duelo entre Gama e Brasiliense, no dia 1º de fevereiro de 2009. Na melhor das hipóteses, se a renda desse jogo fosse repetida em todo o restante do torneio local – 70 jogos – o novo Mané Garrincha, com custo estimado em R$ 670 milhões, seria pago em 100 anos.

Como fiscalizar os gastos públicos?

Qualquer contribuinte pode acessar site com informações das despesas do governo
Ter de forma detalhada as notas de empenho e ordens bancárias emitidas por órgãos do poder executivo federal, informações sobre gastos com cartões corporativos e despesas com diárias pagas a funcionários públicos é uma boa forma de alertar e estimular um maior controle social. Foi o que afirmou Gil Castelo Branco, fundador e secretário geral da ONG “Contas Abertas”, nessa quarta-feira (25/05), oficina sobre como ter acesso aos gastos públicos.
Segundo o especialista, não é preciso muito esforço para se obter dados seguros sobre como o dinheiro público é usado em diversas escalas, como programas e ações do governo. “O poder público não gosta de transparência, nossa intenção é alertar a sociedade para fiscalizar os gastos do governo”.
Gil demonstrou que, com poucos cliques do mouse e um conhecimento básico de acesso à internet, é possível encontrar informações. A Controladoria Geral da União (CGU), órgão da Presidência da República, disponibiliza no “Portal da Transparência” do Governo Federal, uma fonte de pesquisa para quem tem interesse em saber sobre os gastos públicos.
Na oficina, também foi mostrado como se obter dados da fonte matriz do governo por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), programa usado por funcionários credenciados para fazer consultas, notas de empenho, pagamentos, transferências de recursos entre órgãos e outras ações.
O palestrante deu exemplos de grandes reportagens feitas com auxílio dessas ferramentas (SIAFI/ Portal da Transparência) comprovando que, em vários momentos, o uso do dinheiro público é diretamente vinculado a interesses políticos.

A maternidade que mudou um destino

Após nove anos de um grave acidente, Walquiria encontrou um novo motivo para sorrir
Larissa e Walquiria (Arquivo pessoal)
Por Paola Rodrigues
Walquiria Pereira Coimbra, hoje com 49 anos, tem uma filha de 22. O que para muitas mulheres é uma etapa natural da vida, para ela, representou um recomeço. Ela é tetraplégica.
Walquiria, aos 18 anos, sofreu um grave acidente de carro quando voltava de uma festa com amigos, onde comemoravam a aprovação de um deles no concurso do Senado Federal. No retorno à casa, em alta velocidade, bateram em um poste. Apenas Walquiria sobreviveu e foi internada no Hospital de Base. Ficou tetraplégica, mas com os tratamentos obteve melhoras. “No início fiquei revoltada, achei que fosse temporário”, conta.
Quando Larissa nasceu, Walquiria ganhou uma nova motivação: “Depois que tive minha filha, melhorei bastante, saí da depressão, encontrei um novo sentido para a minha vida”, afirma a capixaba. Ela criou a menina sozinha, pois, após o nascimento, foi abandonada pelo companheiro.
Larissa, hoje aos 22 anos, afirma que não teve problemas em sua infância e adolescência. "Nunca senti nenhuma dificuldade em relação a deficiência dela, sempre tive muitos primos, tios e minha avó, que moravam próximo a nossa casa. Eu sempre saía para passear com eles".
A jovem conta que nunca sofreu nenhum tipo de preconceito devido à deficiência da mãe e que a relação delas sempre foi normal, como qualquer outra. "Não acredito que uma pessoa, por ter uma limitação, tenha que ser tratada de forma diferente. Temos nossos desentendimentos e acertos como em qualquer outra família. Minhas filhas gostam muito da avó e lidam muito bem com a situação”, revela.Larissa conta que o marido sempre tenta fazer o máxímo para agradar e ajudar a sogra. “Minha mãe é uma pessoa bem resolvida, sempre se virou muito bem sozinha”, afirma.
Larissa define a mãe em uma palavra: guerreira. Walquiria foi bastante amparada por seus amigos, que sempre a ajudavam e a buscavam para sair. “Tive muito apoio dos meus amigos, eles sempre estiveram ao meu lado”, conta.
Entre os desafios que enfrenta, a capixaba afirma que o meio de transporte público de Brasília, para cadeirantes, deixa muito a desejar. “Eu não saio de ônibus, o transporte pra gente aqui é muito ruim. Em Vitória, existe o mão na roda, que ajuda muito. É só agendar, eles buscam e levam na porta de casa. Aqui podia ter um desse”.
Walquiria mora com a filha, com as duas netas, Gabriela e Maria Eduarda, de 2 e 6 anos respectivamente, e com o genro, Ricardo. Sustenta a casa com a pensão do pai, que faleceu.

