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Panfleteiros em Taguatinga distribuem duas mil propagandas ao dia para ganhar R$30

 
Na luta por empregos, os panfleteiros em Taguatinga arriscam-se nos semáforos entre os carros, sujeitam-se ao sol forte, cumprem uma carga horária de oito horas, ganham em média R$ 30 ao dia, entregando diariamente dois milheiros. 
De segunda a sexta, das 8h30 às 17h e com 2h de almoço, Adriana Souto Lima, 40 anos (ouça entrevista de Adriana, sai do Setor O para panfletar no centro de Taguatinga, perto da Praça do Relógio.  Há apenas um mês no ramo da panfletagem, não tem outra opção, prefere estar ganhando semanalmente seus 150 reais do que ficar parada.

“Tenho muito medo do trânsito, mas não tem outro jeito. No final do mês pagar o aluguel, a água, minha alimentação e a luz, é o mais importante”, desabafa Adriana. 

Aos 20 anos, a jovem panfleteira, Suze Naely Ferreira da Silva, ganha mensalmente um salário mínimo. Trabalha em Taguatinga Norte, cinco vezes por semana e 6h corridas, sem direito a almoço e 15 minutos de descanso.
Segundo Suze, a maioria das empresas que contratam o serviço de panfleteiro não ficha carteira, mas tem a opção de ganhar um pouco mais. “A pessoa pode ser contratada por uma ou mais empresas, panfletando e assim dobrando o seu salário”.

Francisco de Assis, 60 anos, ajudante de caminhão e panfleteiro.
Há 26 anos, Francisco de Assis, ajudante de caminhão de uma firma para materiais de construção, localizada na Ceilândia, possui uma grande alegria e disposição contagiante. Nas horas vagas, panfleta nos semáforos no Centro de Taguatinga, divulgando a empresa em que trabalha, sem ganhar nada por isso.
“Não interessa a idade. O importante é poder ser útil, ganhar seu salário honestamente e ter prazer no que faz”, finaliza Francisco.
CBO – Classificação Brasileira de Ocupações
É uma fonte de informações sobre todas as ocupações existentes no mercado de trabalho brasileiro. Desde outubro de 2002, os panfleteiros são reconhecidos através de um código, como cartazeiros, pessoas que prestam serviços a empresas e pessoas.
www.mtecbo.gov.br

Por Fernanda Macheone

NO SINAL - Deficiente circula entre carros com skate



Com bom humor, Ivanildo recebe a contribuição de um motorista


Conhecido como "Ivanildo do Skate", o deficiente físico José Ivanildo da Silva (41), natural de Alagoas, chegou a Brasília em 1998, e desde 2001 é pedinte no semáforo do cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. O apelido surgiu porque o homem fica em cima de um skate e circula entre os carros pedindo esmolas. A deficiência física surgiu quando, ainda criança, Ivanildo sofreu uma paralisia infantil, o que o deixou sem o movimento das pernas.
Renda mensal- Ivanildo ganha de novecentos a mil reais por mês, além de uma aposentaria no valor de R$ 678,00, equivalente hoje a um salário mínimo. A renda sustenta a mulher e os três filhos. 
O bom humor e o auto astral levaram o pedinte a conhecer pessoas boas, que lhe doaram dinheiros e outros, para a realização de sonhos, como a casa própria e a viajem para Alagoas, cidade natal, onde pode rever a família. A espontaneidade e alegria também conquistaram moradores do Valparaíso, onde se candidatou a vereador, mas infelizmente recebeu 144 votos, não suficientes para ser eleito. “Algumas pessoas param no sinal e ficam falando para eu ir trabalhar, que ser pedinte não é decente, mas se eu conseguir um emprego eu perco a minha aposentadoria, e com um salário mínimo não dou conta de sustentar minha família. Na rua rende mais” conta Ivanildo.
A dificuldade de conviver com a diferença
Antes de conseguir a casa própria e ter uma ‘vida estável’, Ivanildo foi morador de rua e enfrentou muitas barreiras. Ele conta que “fui almoçar em um restaurante da rodoviária do plano piloto, quando era pedinte lá, e ninguém queria me atender. A dona pediu para que um garçom fizesse uma marmita e me entregasse, mas que em seguida eu teria que sair do local. Eu estava ali para comer na mesa como qualquer pessoa, além de tudo tinha dinheiro no bolso para pagar”, emocionado ele explica que foi a pior situação que já viveu, “me trataram como um bicho qualquer”.
Em outra situação, no semáforo do cemitério, um carro parou próximo ao Ivanildo, e o motorista começou a maltratar e insultá-lo. “Ele estava louco, gritava e parecia estar com raiva de mim. No dia seguinte um funcionário desse homem, que também estava no carro, voltou aqui e me pediu desculpas, falou que não concordava com o que o chefe tinha feito comigo”.  
“Algumas pessoas me ignoram. Eu falo bom dia e elas fecham o vidro na minha cara”. Contudo Ivanildo do skate não perde o bom humor, “o importante é que eu tenho Deus no coração e acredito que o mau humor das pessoas não é culpa minha, elas devem ter passado por algum problema antes de passar por mim”, brinca.
Alegria nas ruas
Em meio às dificuldades do dia a dia, Ivanildo não deixa de pensar no próximo. Criador do projeto “Ação das Crianças”, ele dedica o mês de setembro e outubro para arrecadar brinquedos e doces, já o dinheiro é usado para comprar sorvetes, refrigerantes e pagar o aluguel dos brinquedos infláveis para a festa do dia das crianças, onde tudo que foi arrecado é distribuído, em uma grande festa.
Determinação
Ivanildo acredita que o conhecimento é a chave para o crescimento, e por isso incentiva os filhos a estudarem, “meu filho tem 14 anos e já quer namorar, mas eu explico pra ele que os estudos estão na frente de tudo”, sorri. Para inspirar os filhos, Ivanildo voltou a estudar e está na 4º série do ensino fundamental.
Ânimo- “O sorriso e a alegria do povo me contagia, e é isso que eu levo do povo brasiliense, que tanto me ajuda”, Ivanildo a respeito do amor por Brasília.
Por Dayane dos Santos- Jornal Esquina Online

NO SINAL - Vendedor de pano de chão faz viagem todos os dias




Há três anos, Francisco Ronaldo, 24 anos, vive da venda de pano de chão e saco de lixo. Seu ponto fixo é o semáforo que fica em frente ao Tribunal Superior do Trabalho, na L4 Sul. Enquanto servidores públicos dos três tribunais que ficam nas proximidades passam em seus carros confortáveis, Ronaldo anda rápido debaixo do sol quente para oferecer seus produtos. As realidades são muito distintas; contudo, o vendedor não tem vergonha da sua, pelo contrário, até gosta. “Pra mim, tá bom aqui. Não tenho do que reclamar”. Ouça parte da entrevista com ele. Morador de Luziânia (GO), Ronaldo faz uma “viagem” todos os dias para chegar ao ponto de vendas
 
Em Brasília, há uma grande distância econômica entre quem mora na capital e quem trabalha informalmente na capital. Onde há a maior renda per capita do país, jovens lutam para sobreviver com o pouco que recebem.
 
