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NO SINAL - Para ser independente, vendedor de caquis inicia jornada 4h30

Aos 18 anos de idade, o vendedor de caquis Reidison da Silva faz, pelo menos, duas viagens por dia. Ele mora na cidade de Luziânia (GO), a 60 quilômetros de Brasília, onde trabalha. O ponto de vendas é um sinal no Eixo Monumental. O rapaz nasceu em Salvador e há um ano saiu da casa dos pais e veio morar em Brasilia para tentar a vida e criar uma independência em relação aos pais.

Segundo o vendedor, tinha boas condições de vida com a família. Mas resolveu morar sozinho em Luziânia e, conforme garante, com o dinheiro que consegue vendendo caqui, paga todas as contas. Desde que chegou em Brasilia, o rapaz já fez de tudo um pouco. Trabalhou como embalador, atendente de lanchonete e posto de gasolina.

Ele conta que faz parte de uma empresa, onde trabalham cerca de 40 pessoas, desde pessoas mais novas até os mais velhos. Às 4h30, o transporte fornecido para o grupo de vendedores busca todos eles em casa e deixa cada pessoa em um ponto de venda. Nessa atividade, ele diz ganhar R$ 80 por dia, sendo que R$ 20 são descontados para cobrir despesas de transporte e da refeição.

O vendedor explica que cada um recebe cerca de vinte bandejas com dez caquis cada uma. “Normalmente, vendo tudo. Mas, ultimamente, o movimento não tem sido bom”. O tempo de trabalho é dividido com os estudos. Ele frequenta uma escola pública perto de casa, onde cursa o primeiro ano. E mesmo debaixo do sol e sob o cansaço de um dia inteiro de trabalho Reidison não perde o bom humor. Conta que além do trabalho e dos estudos sobra tempo pra namorar. ”Aos finais de semana, eu vou para a igreja rezar e paquerar”, conta.
Por Marília Saldanha - Jornal Esquina on-line