Reynaldo Jardim: “Tudo que eu faço é poesia”

A frase foi dita no documentário “Profana via sacra”, exibido no último dia da Semana da Comunicação do UniCEUB
Por Marcos Paixão

Nessa quinta-feira (26) no auditório do bloco 2 do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), por volta das 19h, foi exibido um curta-metragem de 26 minutos sobre o já falecido poeta e jornalista Reynaldo Jardin. O curta “Profana via sacra” foi produzido pelo diretor Alisson Sbrana, palestrante da noite.

Segundo o roteirista, o curta não tem por finalidade mostrar a vida de Reynaldo, mas sim o lado cômico e de humor áspero do poeta. “O tempo do filme é curto de mais para contar sua história. Queremos mostrar o outro lado do Reynaldo”, disse ele.
A profana via sacra, poesia que dá nome ao curta-metragem, faz uma comparação entre Jesus Cristo e Che Guevara. “Os dois foram perseguidos e eram santos. Mas o Che era melhor”, comenta o poeta em uma parte do filme.
O curta-metragem foi gravado em vários pontos da cidade de Brasília e foi premiado como o melhor filme da mostra Brasília no 43º Festival do Cinema Brasileiro, em 2010.
Reynaldo Jardim foi um dos precursores da poesia neoconcretista brasileira. E como bom jornalista teve suas obras censuradas pela ditadura, uma delas foi Maria Bethânia Guerreira Guerrilha, sob o argumento de ser ofensiva a democracia e pornográfica. “Ele pode ser qualquer coisa, menos pornográfico”, brinca o poeta, falecido em janeiro deste ano. 

Livraria de raridades

Com mais de 100 mil títulos, Musimed encanta clientes


Livraria Musimed (Dyelle Menezes/Esquina)
 Por Dyelle Menezes

Estantes lotadas de partituras mostram a especialidade da livraria. Livros sobre métodos e instrumentos musicais completarem o ambiente. Para orquestras, instrumentos de corda, sopro, gaita, piano e violão, há partituras para todos os gostos. Vinte e duas edições das sinfonias de Beethoven, nas quais a diferença está em algum movimento de fechamento ou nota que será feito pelo maestro. Além da seção especial de óperas, com raridades, como Richard Wagner - um dos maiores maestros alemães - datadas de 1910.

“A melhor livraria musical do Brasil e da América Latina”, o título não é oficial, foi dado por clientes fiéis, impressionados com o acervo da MusiMed. Criada em 1982, a livraria possui cerca de 100 mil títulos.  A clientela é fiel e especializada.

Pelo menos duas vezes ao ano, Dorgival Soares de Souza deixa a rotina do Juiz de Direito da 13ª Vara Civil de Recife para visitar a livraria. Existe material musical que só encontro aqui. É uma das melhores livrarias do universo. O ambiente, música, instrumentos, vendedores como Jobson e o proprietário que é grande entendedor. A MusiMed é o caminho para evolução musical”.