Trabalhando em torno de seis horas, Ronaldo consegue vender, em média, 75 panos por dia. Adquire cada um por R$ 1,10 e revende por R$ 1,66 (seis por R$10), uma oferta bem atraente para quem não gosta de gastar dinheiro com pano de chão. “Eu ganho em torno de R$ 800 por mês”. Com o rendimento, que nunca é o mesmo todo mês, Ronaldo sustenta a esposa (que não trabalha) e o filho pequeno.
 
. Para ele, apesar de morar tão longe, vir para Brasília compensa, porque a demanda é bem maior. Enquanto a maioria das pessoas que ganham até mais que Ronaldo utiliza o transporte público, ele prefere usar o carro próprio – fato curioso.  Mas, para não ficar no prejuízo, divide a gasolina com amigos – agora está explicado.
 
Assim como muitos trabalhadores informais, o vendedor já tentou trabalhar com carteira assinada. Durante um tempo, deixou de vender no semáforo (na época, seu ponto era na quadra 514 Sul) para ser pedreiro. Não deu certo. Então, voltou à antiga atividade.  
 
Ronaldo não concluiu o Ensino Médio; parou no primeiro ano e não pretende voltar a estudar. Sonho profissional? Num primeiro momento, Ronaldo afirmou que não tem nenhum. Mas pensou melhor e mudou a fala: “A gente tem, mas como não consegue, então a gente deixa de lado”.  
 
Com ele não poderia ser diferente. É quase impossível alguém não ter um sonho. Cada sonho é compatível com cada realidade, mas pode não ser. Quando alguém tem um sonho “irreal”, este pode ser somente um sonho, mas, dependendo da vontade, pode tornar-se uma realidade inesperada.
Por Noa Abe – Jornal Esquina on-line

NO SINAL - Ivanildo do skate tem projeto social

Ivanildo, em seu skate, pede esmolas no semáforo




“Minha vida é um jornal”. É assim que José Ivanildo da Silva, ou melhor, Ivanildo do skate, define a sua vida. O homem, que é o famoso pedinte do semáforo ao lado do cemitério Campo da Esperança, consegue cerca de mil reais por mês para sustentar a família. E tudo isso com um detalhe: em cima de um skate!  Ivanildo do skate é conhecido assim por ser deficiente físico e não poder ficar de pé. Além do dinheiro arrecadado no semáforo, Ivanildo ganha ainda cerca de 600 reais por mês da aposentadoria e lembra, “com um salário mínimo, não se vive em Brasília”.

Sua vida em Brasília começou mesmo, em 1998, quando pedia dinheiro na Rodoviária do Plano Piloto para construir a casa dos sonhos em Céu Azul, no Valparaíso, onde já tinha um terreno. Foram as doações e esmolas que construíam a casa em que Ivanildo vive hoje com a mulher Elvanice, juntos há oito anos, e os três filhos: Moisés, 14, Olaila Cristina, 10 e o bebê, de 2 meses.


Ivanildo é um homem que espanta a tristeza e gosta de fazer o bem. Ele tem um projeto em prol das crianças carentes da sua cidade. Todo mês de setembro ele arrecada dinheiro e doações no semáforo do Gilberto Salomão para fazer uma linda festa do Dia das Crianças, no dia 12 de outubro. É através do projeto que ele vê um futuro melhor. Agora o sonho é outro: formar uma ONG reconhecida do projeto das crianças.

Sonho realizado

Em um relato muito longo, o alagoano conta que, ainda na sua cidade natal, tinha um sonho: vir à capital federal para ganhar dinheiro e ter uma vida melhor. Como sempre foi pedinte, não tinha dinheiro suficiente pra vir até Brasília, mas o sonho falou mais alto. Ivanildo vendeu tudo que tinha e juntou 300 reais, valor que o ajudou a chegar até Salvador.

Foi uma igreja evangélica da capital que o acolheu por três meses. Mesmo sendo católico, Ivanildo agradece toda ajuda da comunidade evangélica. Homem de muita fé, sempre anda com a bíblia sagrada nas mãos e acredita em milagres. Para ele, tudo que aconteceu em sua vida foi um milagre de Deus. O primeiro foi quando um homem desconhecido o ajudou, lhe doou mil reais e o levou à igreja que lhe ofereceu lugar para dormir. Foi lá que Ivanildo ganhou vários móveis e mais 800 reais para melhorar de vida.

Vida na política

Ivanildo sempre esteve no meio da política. Sem pensar em se candidatar ainda, ele ajudou um candidato a prefeito na capital baiana para ganhar 100 reais e assim, realizar o sonho de chegar em Brasília.

E quem pensa que a vida na política já terminou, esse é só o começo. Ivanildo ajudou a atual prefeita de Valparaíso a se candidatar e, garantiu um emprego na prefeitura da cidade. Mas não para por aí. Ivanildo foi candidato a vereador de Valparaíso, mas nem chegou perto de ser eleito.

E surge a pergunta: se ele tem emprego garantido, por que ainda vive no semáforo como pedinte? Ivanildo é claro, “se eu saio da prefeitura depois de quatro anos, é difícil para requerer a aposentadoria de novo”. Ele destaca que o processo é muito burocrático e ele pode ficar sem dinheiro.

Alegria no semáforo

Em meio a tantas dificuldades, Ivanildo do skate sempre está com um sorriso no rosto. Porém, o preconceito também faz parte da sua história. Seja pela deficiência, ou pela condição de pedinte.


O maior presente que ganhou no semáforo foi uma doação no valor de R$ 3.100 de um motorista. E o melhor momento: “Chega arrepio”, diz. Ivanildo ganhou muletas de outro motorista, mas com a paralisia nas pernas não consegue ficar em pé, por isso conseguiu doá-las a um amigo deficiente que não tinha condições de ter uma.

O maior aprendizado que Ivanildo vai levar pra vida inteira é o sorriso e a alegria de cada um que passa por aquele semáforo. Ivanildo do skate, um homem sorridente, cheio de alegria e de fé não esconde as dificuldades, mas também não lamenta e sim, agradece a Deus por tudo que conseguiu até hoje.

