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No Distrito Federal, 300 cegos estão na fila de espera por um cão-guia

A quantidade de cegos que querem um cão-guia é bem maior do que o número de cães disponíveis. “São aproximadamente 300 cegos na fila de espera”, conta a coordenadora Maria Lúcia Campos. É uma grande vitória chegar ao final do treinamento, que leva em geral pelo menos dois anos. A primeira etapa do treinamento de um cão-guia dura dozes meses.

Quando o filhote completa 60 dias de idade, ele vai para os cuidados de uma família voluntária que acolhe o cachorro até ele completar seu primeiro ano. A coordenadora do Projeto Cão-Guia, Maria Lúcia, explica que esses voluntários não têm despesas com o filhote. “Ração, assistência veterinária e medicamentos, tudo é fornecido pelo projeto”, diz.
Essa fase é chamada de socialização. É onde a família voluntária tem o compromisso de “apresentar o mundo” ao cachorro. Andar de carro, ônibus, ir ao trabalho e à escola, todas as possíveis futuras realidades de um cão-guia precisam ser introduzidas ao cachorro. Maria Lúcia explica que desde que são pequenos, os cães já são reconhecidos como guias.
A próxima etapa do treinamento é quando o animal volta para o canil do projeto e passa por diversos testes que são feitos por especialistas. Eles vão verificar a saúde do cão e analisar se ele está apto para começar o serviço.
A terceira fase é o treinamento específico de cão-guia, que envolve desvio de obstáculos, respeitar os semáforos e ajudar o cego em atividades diárias. Essa etapa dura aproximadamente um ano, de acordo com a coordenadora.
Maria Lúcia explica que o treinamento dos cachorros é demorado e rigoroso porque “seria como estivéssemos colocando a vida de uma pessoa em quatro patas”, conclui.
Por Mariana Torres - Jornal Esquina