Segundo o
vendedor, tinha boas condições de vida com a família. Mas resolveu morar
sozinho em Luziânia e, conforme garante, com o dinheiro que consegue vendendo
caqui, paga todas as contas. Desde que chegou em Brasilia, o rapaz já fez de
tudo um pouco. Trabalhou como embalador, atendente de lanchonete e posto de gasolina.
Ele conta que
faz parte de uma empresa, onde trabalham cerca de 40 pessoas, desde pessoas
mais novas até os mais velhos. Às 4h30, o transporte fornecido para o grupo de
vendedores busca todos eles em casa e deixa cada pessoa em um ponto de venda. Nessa
atividade, ele diz ganhar R$ 80 por dia, sendo que R$ 20 são descontados para
cobrir despesas de transporte e da refeição.
O vendedor
explica que cada um recebe cerca de vinte bandejas com dez caquis cada uma. “Normalmente,
vendo tudo. Mas, ultimamente, o movimento não tem sido bom”. O tempo de
trabalho é dividido com os estudos. Ele frequenta uma escola pública perto de casa,
onde cursa o primeiro ano. E mesmo debaixo do sol e sob o cansaço de um dia
inteiro de trabalho Reidison não perde o bom humor. Conta que além do trabalho
e dos estudos sobra tempo pra namorar. ”Aos finais de semana, eu vou para a
igreja rezar e paquerar”, conta.
Por Marília Saldanha - Jornal Esquina on-line