Por Gabriela Echenique - Jornal Esquina On-line

NO SINAL - Flanelinha acorda às 4h30 há 19 anos





São quinze horas longe de casa e sob sol forte ou chuvas torrenciais. Há 34 anos vivendo em Brasília, o baiano encontrou nas ruas uma profissão que garante o sustento da família. Geosino Dias, de 40 anos de idade, é um exemplo de flanelinha que há dezenove anos busca no informal o sustento da sua família. “É a forma que encontrei para ajudar o minha esposa nas despesas de casa”, diz.

Pai de cinco filhos, Geosino vive em Águas Lindas, divisa de Brasília com o estado de Goiás. Sai de casa, todos os dias, às 4h30 da manhã, para auxiliar a baliza, vigiar e lavar o carro, no setor hospitalar sul no centro econômico da capital do país.

Garante que é bastante difícil passar mais de 12 horas exposto ao sol e ainda conciliar o papel de homem da casa com a sua atividade comercial, mas a necessidade de contribuir na renda mensal familiar tem sido a sua motivação.

A oportunidade

“Quando fiquei desempregado encontrei aqui uma forma de sustentar minha família.”, explica e também afirma que a falta de condições adequadas de trabalho é o principal problema do seu negócio. O sol maltrata o trabalhador que tem que dar duro para conseguir o seu sustento.

Com o segundo grau completo, Geosino faz parte do grupo de flanelinhas cadastrado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do Distrito Federal (SEDEST), e apesar da informalidade da profissão ele já contribui com o INSS há 14 anos. 

O seu dia começa cedo e termina por volta das 22h00. Em média, por dia, arrecada cerca de 300 reais, valor com o qual ajuda nas despesas de casa, até porque “a vida não está fácil”.

As conquistas


Em entrevista ele diz que o trabalho é tranquilo e sossegado. Geosino nunca parou para contabilizar quanto ganha mensalmente, e a quantidade de ganha por dia varia de acordo com o movimento do estacionamento onde trabalha.

Uma das grandes conquistas alcançadas pelo trabalhador foi a quitação do lote onde ele construiu sua casa. “Só consegui comprar meu lote porque dividi em 102 parcelas de quinhentos e poucos reais. Se não fosse pelo meu trabalho com a vigia de carros não teria conseguido isso”, diz Geosino.

Por Raquel Teixeira - Jornal Esquina On-line



NO SINAL: Malabarista chileno encontrou um palco diferente





Victória Cavalhares tem vinte e cinco anos, nasceu no Chile e estar trabalhando há sete anos nas ruas, começou a arte nas ruas por dinheiro mais logo surgiu a paixão, segundo ela é uma forma de vida. Segundo Victória sua família de classe média alta no Chile não apoiou a ideia  de querer seguir a vida de uma forma diferente de todos, no entanto não impediu de sair de casa. Através dos malabares ela viaja muito, passam por vários países conhecendo muitas pessoas que vive dessa arte, uma expressão cultural, pessoas que não tem tantos recursos podem chegar a ela cujo cenário é a rua como músicos, pintores, malabaristas. Como viaja muito  e não tem lugar fixo estar de passagem por Brasília fazem três meses seguindo viagem para Bahia, quando o dinheiro dar para pagar costuma ficar em hotéis baratos sempre dividindo com pessoas que segue seu mesmo estilo de vida, caso ao contrário dormi e toma seu banho na rodoviária.

Esse estilo de vida divida opiniões por pessoas que passam por ali, Guilherme Tabatinga universitário afirma que “acho o trabalho do pessoal que faz malabares no trânsito nota dez, qualquer coisa que venha tirar o stress do trânsito é bem vindo.”  Já Joana Albuquerque funcionaria publica afirma “ Esse trabalho é legal, mais no trânsito eu não concordo tem muitas pessoas pedindo esmola junto, então eu não concordo com eles aqui no trânsito.”

Victória depende do dinheiro que consegui dia-a-dia nas ruas para seu sustento, sua vida não tem luxo nem consumismo, o dinheiro que consegui é  para o hoje o presente, não pensa no futuro, apenas vive o agora. Sente saudade da sua família mais afirma que ainda não é hora de voltar para casa, ele quer mostrar sua arte para as pessoas que passam por ele todo dia  com  janelas do carro fechadas vivendo cada um no seu mundo, mais um dia vão perceber sua presença  e admirar sua arte de rua.
Nayara Medeiros - Jornal Esquina On-line

NO SINAL - Vendedor de fruta chega a faturar até R$ 3 mil

Aloísio, entre os carros, com o sinal parado, vendendo caquis. 

    Aloísio da Costa, 58 anos, é vendedor de frutas no semáforo da 515 Norte, ao lado de uma agência do Banco do Brasil. Ele conta o que levou a trabalhar nesse ramo. “Eu procurava emprego e não encontrava, logo, o único meio que eu vi pra ganhar dinheiro foi esse, vender fruta“, confessou Aloísio, que já trabalha há oito anos no local.
    Morador da Ceilândia, o vendedor tem o trabalho no semáforo como a única fonte de renda, onde consegue faturar em média até R$ 3 mil, segundo ele. Para Aloísio, início de mês é o momento em que consegue mais vender, pois, é a época que a maioria das pessoas recebe o seu próprio salário. Já em relação aos dias da semana, não existe um dia específico que vende mais, pois varia de acordo com a procura.
    Quando o assunto é fiscalização, Aloísio admite preocupação e reconhece a principal dificuldade. “A AGEFIS (Agência de Fiscalização do Distrito Federal) é a maior dificuldade para mim, tenho sempre que tomar cuidado, senão eles levam tudo”, declarou o vendedor. Além disso, ele relata que já foi assaltado várias vezes.


Preços


Aloísio, no seu local de trabalho, onde diariamente vende variadas frutas.


    Aloísio vende frutas, como caqui, pinha, goiaba, morango e mexerica. Os preços variam. A caixa de caqui que vem com 11 unidades, custa R$ 10. Já a caixa de Pinha, com cinco ou seis unidades também sai no mesmo valor.  As sete unidades de goiabas embaladas custam R$ 5. A caixa do morango vem embalada com quatro caixinhas por R$ 20 ou com duas caixinhas no valor de R$ 10. Os dois pacotes de mexerica, com quatro unidades em cada, custam R$ 5.

