40 milhões de integrantes em 216 países e territórios, mais de 80 mil espalhados pelo Brasil, 607 cidades que reúnem 1265 grupos de atividade. Você já sabe do que estou falando? O Movimento Escoteiro é a maior organização mundial de jovens, segundo a UEB - União dos Escoteiros do Brasil. E se você pensa que ser escoteiro é só usar um uniforme cheio de distintivos e um lenço para vender biscoito de porta em porta ou ajudar velhinhas a atravessarem a rua, está muito enganado(a). Dentro dos grupos de atividades, os jovens se dividem em lobinhos, escoteiros, sêniors e pioneiros, para que as atividades possam ser desenvolvidas de acordo com as faixas etárias, como ações de caridade em instituições carentes, campismo e montanhismo, e até práticas de aeromodelismo e estudo de meteorologia. Tudo isso para que o jovem, dentro do grupo escoteiro, possa ter atividades físicas, intelectuais, sociais e de caráter.
A preocupação com uma sociedade melhor e mais justa é uma das características mais marcantes do escotismo, além de disciplina, obediência às regras e hierarquia, trabalho em equipe, companheirismo e lealdade. Exemplo disso é o MutCom - Mutirão Nacional Escoteiro de Ação Comunitária, em que os membros de escotismo e voluntários atuam em nível nacional para fazer ações pela comunidade, tais como recolher lixo da rua, visitar instituições de caridade, desenvolver campanhas para coleta de mantimentos e roupas para pessoas carentes, entre outros. Ao final do período do mutirão, os participantes recebem uma insígnia com intuito de estimular o jovem a continuar desenvolvendo boas ações sociais.
O escotismo nasceu em 1907, com o ex-general Robert Baden-Powell, na Inglaterra. Inicialmente, só rapazes eram aceitos, logo depois Baden-Powell instituiu o movimento das Girl Guides (Meninas Guias em inglês), e aqui no Brasil foi adotado o termo Bandeirantes, como método de ensinar as mesmas práticas às garotas. Atualmente não existe mais essa separação por sexo, o movimento escoteiro aceita tanto rapazes como garotas e a jovem pioneira Luísa Basto, 20, relata um pouco de sua experiência na vida escoteira. “O escotismo me mudou por completo”, conta Luísa, que faz parte desse movimento há dez anos e conheceu o movimento por influência da mãe. A moça disse que além de muita fraternidade, os companheiros se incentivam entre si a buscarem sempre o melhor um do outro, por meio de atividades que envolvem contato com a natureza, cozinha e primeiros socorros. A estudante de biotecnologia afirma que o movimento escoteiro influenciou a escolha de curso. “Eu via que eu precisava fazer uma mudança no mundo, que é um dos preceitos de Baden Powell, que dizia que a gente tem que deixar o mundo melhor do que a gente encontrou”.
Uma importante característica do Movimento Escoteiro é a universalidade: o Escotismo está presente em quase todos os países do mundo. Periodicamente, são organizados encontros internacionais, como os Jamborees nacionais, panamericanos e mundiais, para que haja oportunidade de compartilhar o espírito escoteiro e proporcionar intercâmbio cultural aos jovens, ao mesmo tempo em que aprendem e fazem ações sociais. Em 2017, Luísa participará do 15º Moot Mundial Escoteiro, que será sediado na Islândia, tendo como objetivo ajudar várias comunidades islandesas. O grupo onde a pioneira faz atividades está fazendo ações para arrecadar fundos para levar também os seus membros sem condições para pagar a viagem.