O maestro Wander de Oliveira, assíduo desde os primeiros anos da livraria, garante sempre ter encontrado tudo o que queria na livraria. “O acervo é grande e mesmo o que não tem por lá, ele consegue em outros lugares do mundo. Hoje achamos partituras em sites, é só baixar. Mas o Bohumil tem as melhores edições. A atualização da loja também é impressionante, sem contar que podemos experimentar as partituras nos instrumentos ali mesmo, na hora”.

O dono, o tcheco Bohumil Med, é a alma do lugar, e não esconde a satisfação com o trabalho. “Nós temos títulos em todas as línguas. Somos procurados por clientes da Argentina, México, Alemanha, França, do mundo inteiro. Exportamos para vários países”, disse sem titubear.

Além das inúmeras estantes no primeiro andar da livraria, existe no subsolo da MusiMed outro acervo, onde ficam guardadas partituras com mais de 20 exemplares e as que possuem apenas um. Mas só o espaço na 505 sul não é suficiente para tanta música, Bohumil possui um galpão de 400m², em Valparaíso, com edições entre 500 e 1000 exemplares.

Para Jobson Vieira, vendedor da livraria desde 1997, a satisfação de estar no local há tanto tempo sempre foi poder proporcionar alegria a músicos, alunos ou apenas admiradores de música, ao encontrarem o objeto de desejos e anseios. “Já vi histórias de clientes que andaram o mundo inteiro e só encontraram o que queriam com a gente. Nada compensa mais do que isso, ver a alegria das pessoas com o que temos aqui”, afirmou.

Parte do acervo já está disponível para venda no site www.livrariamusimed.com.­br. Os preços das partituras variam de R$3,00 a R$700,00. Dorgival não tem dúvidas: “vale a pena!”.


Intercâmbio universitário e o mercado de trabalho

Estudantes revelam como o intercâmbio universitário influenciou o ingresso no mercado de trabalho

Marina Brunale

O intercâmbio faz parte da educação universitária dos brasileiros desde o século XVI. Na época, por não haver universidades no Brasil, a educação de médicos e advogados, normalmente filhos de aristocratas, era feita na Universidade de Coimbra em Portugal. Os rapazes saiam do país aos 18 anos e voltavam quando formados.

Hoje, o intercâmbio universitário não é mais feito por necessidade mas segundo Aline Leonel, gerente geral da Central de Intercâmbio de Brasília (CI), pode ser um ótimo caminho para se diferenciar no mercado de trabalho. “As empresas estão cada vez mais buscando profissionais com uma experiência diversificada” diz.

Além de aprender uma língua diferente, jovens intercambistas como o estudante de Ciências Sociais da UnB, Rodrigo Matilli, que estudou um semestre na França revelam “eu tive que aprender a me virar, fazer amizades, eu tive um tipo de independência e responsabilidade que não teria em casa”.

Assim foi o intercâmbio da estudante Carolinne Barros, ex-estudante de direito do UniCEUB, que fez dois anos de faculdade nos Estados Unidos. “Eu fui para ficar um ano, acabei ficando dois e até consegui um emprego, parece que as portas foram se abrindo” comenta. Ambos Rodrigo e Carolinne admitem que foi uma experiência difícil mas recompensadora “a viagem mudou a minha noção de mundo” expressa Rodrigo.

Segundo Rodrigo, o intercâmbio o fez perceber que estava no curso errado “saí do curso de Engenharia e fui para Ciências Sociais, quando se sai da rotina a gente vê com outros olhos o que realmente quer”. O estudante, que já está empregado em uma ONG, planeja o seu próximo intercâmbio.

Algumas empresas como a LSG Sky, fornecedora de refeições para companhias aéreas, exigem que os candidatos a trainee tenham feito ao menos um intercâmbio. Segundo Aline, as empresas procuram isso porque o jovem que passa por uma experiência internacional adquire competências quase sem perceber, “é necessário jogo de cintura para fazer amigos de outra nacionalidade”.