               Por Pablo Arruda - Jornal Esquina On-line

Energia solar é sinal de sustentabilidade e economia

Por: Paulo Stefanini
pauloepstefanini@gmail.com


Toneladas de CO² deixam de ser despejadas quando a iluminação natural é convertida em energia elétrica ou térmica. Na capital, uma referência para a matriz

 


                                       Foto por Paulo Stefanini


Para solucionar o problema de fontes não renováveis de energia, uma alternativa tem se destacado como menos agressiva ao ambiente e de uma funcionalidade muito promissora: a energia solar. Suas aplicações práticas podem surgir do armazenamento para conversão direta em energia elétrica, ou energia térmica, está sendo usada principalmente para o aquecimento de água. A iluminação natural, uma fonte renovável de energia, pode ser aproveitada de forma a reduzir as necessidades e os custos de se adquirir iluminação e aquecimento por meios tradicionais.


De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, o Brasil possui hoje 13 usinas fotovoltaicas em operação, que transformam a radiação solar em energia elétrica. O número não é dos mais atraentes, se considerado o potencial brasileiro para o aproveitamento desse tipo de energia e a necessidade global de economia e reutilização das águas.

Uma das usinas brasileiras fica no centro de Brasília, e foi inaugurada em fevereiro de 2011 na Embaixada Italiana na capital. O projeto é a segunda maior planta fotovoltaica ativa no país – atrás apenas de uma estação no Ceará -, com 405 painéis, que produzem energia para o uso dos escritórios, das habitações para os funcionários da segurança e da residência do embaixador. 7,6 toneladas de CO² deixam de ser despejadas por ano por causa do projeto. As vantagens, no entanto, não atendem apenas os conceitos sustentáveis de arquitetura e engenharia. A embaixada não desembolsa um centavo sequer em energia elétrica, conforme acordo de troca mútua firmado com a CEB. Enquanto o sol bate nos painéis da embaixada, a energia gerada também alimenta postes de vias públicas da região, mas à noite, quando o sol não contribui, a CEB retribui com o abastecimento tradicional.

Brasilienses se encontram aos domingos no Eixão em busca de diversão

Por Luciana Amaral

Centenas de moradores de Brasília desfrutam do “Eixão do Lazer“, o eixo rodoviário que corta as asas Sul e Norte da capital federal. Ela é uma das principais avenidas da cidade e fica aberta somente para pedestres das 6h às 18h todos os domingos. Assim, vira espaço para a prática de esportes.

    Moradores de Brasília se reúnem no “Eixão do Lazer” aos domingos para praticar esportes

Por toda a via durante o dia é possível encontrar pessoas fazendo caminhadas, andando de bicicleta, patins e skate. Os praticantes da prancha do asfalto tem até lugar específico para se encontrar – na 114/115 Norte.

A taquígrafa Célia Franca junta toda a família e vai para o Eixão quase todos os domingos há mais de cinco anos.  Ela prefere andar de patins ou a pé, enquanto os filhos andam de bicicleta e skate. Além do espaço livre, Célia fala que também gosta do local pelo tempo que fica aberto. “Porque aí a gente pode vir em outros horários, né? Se não der para vir muito cedo.”


  Menino anda de bicicleta pela avenida com uma roda no ar

O skatista Jonathan Boaventura, de 15 anos, chega todo domingo na 114/115 Norte por volta das 8h e só vai embora depois das 17h. Ele começou a andar de skate há apenas dois meses, mas ressalta as vantagens de ir para o local. De acordo com Jonathan, o espaço é muito bom para observar os mais experientes e contar com a ajuda de amigos. “Eles passam algumas coisas para a gente fazer. Aí a gente vai pegando essas coisas até botar no skate.”

Rafael Santos, também de 15 anos, pratica skate na região há três anos e se arrisca em manobras divertidas. Ele diz como foi aprender a andar de skate plantando bananeira: “Ah, caindo muito, direto”.

O skatista Rafael Santos gosta de andar de skate “plantando bananeira”
                   
Marco Antônio Alves é diretor da Associação Longbrothers, que há seis anos se propõe a difundir a cultura e prática do skate. Assim, todo final de semana a associação monta uma estrutura na pista com tenda de música e, há cerca de um ano e meio, atendendo a pedidos, criou uma escola para ensinar o esporte.
 
Atualmente, a escola conta com 15 crianças, apesar de contar também com alunos adultos e até com mais de 60 anos.  “Por que? Eles veem, acham legal, às vezes trazem os filhos e a gente convence a andarem juntos. Passamos a ideia de andar em família e tirar a molecada de dentro de casa.”

Adolescente faz manobra em barra de ferro instalado no meio da pista
 
Segundo Marco Antônio, existe gente na fila de espera para as aulas. Ele diz que não é possível atender a todos, pois são apenas dois instrutores.  Para o diretor da Associação Longbrothers, o Eixão é ótimo para a prática do skate e reunir a família. “É o lugar perfeito. Uma praia desse tamanho com 14 km para usar. A gente usa só essa parte de baixo, em que a pista é ótima, larga e com asfalto perfeito. Tem que botar para movimentar, para a comunidade mesmo curtir.”

Além dos skates, longboards, skates em pranchas mais compridas, podem ser vistos deslizando pelo asfalto em manobras ao som de um DJ. Por causa do tamanho, manobras do surf podem ser praticadas fora d`água.
 

      Homem mostra que o longboard também é ágil para manobras e tem espaço garantido no Eixão.
 
 
Mesmo assim, nem só de patins, bicicletas e skates vive o Eixão. Fora da pista, nas árvores ao lado da avenida, estão praticantes de  slackline. Os amigos Nathan Gabriel, Leonardo Silva, ambos de 18 anos, e André Luiz, de 17, resolveram experimentar o esporte que consiste em atravessar uma corda suspensa no ar e virou febre em todo o mundo. Segundo o trio, a maior dificuldade é não perder o equilíbrio. “Já já a gente esta aí conseguindo andar até o final e voltar.”

 
   O estudante Leonardo Silva tenta se equilibrar sobre a corda usada no slackline


 

 

Programação Neuro Linguística – Nova arma para os concurseiros

Por: Hans
Foto: Programação Neuro Linguística


Para muitos, a preparação para exames e concursos é um processo cansativo e estressante. O pensamento se reflete no estudo, fazendo com que a pessoa limite a si mesma e prejudicando sua preparação e aproveitamento dos estudos. Na Programação Neuro Linguística (PNL), considera-se que a aprendizagem ocorre através de programas neurolinguísticos, isto é, a pessoa constrói mapas cognitivos dentro do seu sistema nervoso, conectando-os com observações do ambiente e respostas comportamentais.


