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Adote Amor

A adoção é um recomeço para o animal, mas muitas vezes também pode fazer o mesmo para aqueles que o adotam.


No Brasil, existem cerca de 30 milhões de animais abandonados à espera de adoção, de acordo com a ONG nacional Ampara Animal. Esses bichinhos não vivem apenas nas ruas, muitos deles estão em abrigos e até casas de pessoas que se dedicam a ajudá-los a se recuperar e a encontrar um novo lar. Oliver fez parte desse número, ele é um yorkshire que foi adotado em 2015 quando tinha cerca de 7 meses a 1 ano.

A história começou quando foi comprado por uma família para ser presente da filha pequena. Em seguida, foi rejeitado e vendido novamente para um casal, eles já tinham uma cachorra que não se adaptou ao Oliver, motivo para a primeira doação. Na nova casa ele foi praticamente abandonado em um quintal, sem abrigo para chuva e frio, sem comida ou água. Um vizinho se sensibilizou com a situação e o comprou. Oliver ficou nesse lar temporário até conhecer os donos atuais.

A família de Giovanna Manfredo, 19 anos, havia perdido a cachorrinha, Madelaine, no fim de 2015. Quando Paulo e Rita, amigos próximos e cuidadores temporários do Oliver, souberam da perda, apresentaram os pais da jovem ao cachorro e o resultado foi incrível. “No fim de 2015 minha cachorrinha morreu, isso abalou toda a família, e adotar o Oliver foi uma oportunidade de continuar dando amor a quem merece e de trazer alegria à casa. Também tem o fato de que ele se apaixonou pela minha mãe e ela por ele. Aqui em casa não acreditamos na compra de animais, se existem tantos por aí que precisam e podem dar amor.”, conta Giovanna.

Apesar de terem a oportunidade de se recuperar da ferida causada pela perda de Madelaine, Giovanna conta que Oliver continuou com problemas quando foi adotado. Os traumas que sofreu geraram consequências, eles precisaram levar o cachorro ao veterinário para descobrir a extensão dos danos e o que poderia ser feito para melhorar a situação. Com o tempo ele melhorou e a família teve a chance de se adaptar a ele.


“Bom, o Oliver chegou para nós um pouco desnutrido, com anemia, baixo peso e problemas no ouvido. Além desses problemas de saúde, o psicológico dele foi algo com o qual tivemos que ter paciência, ele por conta de traumas, tinha medo de crianças, carros, vassoura e se encolhia a cada tom de voz mais grave que ouvia. Com relação a adaptação dele foi tudo bem tranquilo afinal ele é um cachorro super amável que só precisava de um pouco de cuidado e carinho.”

No áudio abaixo Giovanna explica em mais detalhes como foi a adaptação do Oliver:




Outro ponto de vista

A adoção de animais gera vários benefícios, para eles são: receber cuidados em relação a saúde e higiene, segurança por estarem fora das ruas, e convivência em ambiente familiar onde recebem carinho e amor. Mas também existem para quem adota e para a sociedade.

“Além de estar trazendo uma ótima companhia para casa - no caso de morar sozinho- e sendo uma ajuda quando tem filhos, o dono estará também contribuindo com a saúde pública, pois quanto mais animais nas ruas, maior será a probabilidade de zoonoses - doenças transmitidas de animais para os seres humanos.” diz a veterinária Luciana Adyuto, 35 anos.

Ela também fala sobre o processo de adaptação que, algumas vezes, não é tão simples ou fácil, sempre depende do animal e da situação em que ele estava antes de ser adotado, a dica é ir levá-lo a uma clínica veterinária.


Acessibilidade on-line

Achar esses animais que esperam por um lar é fácil, com o auxílio do Facebook pode-se ter acesso a grupos, páginas e até pessoas que postam avisos sobre a doação deles, sendo filhotes ou adultos. Um desses grupos é o "Doação/Adoção de animais SRD" que se dedica a resgatar e encontrar um lar para animais Sem Raça Definida (SRD). A administradora, Aline Vieira, 30 anos, conta a história por trás da criação do grupo.

"Eu tenho uma cadela vira-lata chamada Mel que é muito fujona, vive na rua e acabou ficando prenha. Nasceram nove filhotinhos e eu resolvi entrar em alguns grupos pra conseguir um lar pra eles, porém eu tive muita dificuldade em conseguir doá-los porque as pessoas só procuravam por animais de raça ou aqueles que fossem mais 'bonitinhos'. E então eu resolvi criar o grupo voltado somente para adoção de animais SRD, com o intuito de fazer com que esses animaizinhos tenham mais chances de encontrar um lar."

Ela ainda acrescenta que quis ser bem específica ao escolher o nome, para que as pessoas que entrassem no grupo já soubessem do que se tratava, estando ali para adotar por amor aos animais e não por sua raça ou aparência.