Veja abaixo o vídeo de apresentação do 15º Moot Mundial Escoteiro:
Galeria de fotos:- Veja o como é composto o uniforme escoteiro e seus distintivos
- Saiba como fazer parte do movimento escoteiro
O escotismo nasceu em 1907, com o ex-general Robert Baden-Powell, na Inglaterra. Inicialmente, só rapazes eram aceitos, logo depois Baden-Powell instituiu o movimento das Girl Guides (Meninas Guias em inglês), e aqui no Brasil foi adotado o termo Bandeirantes, como método de ensinar as mesmas práticas às garotas. Atualmente não existe mais essa separação por sexo, o movimento escoteiro aceita tanto rapazes como garotas e a jovem pioneira Luísa Basto, 20, relata um pouco de sua experiência na vida escoteira. “O escotismo me mudou por completo”, conta Luísa, que faz parte desse movimento há dez anos e conheceu o movimento por influência da mãe. A moça disse que além de muita fraternidade, os companheiros se incentivam entre si a buscarem sempre o melhor um do outro, por meio de atividades que envolvem contato com a natureza, cozinha e primeiros socorros. A estudante de biotecnologia afirma que o movimento escoteiro influenciou a escolha de curso. “Eu via que eu precisava fazer uma mudança no mundo, que é um dos preceitos de Baden Powell, que dizia que a gente tem que deixar o mundo melhor do que a gente encontrou”.
Uma importante característica do Movimento Escoteiro é a universalidade: o Escotismo está presente em quase todos os países do mundo. Periodicamente, são organizados encontros internacionais, como os Jamborees nacionais, panamericanos e mundiais, para que haja oportunidade de compartilhar o espírito escoteiro e proporcionar intercâmbio cultural aos jovens, ao mesmo tempo em que aprendem e fazem ações sociais. Em 2017, Luísa participará do 15º Moot Mundial Escoteiro, que será sediado na Islândia, tendo como objetivo ajudar várias comunidades islandesas. O grupo onde a pioneira faz atividades está fazendo ações para arrecadar fundos para levar também os seus membros sem condições para pagar a viagem.
Veja abaixo o vídeo de apresentação do 15º Moot Mundial Escoteiro:
Além disso, também existem encontros mundiais via ondas de rádio ou internet, como é o caso do JOTA-JOTI (Jamboree On The Air e Jamboree On The Internet). Trata-se do maior evento escoteiro na rede e reúne membros do mundo inteiro durante um final de semana.
(Distintivo oficial do JOTA-JOTI 2016)
Fator decisivo na vida de Wéverton Elias, 28, o rapaz conta que o escotismo foi essencial para a socialização na pré-adolescência. "A necessidade de trabalho em equipe e cooperativismo moldou algo que eu tinha dificuldade em trabalhar na escola. Não é comum no ambiente escolar desenvolvermos tarefas em grupo, geralmente é cada um por si, diferente do movimento escoteiro que depende exclusivamente do grupo e cada um tem sua importância".
O analista de sistemas fez parte do movimento de 1999 a 2009, tendo passado por todas as fases escoteiras, e critica que a juventude atual está muito acomodada e não quer saber de mudar nada. “É tudo muito fácil. Não precisam pensar para ter as coisas. Uma comida, por exemplo, se estão com fome, em minutos descongelam e fazem em um microondas. E crescem sem aprender a fazer comida de verdade. Deixam de buscar soluções fora das que o mundo de hoje já oferece pronta e mastigada. Crescem acreditando que são independentes de tudo e de todos.”
Fase adulta
Saber o que se passa na cabeça dos jovens não é uma tarefa fácil. É preciso ser experto para liderar e apresentar atividades atrativas aos olhos dessa galera que só quer saber de ficar conectada 24h. O Chefe de Tropa Sênior, Felipe Braga, 25, sabe bem o que é isso. "Eu entendo como é o dia a dia deles, porque está próximo da minha realidade, consigo orientá-los nas questões pessoais e sei o que vai chamar mais atenção". Embora próximo da faixa etária da equipe, o Chefe ressalta que é importante respeitar a hierarquia, sabendo comedir amizade e liderança. É como se cada escotista precisasse se comunicar como um "irmão mais velho" do grupo que coordena.
Embora satisfeito com o trabalho como escotista, o Chefe e Diretor no Grupo de Escoteiro Marechal Rondom, na 910 Norte, salienta que é preciso abrir mão de certos momentos de descanso e lazer em virtude do escotismo. "É uma responsabilidade grande, principalmente porque a gente está formando cidadãos, mas o mais importante é ver essa juventude pensando como alguém ativo na sociedade, vizinhança e entregando alguém melhor para o mundo."
Confira reportagem para o Jornal Esquina:
Confira reportagem para o Jornal Esquina:
Por Victor Diniz.
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