Delis de Zorzi
Usando uma variedade de ferramentas, a PNL pode te ajudar a descobrir o seu próprio processo de raciocínio. “As estratégias de aprendizagem, com certeza, são diferentes em cada disciplina. Então, buscamos o que  funciona bem e copiamos, usando para a outra disciplina que a pessoa tem dificuldade”, explica a especialista em PNL Delis de Zorzi.  “Na nossa percepção do mundo, temos um sistema representacional predominante visual, auditivo ou sinestésico. Descobrir qual é o seu sistema representacional predominante ajuda a estudar de forma mais eficiente e desenvolver a memória.”

Desenvolvida na década de 70 por Richard Bandler e John Grinder, a PNL é um conjunto de estratégias que trabalham com a modelagem da mente visando o desenvolvimento pessoal e incorpora elementos de comunicação, psicoterapia e autoconhecimento que pode te ajudar em todas as áreas da sua vida. O conjunto de técnicas que embasa a PNL é chamado de “modelagem”, um processo que envolve a reprodução cuidadosa dos comportamentos e crenças daqueles que atingiram o “sucesso”.
A PNL oferece um conjunto de técnicas que visa a aprovação em provas e concursos através de passos como estar ciente da sua meta, visualizar o sucesso e desenvolver um processo pessoal de aprendizagem e estudo.  Uma boa forma de preparar sua mente para as informações é pensar como vai se sentir quando passar nos exames e nos benefícios que serão agregados a sua vida.  Procure sempre visualizar suas metes e as etapas para atingi-la.

Antes de começar a se preparar para uma prova, sua mente deve estar convencida de que você é capaz de obter os resultados esperados. Para estudar de forma mais eficiente, confira nos slides, os exercícios indicados pela especialista. Para aprofundar-se na PNL e aprender como aplica-la na sua vida, a especialista Delis De Zorzi vai ministrar em Brasília o curso de Formação e Certificação Internacional em PNL Concedida por Richard Bandler nos dias 17, 18, 19, 24, 25e 26 de maio. Para mais informações acesse a página da Bazeggio Consultoria.

Com um pé em Londres

Ópera é no cinema
Por: Alessandra Santos

Foto: Royal  Opera


“Viajar todos os anos para fora, para acompanhar o cenário de óperas é muito caro e complicado. Às vezes, não é possível nem conseguir ingressos na hora, já que os amantes da música compram com até um ano de antecedência”, conta o crítico, jornalista e professor de cinema Sérgio Moriconi. Assim como ele, muitos brasileiros não têm condições de sair de daqui para assistir óperas renomadas, como Carmen, Fausto, La Bohème, entre outros.

De olho nesse nicho, o Cinemark implantou um projeto em que são apresentados óperas e balés durante todo o ano e com um preço bem mais acessível ao público. Os ingressos variam entre R$ 60 (inteira) e R4 25 (meia). Dede 2012 a Rede Cinemark iniciou uma parceria com o Royal Opera House, uma das casas de espetáculo mais importante do mundo e de Londres. Antes, eles trabalhavam com o Metropolitan Opera House, de Nova York.

“Em outubro de 2010, a Cinemark incluiu na programação dos cinemas a temporada da ópera Metropolitan Opera House(Met). E em 2011, a Rede exibiu pela primeira vez uma ópera em 3D, com o espetáculo Carmen”, explica a diretora de marketing da Rede, Bettina Boklis. A iniciativa não se restringe apenas em Brasília, mas passa pelas 37 salas do Cinemark, que estão divididas em 24 cidades brasileiras. A transmissão fica toda por conta do próprio Royal e o som chega aos cinemas via satélite.

Tudo isso facilitou a vida de quem é apaixonado pelo gênero, como o escritor e apresentador do programa Vesperal Lírica, que vai ao ar todos os sábados, às 17h, na Brasil Super Rádio Fm, João Carlos Taveira. “Este ano eu já fui a todas e conheço o projeto desde o início, quando ainda havia a transmissão ao vivo aqui na rádio. Se formos comparar as duas casas, tanto a Met quanto a Royal, são magníficas”, reporta Taveira. Ele que começou desde cedo, aos cinco anos a escutar óperas e música clássica a partir de seu pai e avô.

Hoje, com 65 anos e nove filhos criados, não conseguiu transmitir o mesmo amor pela música para a geração seguinte e critica a falta de investimento no setor. “O empresário brasileiro não dá um níquel para a área, muito menos o governo. O Brasil ainda tem muito o que aprender com os Estados Unidos, por exemplo, onde os cidadãos podem inclusive, ajudar a financiar este tipo de arte”.

A figurinista Nina Maria ao contrário de Taveira não passou pelo Pier ou Cinemark, locais onde são exibidas as óperas em Brasília, mas morre de vontade de ir. “Eu nunca fui, porque sempre esqueço daí lembro quando vou assistir a um filme e passo pelo cartaz no local. Acabo me desorganizando”. Mas mesmo assim, está louca para conhecer. “Para mim, é uma mistura de diversão, hobby e trabalho, já que eu sou fissurada por figurino”, completa ela, que já trabalhou com alguns musicais infantis, como Os Saltimbancos.

A programação completa do festival, que vai até junho, está no site oficial do projeto (http://www.cinemark.com.br/royal-opera-house). As próximas apresentações são Fausto, La Fille Mal Gardée e Nabucco.







Eleitores do DF serão obrigados a votar com Biometria


Por Heron de Andrade

Foto por Heron Andrade

O sistema eleitoral brasileiro é reconhecido como um dos mais avançados  do mundo. A introdução de recursos tecnológicos, como a urna eletrônica, facilitou a vida dos eleitores e principalmente do processo de apuração, possibilitando resultados mais rápidos e seguros. Para o pleito de 2014 uma nova ferramenta já disponível em alguns estados da federação será adotada no Distrito Federal. Trata-se da biometria, um sistema adicional de identificação individual do eleitor por meio das impressões digitais que torna o sistema ainda mais seguro contra fraudes. Para tanto, o Tribunal Regional Eleitoral – DF  (TRE) convocou   os eleitores para um recadastramento obrigatório, cujo processo se iniciou em  29 de fevereiro desse ano,  e vai até 31 de março de 2014.

Segundo dados divulgados pelo TRE, desde o inicio do recadastramento, até 22 de março, 37.149 eleitores já haviam procurado os cartórios eleitorais para o recadastramento biométrico.  Os postos que mais receberam eleitores foram o de Ceilândia (2.240 ),  o cartório de Taguatinga Norte (2.238), o do Gama: (1.965), e em quarto lugar, o de Sobradinho (1.919). Segundo a Assessoria de Comunicação do TRE - DF, muitas pessoas, por comodidade,  preferem vir ao Plano Piloto  se cadastrar, uma vez que a atualização do registro de  eleitor pode ser feita em qualquer  posto ou cartório eleitoral. 

