Conheça a história do problemático bar em Samambaia:
A reportagem do Jornal Esquina investigou o polêmico Toca das Gatas, bar em Samambaia, alvo de denúncias não comprovadas de atividades ilegais, para saber como funciona o local.
O Toca não tem fachada e muito menos identificação. Ele é um buraco negro em uma parede comercial. Mesmo assim, é conhecido na vizinhança. Próximo a algumas residências e duas igrejas cristãs, ele é famoso por abrigar um ponto de prostituição.
Crédito: Google Maps
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Logo em frente à entrada, Patrícia* recebe os clientes com um sorriso no rosto. Assim que consegue sentar à mesa com algum cliente, começa a oferecer as bebidas da casa para deixar o ambiente mais agradável.
Patrícia: E então, vamos fazer um programa?
Cliente: Quanto custa?
Patrícia: R$ 150.
Cliente: Eu não tenho esse dinheiro.
Patrícia: Posso fazer por R$ 115.
Cliente: Eu não tenho esse dinheiro aqui.
Então, Patrícia propõe mais uma opção: o bar recebe o pagamento do cliente em cartão e depois repassa a quantia em dinheiro para ela. De acordo com o professor de direito penal, Marlon Barreto, o uso do caixa do bar como meio de remuneração do programa pode ser considerado como exploração da prostituição. Essa prática é criminosa, de acordo com o artigo 228° do Código Penal Brasileiro: “Caracteriza que o bar agencia ou atrai clientes em razão do serviço dela”, conta o professor.
A 30km do Plano Piloto, o prostíbulo funciona a todo vapor. Dentro da Toca tudo se esconde. Mulheres são iscas para ativar o comércio do bar. Como em vitrines, os corpos são expostos como produtos, amostras para atrair os clientes. O preço não é pago apenas em real.
*Patrícia é um nome fictício criado para preservar a identidade da personagem.
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Por Deborah Fortuna e Vinícius Brandão