De olho nessa tendência, os jovens Brasileiros procuram essa experiência cada vez mais. Segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Viagens Educacionais e Línguas (Belta) o número de brasileiros intercambistas dobrou do ano 2006 até 2010 para cerca de 160 mil pessoas. As exigências para o intercâmbio universitário são que o aluno tenha proficiência no inglês e mais de 18 anos. Algumas universidades podem, também, exigir boas notas no histórico escolar.

De acordo com Aline, os programas de universidade no exterior são perfeitos para quem gosta de aprender e procura adquirir uma bagagem cultural. “Em curto período é possível adquirir mais fluência no idioma, vivência de novas culturas e o mais importante, coloca no currículo do estudante o diferencial que faltava para abrir portas e novas oportunidades”.














População reclama da falta de transporte público de madrugada

Apesar da lei que obriga ônibus a circularem de madrugada, usuários noturnos têm dificuldade para usar o transporte coletivo

Marina Brunale
Em Junho de 2011, a Lei Seca completa três anos. Apesar da redução do número de mortes causadas por acidentes de trânsito, de acordo com levantamento da Polícia Rodoviária Federal, o cerco aos motoristas embriagados ainda rende muita discussão e resistência. A lei já mudou o hábito de motoristas como o estudante Pedro Castro, de 23 anos, “se eu for beber eu não chego nem perto do volante”. Pedro já foi parado pela blitz duas vezes, na primeira, pagou a multa de R$957,00 e, na segunda, se recusou a fazer o teste do bafômetro.

Mas o estudante e seus amigos criticam o fato de não haver transporte público na madrugada de Brasília. “Como que eles querem que a lei funcione se não há alternativas? O táxi é muito caro, e as pessoas não vão parar de beber”, contesta.

O sistema de táxis em Brasília é um dos mais caros do país, por quilômetro rodado o passageiro paga R$2,78 enquanto, em São Paulo paga R$1,30.

Não só os boêmios sofrem com a ausência de transporte público durante a noite: os que trabalham no período noturno também reclamam. A garçonete de um bar na 210 sul, Romana de Souza Costa, quando sai do trabalho, tem que esperar três horas por um ônibus.

"É uma cidade que dizem que foi bem planejada, mas quando vai pensar na situação dos pedestres é calamidade pública” diz Romana, que se mudou de Patos de Minas, MG, para Brasília há quatro anos para trabalhar.

Outra lei fez aniversário em junho de 2011, com 16 anos de idade, é a Lei Distrital 877/95, conhecida como “Lei do Corujão”. Segundo ela, as empresas são obrigadas a manterem transporte num intervalo máximo de 90 minutos,  na madrugada (das 23h às 6h). Só há uma linha de ônibus que tenta cumprir essa lei, a linha 131.3 (Corujão) que passa pela W3 sul e vai até o Sudoeste e, mesmo assim, o último ônibus passa as três horas da manhã.

Em 2008 o procurador-geral da Justiça do DF, Leonardo Bandarra, expediu uma recomendação para as empresas de ônibus cumprirem a lei, e ainda instaurou um procedimento de investigação preliminar na Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão. Mas, de acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), tal procedimento ainda encontra-se em andamento. O resultado pode ser verificado pelas madrugadas nas ruas de Brasília: muita gente nas paradas,à espera de um corujão que nunca, nunca chega.

Uma partitura especial

Tcheco mora no Brasil há 43 anos com dedicação integral á música

Bohumil Med entre sua paixão: as partituras
(Dyelle Menezes/Esquina)
Por Dyelle Menezes
Bohumil Med nasceu na antiga Tchecoslováquia e começou a estudar violino aos cinco anos de idade. Treze anos depois já era Bacharel em Trompa pelo Conservatório de Praga. Chegou ao Brasil em 1968, junto com outros 13 músicos tchecos, para compor a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro. Seis anos depois foi chamado para dar aulas na UnB, onde ficou por 33 anos e hoje tem o título de Professor Emérito. São cinco livros publicados e o DVD: “Curso Básico de Teoria da Música”.