Esse primeiro balanço do processo de recadastramento representa 1,99 %  dos 1.863.129 eleitores registrados no DF. A continuar nesse ritmo, dificilmente o prazo estabelecido será suficiente. A 14ª Zona Eleitoral abrange a Asa Norte e Vila Planalto, e têm 110 mil eleitores. Segundo o chefe da 14ª Zona, Fábio Carvalho, a procura na Asa Norte tem sido maior. Fábio explica que o atendimento é prioritariamente realizado por agendamento, que pode ser feito pela internet ou por telefone, e que em média tem recebido entre 80 a 90 pessoas diariamente . No dia em que foi feita esta reportagem o  cartório eleitoral da 14ª Zona estava praticamente vazio.  “O TRE está buscando ampliar a capacidade para atender a demanda. O prazo é improrrogável, mas o tribunal está aumentando a capacidade de atendimento”, diz Fábio.
  
A desinformação de parte da população quanto ao recadastramento é outro problema a ser enfrentado pelo TRE. “Não estou sabendo de nada. Não vi ninguém comentar na TV nem em outro lugar”, diz José Carvalho, 22, morador de Ceilândia Norte. Gerson Dalvino, 24 ,estudante de Direito e também morador de Ceilândia afirma não estar sabendo do recadastramento “ Ainda não vi nada a respeito. Propaganda  até agora só de política, mesmo.”  Segundo Fábio Carvalho, o TRE imprimiu  folders para   divulgação,  convocou uma coletiva  e ainda conta com a divulgação na  imprensa . Micael Natalino, 22, técnico em enfermagem é eleitor na 12ª Zona Eleitoral em Ceilândia. Ele ouviu falar sobre o recadastramento na TV, mas não sabe como funciona. “Não agendei ainda. Mas disseram na TV que é rápido. Como não é urgente a gente acaba deixando pra fazer mais pra frente”, diz Micael. Ceilândia é o maior colégio eleitoral do DF.

Saiba mais sobre o recadastramento no DF:
 https://soundcloud.com/joonline2013/pod-cast-heron-16-04-13-ok
 
Idosos são mais conscientes
 Segundo o chefe do cartório da 14ª Zona Eleitoral, os idosos são os que mais estão procurando fazer o recadastramento. “Eles são mais conscientes, ficam preocupados.” É o que confirma o estudante de administração Wellington Santos, 23 morador de Santa Maria e registrado na 4ª Zona Eleitoral. “Só estou sabendo do recadastramento porque meu pai me avisou, mas ainda não agendei porque meu título está suspenso e precisa ser regularizado.” diz o jovem. 

Mutirão
Se os brasilienses deixarem para agendar na última hora, os cartórios eleitorais terão de se adaptar para atender a todos. “Já atendemos no limite da capacidade. Essa demanda exige atenção, é preciso empreender mais esforços, mas o servidor da justiça eleitoral já está acostumado”, diz Fábio Carvalho com a experiência de quem já trabalha no tribunal há 8 anos.  O servidor acrescenta que além do recadastramento, os cartórios eleitorais ainda têm que manter toda a rotina tradicional realizando novos alistamentos e transferência de eleitores. Segundo o servidor, o TER planeja realizar um sistema de mutirão, caso seja necessário.  O site oficial do TER-DF divulgou a informação de que o Governo do Distrito Federal planeja ceder servidores para reforçar os trabalhos do recadastramento. Seriam em torno de 92 servidores e 192 estagiários, além disso, são esperados 95 militares do Exército.  

Segundo Fábio, o cadastro é gratuito, se a documentação estiver em dia, tudo é feito no cartório ou no posto eleitoral em torno de 20 minutos. Todos devem fazer o recadastramento ainda que não seja  obrigado a votar, é o caso das  pessoas com mais de 70 anos de idade, maiores de 16 e menores de 18 anos e analfabetos. Pessoas com dificuldade de locomoção que a impossibilitem de se dirigir a um posto eleitoral deverão solicitar a quitação plena com a justiça eleitoral. “Eleitores que não se cadastrarem terão seus títulos cancelados”, acrescenta Fábio. 

Agendamento: 
Pelo telefone: 3048-4000, das 12 às 18h. 
Pelo site:  www.ter-df.jus.br

Prazo: até 31 de março de 2014.

Documentos necessários:
Carteira de identidade (RG);
Carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício funcional;
Certidão de nascimento ou casamento;
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
Instrumento público no qual se infira, por direito, ter o eleitor idade mínima de 16 ( dezesseis anos) e do qual constem,também,os demais elementos necessários a sua qualificação;
Certificado de quitação do serviço militar, para os maiores de 18 anos do sexo masculino, quando for tirar o título pela primeira vez;
Documento do qual se infira a nacionalidade brasileira do requerente ( Lei n° 7.444/85, art.5°).

Segurança nos grandes eventos



Foto: Projeto Castro Mello - Arq. Esportiva
Por: Lucas Salomão

Sede da Copa das Confederações e da Jornada Mundial da Juventude em 2013; da Copa do Mundo de 2014; e das Olimpíadas de 2016, o Brasil se tornou o centro das atenções do mundo. Para realizar tais eventos, foram necessários investimentos em infraestrutura para capacitar as cidades a fim de receber turistas de todos os lugares do globo. Apesar dos esforços, há muito a se fazer. Um dos pontos que mais preocupa, em especial após o atentado terrorista na maratona de Boston, nos Estados Unidos, é o da segurança pública. Quase R$ 2 bilhões foram investidos em todas as esferas acionadas para os eventos - defesa, segurança pública e inteligência. O Coronel  Ruy Costa Júnior, Gerente de Operações de Segurança e Inteligência do Ministério da Defesa, falou com o Esquina sobre as expectativas e perspectivas dos órgãos de defesa durante a realização de quatro dos maiores eventos mundiais.


Brasília de graça


Confira os principais lugares que oferecem eventos culturais gratuitos em Brasília

Imagem: Google Maps


Por: Talita Carvalho e Carolina Goulart

A capital federal está mais para capital cultural. Brasília oferece um enorme leque de opções para quem gosta de cultura, mas não gosta de gastar dinheiro. Peças de teatro, shows e filmes – é possível encontrar tudo isso de graça no Plano Piloto, de segunda a segunda. A programação é ampla e atende todos os públicos, desde os bebês até os mais velhinhos.

De acordo com o secretário de cultura do Distrito Federal, Hamilton Pereira, Brasília é o espelho cultural de todo o País. Para ele, cultura é um direito básico de todo cidadão. No entanto, eventos culturais não podem ser apenas entretenimento - devem envolver arte, educação e meio ambiente, ou seja, cultura no seu sentido mais amplo.

Confira abaixo a entrevista completa com o Secretário de Cultura Hamilton Pereira:

Esquina: Como anda o cenário cultural de Brasília?

Hamilton Pereira: É importante introduzir no debate a noção de cultura como direito básico do cidadão e como um fator relevante no processo de desenvolvimento do Distrito Federal. Ao longo desses 20 meses pautamos a política pública de cultura em diálogo com a sociedade retirando-a daquela relação estreita, exclusivamente voltada para o entretenimento.

Esquina: Há muitos eventos culturais no Plano Piloto?

Hamilton Pereira:Nós estamos, ainda, engatinhando embora já tenhamos devolvido alguns Espaços importantes para a cidade. É papel da Secretaria cumprir um diálogo construtivo com outras áreas do Governo, como Educação, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Inclusão Social e Turismo que são fundamentais para uma ação cultural pública que vá além do entretenimento.

 Esquina: Os eventos gratuitos acontecem sempre?

Hamilton Pereira: Sim. Espetáculos teatrais, apresentações da Orquestra Sinfônica, shows musicais, carnaval, etc... Estes eventos ocorrem nos espaços Culturais como Teatro Nacional, Museu Nacional, nas Administrações Regionais, Centro Cultural Três Poderes,  Esplanada dos Ministérios e inclusive na Funart. Os eventos são destinados para pessoas dos diversos níveis da sociedade.

 Esquina: Os brasilienses costumam frequentar esses eventos? O senhor tem dados para nos fornecer?

Hamilton Pereira: As apresentações da Orquestra Sinfônica que ocorrem todas as terças-feiras por exemplo contam com a Sala Vila Lobos sempre lotada. Os shows de Ano Novo e Natal e aniversário de Brasília que ocorrem na Esplanada e Torre de Tv também apresentam um ótimo público. O Festival de Bonecos que é uma iniciativa da sociedade que nós apoiamos alcançou mais de 100 mil alunos da rede escolar.

Esquina: Podemos considerar Brasilia uma capital cultural?

Hamilton Pereira: Brasília recebe o que é produzido em todos os cantos do Brasil, mas também produz sua própria arte. Brasília precisa valorizar esta diversidade cultural. É o espelho cultural de todo o País.

Esquina: Como está o funcionamento dos espaços públicos que oferecem eventos culturais?

Hamilton Pereira: O Cine Brasília é a próxima obra que vamos entregar - não se trata como ocorreu ao longo dos anos passados de realizar uma mão de tinta - trata de um restauro. É preciso recuperar o Teatro Nacional, o MAB, a Casa do Cantador o Espaço Renato Russo, concluir a recuperação do Museu do Índio para que a gente possa chegar em 2014 com os espaços culturais de Brasília adequados para o cidadão do DF e para as pessoas que nos visitam.

Listas de lugares no mapa:



Confira também no mapa os locais:


Ver Brasília de graça num mapa maior

Unficação do piso é medida para resgatar a coletivada do jornalista brasiliense


Por:Amanda Lima
Amandalima1507@gmail.com

Mesmo com denúncias, sindicato dos jornalistas do DF afirma que não há discriminação entre os profissionais de diferentes mídias.


Há quase trinta dias da implantação do piso salarial unificado para o jornalista, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), afirmou sem citar nomes, que ainda recebe denúncias por parte de trabalhadores, alegando que os “patrões” oneram os profissionais abaixo do salário estabelecido para a categoria.

“Hoje com a transparência do piso, os trabalhadores têm nos procurado e feito algumas denúncias. Temos denúncias que os patrões estão pagando abaixo do piso[salarial]. São poucas, mas temos”, disse o vice-presidente do SJPDF, Wanderlei Pozzembom.

Desde o dia 01 de abril, o piso salarial do jornalista foi unificado, ou seja, não há distinção de valor mínimo entre profissionais da mídia impressa e eletrônica. Até esta data os veículos contratavam os jornalistas por distinção de mídia.

Por ser mais antiga, em geral, a mídia impressa possui os salários mais altos. Os profissionais da mídia eletrônica do Distrito Federal, afirmam que o piso salarial está longe de ser o ideal, mas que Brasília se sobressai se comparada a alguns estados.“Nós aqui conseguimos algumas melhorias, como a unificação do piso, que eu espero que seja praticada mesmo. Mas existem lugares em que você trabalha 13, 14 horas diárias sem nenhum tipo de remuneração. Em Brasília, apesar da hierarquia de salário do impresso, o jornalismo online tem o seu valor e seu preço, precisa ficar melhor, mas já é um começo”, afirmou a jornalista de uma agência do DF, que quis preservar sua identidade.

O sindicato afirma que “não há discriminação dentro da redação entre os jornalistas e que por enquanto na há resistência por parte dos patrões”, mas ressalta a importância do cumprimento do acordo por parte dos veículos.

 “Eu espero que eles cumpram com o compromisso assumido, porque caso contrário vamos cobrar na justiça. Apesar de ainda estarmos no ciclo de pagamento, é preciso que os patrões tenham essa consciência para acabar com o individualismo e resgatar a coletividade dentro dos veículos”, disse Pozzembom.

O SPJDF classificou essa divisão de pisos como uma ação astuta por parte dos “patrões”, e que pode ser perigoso para o próprio veículo.

“A gente percebeu que os patrões de uma forma muito esperta, criaram dois pisos: um para a mídia eletrônica e outro para a mídia impressa – e isso se tornou perigoso, pois a mídia eletrônica está crescendo mais que a impressa causando certa estagnação do meio impresso. O profissional de mídia eletrônica acaba atuando na mídia impressa também”, destacou Pozzembom.

A intenção da unificação do piso, segundo o sindicato, é resgatar a coletividade e acabar com o individualismo, uma vez que a premissa do acordo parte do princípio que os jornalistas independentemente da mídia que atuam, estão unidos pela mesma atividade: a produção da notícia.

A negociação

Para chegar a um acordo,  a negociação entre patrões e trabalhadores arrastou-se por mais de dois anos. O acordo conduzido pela atual gestão do SJPDF teve o  apoio do Ministério Público do Trabalho que identificou várias irregularidades na categoria. No último dia 1 de abril, a negociação teve um desfecho: o valor do piso salarial unificado para os jornalistas de Brasília, independentemente do veículo que atuam.