A livraria especializada MusiMed ganha a maior atenção no dia-a-dia do músico, mas as tarefas vão muito além. Há 20 anos é conselheiro da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), presidente da Sociedade Cultural Brasil-República Tcheca, consultor do presidente da Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras. E por fim, coordenador da banca dos concursos nacionais

Barba e cabelos brancos, óculos na ponta do nariz. Sotaque carregado, apesar dos 43 anos no Brasil. Muitas e muitas histórias sobre música. Bohumil diz não ser apegado às partituras, “não sou museu, o que está aqui é pra ser vendido”. Porém, revelou que as preferidas já levou pra casa. “Minha religião é música, meu time de futebol é música, minha vida é música”. A música agradece.

Houve um avanço das mulheres no cenário político, diz Denise Rothenburg

No dia 26 de maio, a colunista política deu uma palestra no UniCEUB, durante a Semana da Comunicação



Por Paola Rodrigues

No último dia da Semana da Comunicação, o Centro Universitário de Brasília recebeu a colunista política do Correio Braziliense, Denise Rothenburg. Ela falou sobre a presença feminina no jornal impresso. Contou um pouco sobre sua história, que começou na Folha de São Paulo, como secretária. Assim que se formou, foi contratada para a área de reportagem. Já trabalhou no jornal O Globo e atualmente está no Correio Braziliense.

A colunista afirmou que houve um avanço considerável das mulheres no cenário político, mas ainda existe muito preconceito, principalmente com as jornalistas recém-formadas. “O meu conselho para quem está se formando agora e quer entrar para o meio político é manter uma postura. A mulher tem que ser séria, pois senão cai na boca do povo. Se tiver um jantar com uma fonte, leve sempre alguém junto”.

Denise Rothenburg deu várias dicas para quem quer seguir nesse ramo. “Tem que ser curioso, não pode contentar-se com a primeira informação. O primeiro impulso da fonte é falar a informação menos importante, é preciso ter paciência para colher informações mais importantes”, conclui.


Para quem quiser acompanhar o trabalho da Denise Rothenburg, o twitter dela é: @denirothengurg e o blog é: http://www.dzai.com.br/blogdadenise/blog/blogdadenise

Mulheres militares negam "tratamento diferenciado"

As oficiais participaram da Semana da Comunicação, no UniCEUB

Por Sara Bueno

No último dia de palestras da semana da comunicação do Uniceub, quatro oficiais do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira garantiram que a mulher não é vista com preconceito nos quadros militares.

“Militar é militar, não é homem, nem mulher”, declara a tenente Sofia Salles, integrante do EB há cinco anos. Ela atua no Centro de Comunicação Social do Exército (CECOMSEX) na gerência de comunicação institucional. Para a capitão Cristina Joras, companheira de equipe da ten. Sofia e há 13 anos na força, o trato de militares mulheres não é diferenciado. “O tratamento é normal. O que temos de diferente é a parte de exercícios físicos. Existe um respeito muito grande conosco”, assegura.

As tenentes Flávia Sidônia e Sara Bomtempo da FAB reafirmam as declarações das colegas de profissão. “Militar não tem sexo”, sustenta Flávia. “Somos vistas e tratadas como especialistas”, completa Sara. As oficiais trabalham no Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), como jornalista e publicitária, respectivamente.
 

Gravidez e casamento

 
Sofia é casada com um militar e relata que no Exército não é apenas a mulher que acompanha o marido, quando este é transferido. O esposo da tenente a seguiu quando ela foi realocada de Salvador para Brasília. “Depende da família aprender a conciliar. Agora vou passar sete meses no Haiti e ele vai ficar”, defende.
 
De acordo com a capitão, apesar de o Exército não discriminar mulheres no serviço militar, a instituição dá o tratamento específico nas situações apropriadas. “Quando engravidei, meus chefes me apoiaram muito. Tive minha licença de quatro meses e tudo previsto na legislação foi cumprido”, afirma.

Dicas de Denise Rothenburg para ser um profissional bem-sucedido

Por Paola Rodrigues

·                           Não fazer entrevista pingue-pongue por e-mail. É importante olhar nos olhos da fonte;
·                           Conquistar a confiança das fontes;
·                           Nem toda informação que a internet fornece é verdadeira. Cuidado com a reprodução dessas informações sem confirmação;
·                           Ficar depois da coletiva de imprensa e colher mais informações. Para o jornal impresso isso é fundamental;
·                           A internet não dá capacidade de observação;
·                           Tem que ser curioso;
·                           Tem que ter paciência, persistência e jogo de cintura.

1, 2, 3, Gravando!

Diretoras de cinema do Distrito Federal participam de debate com alunos do UniCEUB sobre o cinema feito por mulheres
Hilda Rocha e Julia Chaib
O encerramento da Semana de Comunicação do UniCEUB, na quinta-feira, 26 de maio, reservou uma sessão de cinema especial para os alunos: depois dos filmes houve um debate com três diretoras de cinema. Diante do tema do evento desse ano, “A mulher na Comunicação Social”, as cineastas Adriana de Andrade, Denise Moraes e Dácia Ibiapina foram as convidadas da noite para discutir o cinema feito por mulheres.

Antes do debate, foram exibidos ao público os curtas-metragens “Dona Custódia”, de Adriana de Andrade, “Cinema Engenho”, de Dácia Ibiapina e “Memória de Elefante”, de Denise Moraes.

Da esquerda para a direita: Dácia Ibiapina, Denise Moraes e Adriana de Andrade (Hilda Rocha)
 Após a exibição, as cineastas deram início ao bate-papo em que se discutiu o trabalho da mulher atrás das câmeras, no comando do set de filmagens e sobre as dificuldades que elas encontram para a realização dos filmes.

Para as cineastas, ser diretora de cinema não é tarefa fácil. “É uma luta, uma guerra, uma batalha diária. Você precisa ter recursos, correr atrás”, mencionou Adriana. “Em questão de gênero, o cinema feito por mulheres foi se impondo ao longo dos anos. A partir da década de 60, as mulheres cineastas começaram a se afirmar na linha da direção. Mas o cinema ainda é um ofício muito masculino”, observou a cineasta.
Para Dácia Ibiapina, cineasta e professora do curso de cinema da UnB há 18 anos, as mulheres enfrentam mais dificuldades que os homens na hora de fazer filmes. “Existem mais homens fazendo cinema que mulheres. Nós lembramos vários nomes de cineastas de Brasília, mas nós, mulheres, somos poucas.” Outra questão levantada pela cineasta foi a participação de mulheres diretoras nos festivais de cinema. “Para nós é muito difícil dar visibilidade aos nossos filmes. No Festival de Brasília, por exemplo, são selecionados poucos filmes feitos por mulheres, e o júri, na maioria, é composto por homens. Isso tem que mudar.”
Entre os aspectos presentes nos filmes, as diretoras foram unânimes em apontar a intuição, o olhar feminino e as experiências de vida como fatores fundamentais na hora de pensar no roteiro. “Fazer cinema é uma coisa muito pessoal. Quando a gente faz um filme, nos colocamos na estória. Eu me vejo muito nas minhas personagens. Além disso, as mulheres são mais intuitivas que os homens”, declarou Denise.
Ao final da palestra, o conselho das diretoras às futuras cineastas: “O diretor de cinema é um comandante, por isso vocês devem saber tudo sobre o que falam. Devem estudar bastante, ralar muito, porque vocês vão comandar um monte de ‘machos’, e se não tiverem segurança do que falam, podem se tornar motivo de piada, além de serem desrespeitadas”, apontou a cineasta Adriana.

Semana da Comunicação encerra com premiação de vídeo

Vencedores ganharam curso de edição e produção de vídeo da Studio Online

Os vencedores com o coordenador do curso,
Henrique Moreira
(Isa Stacciarini/Esquina)
Por Isa Stacciarini
Criatividade, respeito ao tema e qualidade do trabalho. Segundo Henrique Moreira, coordenador do curso de Comunicação Social do UniCEUB, estes foram os quesitos de julgamento para o concurso de vídeo com o tema “A mulher e a comunicação”. A premiação ocorreu durante o último dia da Semana da Comunicação, promovida pelo Centro Universitário de Brasília.

O curta-metragem vencedor concorreu com outros nove vídeos e teve duração de três minutos. Isadora Wertheimer, 18 anos, e Gabriel Velloso, 20 anos, foram os responsáveis pelo produto.  De acordo com Isadora, a motivação para participar do evento veio da prática que já tinha com vídeos. “Cheguei a postar algumas coisas no You Tube e quando ficamos [ela e Gabriel] sabendo do evento, decidimos tentar. Caso ganhássemos ia ser bom de todas as formas”, declara. Já Gabriel, fotógrafo há dois anos, acredita que “a facilidade de enquadrar e gravar ajudaram na filmagem”.

A entrega do prêmio aos ganhadores
(Isa Stacciarini/Esquina)

Para os vencedores, a tarefa não foi difícil. “Escolhemos um formato bastante acessível, utilizamos imagens de internet e trabalhamos com corte seco. Foi bem tranqüilo”, disse a ganhadora do concurso. Gabriel acrescenta. “A filmagem foi feita em casa e o trabalho ficou pronto em um final de semana”.
Estudantes do 3º semestre de publicidade e propaganda, os amigos ganharam uma bolsa da Studio Online de edição e produção de vídeo. Para Isadora, que também ficou em segundo lugar no 6º Concurso Almanaque de Criação, o prêmio “enriquece a experiência na área”. Gabriel concorda. “O curso vai acrescentar o currículo de uma forma muito positiva. É sempre bom ter um plus”, afirma.

Veja aqui o vídeo vencedor

Workshop ensina estudantes a obter acesso a lista de gastos públicos

Representante da associação 'Contas Abertas' explicou aos alunos importância de fiscalizar dados do governo.

Por Camila Griguc
O economista e secretário executivo da associação "Contas Abertas", Gil Castello Branco, realizou um workshop na quarta-feira (25), durante a Semana de Comunicação do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB).

O objetivo foi mostrar aos alunos como funcionam as plataformas de dados, como o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e do Portal da Transparência.

Conhecida por auxiliar jornalistas na descoberta de grandes escândalos com dinheiro público, o contas abertas, foi fundado em 2005, incentivando a participação da sociedade na prevenção e no combate à corrupção.

Durante o workshop, o economista ensinou passo a passo como consultar informações públicas no site Portal da Transparência, e ressaltou a importância desses dados no trabalho jornalístico.

Foram exibidas reportagens que tiveram como base os dados obtidos por meio dos recursos ensinados, algumas delas provocaram escândalos e até mesmo demissões de pessoas públicas, como a ex-ministra Matilde Ribeiro.

Para Gil, a transparência de dados no Brasil evoluiu notoriamente nos últimos anos, mas ainda tem muito que melhorar, pois o acesso as informações não é completo, existem muitas áreas restritas nesses portais e o sistema de busca ainda é bastante complexo.

Gil destacou que cada vez mais os meios de comunicação têm buscado informações nestas plataformas. Elas são fundamentais para a contextualização dos fatos sociais e políticos do país. Para ele, saber trabalhar com essas ferramentas é um forte diferencial para os jovens ingressantes no mercado de trabalho.

O economista contou ainda com o auxilio do analista de sistemas, Carlos Benner, que é especialista na área de monitoramento de gastos públicos no SIAFI.


Leia a crítica de Sérgio Vinícius sobre a Semana da Comunicação

'Novo acordo ortográfico não tem lógica', afirma professor

O especialista Ernani Pimentel critica o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em palestra a universitários.
Professor Ernani Pimentel durante palestra no UniCEUB
(Felipe Igreja/Esquina)
Por Felipe Igreja 
O professor de Português Ernani Pimentel não teve papas na língua na hora de criticar o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, durante uma palestra realizada na manhã desta quinta-feira (26/5), na semana da comunicação do UniCEUB. Para o especialista, as novas regras são “anacrônicas” e não facilitam o ensino e a aprendizagem da ortografia.

“Essas ideias foram pensadas em 1975, no século passado, quando ainda se utilizava a decoreba na hora de ensinar e a exceção explicava a regra. Mas não podemos mais aceitar isso. As exceções destroem a regra”, declara Ernani.

O professor faz parte do movimento “Acordar Melhor”, que pede uma revisão no Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008, que trouxe novas regras de escrita e uma tentativa de padronizar a Língua Portuguesa, falada por cerca de 250 milhões de pessoas, em nove países e no território de Macau, na China.

“Não somos contra, mas o novo acordo é cheio de incoerências e muitas vezes não tem lógica. Não podemos ter um acordo com exceções. Passamos a vida inteira estudando para descobrir que existem exceções à regra. Ou seja, tempo perdido”, explica o professor.

Para ele, a maior dificuldade de estudantes (nativos e estrangeiros) é a ortografia. O novo acordo deveria ser usado para facilitar o ensino e a aprendizagem desse aspecto, mas não é o que acontece. Segundo Ernani, ocorre justamente o contrário.

“A ortografia é o maior fator de exclusão social. A pessoa que escreve errado, que grafa a palavra de maneira errada, fica marcada. Se a nossa ortografia fosse racional e lógica, para que todas as pessoas pudessem saber escrever com facilidade, você estaria contribuindo para o maior movimento de inclusão social do país”, explica Ernani Pimentel.

Muito além de um rostinho bonito

Âncoras falam sobre o domínio feminino nas redações.

Claudia Toledo e Daysa Belini ao lado da professora Edla Lula 
(Rafael Cadengue) 
Por Caroline Rosito
A mulher já conquistou o seu espaço no mercado de trabalho. No jornalismo, não há mais diferença entre o sexo masculino e feminino. É o que afirmaram as jornalistas Claudia Toledo e Daysa Belini, durante a palestra “Mulheres no Telejornalismo Local” na Semana da Comunicação do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB, na noite dessa quarta-feira (25/05).

 “A mulher é maioria e domina as redações”, diz a repórter e âncora do jornal Direto da Redação da TV Record em Brasília, Daysa Belini. A jornalista falou sobre o início na profissão e das dificuldades enfrentadas ao longo da carreira de nove anos por ser mulher. “Para muitos eu era só um rostinho bonito, mas eu mostrei o meu trabalho e provei que sou capaz”.

Para a editora-chefe do telejornalismo local da Band, Cláudia Toledo, as coisas mudaram e hoje tanto a mulher quanto o homem são tratados de forma igual dentro dos veículos de comunicação. Claudia acrescenta que o fato de ser mulher não atrapalha o desenvolvimento da carreira. “Não existem diferenças de sexo no trabalho e o papel do homem também é fundamental”, completa.

As jornalistas comentaram ainda a proximidade do jornalismo local com a comunidade. Para elas, o jornalismo em Brasília e no entorno tem relevância e, cada vez mais, tem sido exigido pela população. “O retorno que a gente recebe das pessoas que ajudamos é muito gratificante. Isso é o que diferencia o jornalismo nacional do local”, revela Daysa Belini.