Para jornalistas que trabalham cinco horas, o menor salário passa a ser R$1.950,00. Para os profissionais que exercerem 6 horas de trabalho, o salário é de R$2.613,00 e para os que fazem jornada de 7 horas ou 8 horas de trabalho a remuneração é de R$3.276,00.

O acordo também prevê descanso remunerado para os profissionais que trabalharem mais de 5 horas diárias.

O sindicato não considera o piso unificado como uma conquista, e sim como um avanço. É a reafirmação de que a categoria ainda precisa brigar por direitos básicos, como descanso remunerado e vínculo empregatício por meio da Consolidação da Lei do Trabalho (CLT)”. Para o vice-presidente, estes são direitos que já deveriam estar consolidados.







Trabalhadores informais em Brasília

 Por:Isis Mendes
Imagem: Projeto História
 
 
Mesmo com os benefícios de abrir uma empresa na legalidade, os trabalhadores fazem da informalidade um jeito improvisado de ter o ganha pão diário.Basta dar uma voltinha pelas ruas da capital federal para perceber que a lista de trabalhadores e serviços informais oferecidos é extensa. São chaveiros, costureiras, lavadores de carro, vendedores de frutas, roupas, bolsas e por aí vai. Além das lanchonetes presentes em qualquer esquina. Segundo dados do Sebrae, a informalidade no Distrito Federal movimenta R$ 6 bilhões ao ano e abriga 230 mil trabalhadores. Lucimar Santos, gerente da Unidade de Atendimento do Sebrae no DF, afirma que o principal motivo que leva algumas pessoas a abrirem o seu negócio de maneira informal é a impressão de que há muita burocracia no registro da empresa. Além dos que empreendem por necessidade e acabam optando por oferecer algum tipo de serviço informal mesmo com as dificuldades que o trabalho sem carteira assinada impõe. Sem a regularização esses trabalhadores perdem em direitos e segurança.
 
Conheça a história do ex-pedreiro Ronaldo  e do ex-zelador Reinaldo:

NO SINAL - Ambulante vende balas depois de demissão




A vida nos sinais é uma realidade recente para Nilson dos Santos Araújo. Demitido há pouco mais de um mês, o baiano de 24 anos se vira para pagar o aluguel da casa onde vive com a mulher, em Águas Lindas de Goiás. Primeiro tentou vender biscoitos e pipoca nos semáforos de Brasília. Agora, decidiu vender balas e doces nos ônibus que aqui circulam.

Emprego

Desde que chegou de Riachão das Neves (BA), há 3 anos, Nilson conseguiu alguns empregos formais. Já trabalhou como ajudante de pedreiro, como repositor de mercadorias em uma rede atacadista, e também foi garçom. No último caso, nem chegou a ter carteira assinada.  “Foram poucos dias. Teve uma vez que faltei e não pude avisar, daí cheguei no restaurante e a dona soltou os cachorros pra cima de mim. Fui demitido na hora”, conta, queixando-se da humilhação desnecessária que sofreu.

Foi como ajudante de pedreiro que Nilson experimentou a maior estabilidade. Trabalhava numa obra em Taguatinga já tinha 18 meses, quando sofreu a última demissão. “Tava faltando material na obra, eu fui atrás e o cara achou ruim”, explica. Então arrumou um bico para revender biscoitos de polvilho e pipoca doce de uma fábrica de Águas Lindas.

Informalidade

De segunda a sexta Nilson passava as tardes nos semáforos próximos ao Tribunal de Justiça em Brasília, até conseguir vender o bastante. “Recebia comissão pela quantidade que vendia. Tinha vez que dava R$10,00, outras vezes R$15,00 por dia. No máximo isso!”, revelou.  Devido ao retorno insuficiente, ele decidiu largar o negócio.

Agora Nilson vende balas, amendoim, pirulito, e outros alimentos industrializados dentro dos ônibus do Distrito Federal. A maior dificuldade, segundo ele, é que nem todo motorista gosta de lhe dar carona. Mas não reclama. “Até agora tem sido bem melhor. Por dia tô ganhando mais”, comemora, sem dar maiores detalhes.

Sonhos

Com o dinheiro que começa a juntar, Nilson pensa em tirar a habilitação para dirigir. “Mais pra frente quero arrumar um serviço melhor, como motorista. Também quero juntar uma grana extra para visitar meu pai na Bahia, em agosto”, vislumbrou. Por enquanto, ele aproveita os finais de semana para fazer o que mais gosta no tempo livre: visitar a "parentaiada" – como chamou –  espalhada por todo o Distrito Federal. São tios, primos e irmãos, todos em busca dos respectivos sonhos.

Por Sérgio Bertoldi

Marco civil da internet

Por: André Bello

Foto: Cultura Digitial
 
A Constituição brasileira de 1988 significou o marco legal da liberdade do país. Até essa data a democracia era considerada frágil. O regime militar terminou oficialmente em 1985, mas ainda existia uma forte sensação de medo e receio de um retrocesso. Depois de uma ampla participação popular, o Brasil promulgou a nova Constituição que é considerada a mais democrática por muitos cidadãos. Após 25 anos, os brasileiros discutem agora o marco civil da internet. É para muitos a “Constituição da internet”.  

O projeto, que deve ser votado ainda este ano no Congresso, estabelece a primeira regulamentação geral da rede no país. Os direitos e deveres se aplicam aos indivíduos e aos provedores, que não mais poderão ser responsabilizados pelas publicações dos usuários (salvo em questões determinadas pela justiça). Dois pontos são mais sensíveis nesse debate: regras de uso dos dados pessoais e a neutralidade da rede. 

O marco civil da internet pretende estabelecer um prazo para que as informações pessoais dos usuários sejam guardadas pelas empresas. Hoje não existe uma transparência e esses dados ficam em mãos das empresas, de acordo com Ronaldo Lemos, especialista em Direito digital.
 
Escute a entrevista com Ronaldo Lemos, especialista em Direito digital:
 
 

O segundo ponto de discussão é a neutralidade da rede, ou seja, qualquer informação que  “navega” pela rede deve receber um tratamento igualitário. Dessa forma, os provedores de conexão não poderão determinar quais dados são prioritários, o que colocaria o usuário como um ator passivo, sem liberdade de escolhas. Para o deputado Alessandro Molon, relator do projeto, a neutralidade da rede é importante para garantir que a internet continue sendo um espaço democrático e aberto.
 
Escute a entrevista com o deputado Alessandro Molon sobre Constituição na Internet: