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Assange vê queda do Estado de Direto no Ocidente

Por Flávia Franco

Julian Assange falou sobre o Estado de Direito (Flávia Franco)
O criador do site Wikileaks, Julian Assange, garante que o Estado de Direito fracassa em todo o Ocidente. Como exemplos, ele cita a prisão de Guantánamo, a reação do governo britânico aos protestos em Londres e a própria prisão. “Eu nunca fui acusado de nada, mas estou em prisão domiciliar”, disse.
Em relação a Guantánamo, localizada em Cuba, o ativista político disse que “pessoas escondem dinheiro nas Ilhas Cayman, e o governo dos EUA esconde pessoas em Guantánamo”. Assange deu as declarações na abertura do congresso InfoTrends, na última quinta-feira (1/9). Como está em prisão domiciliar, ele não pôde comparecer pessoalmente e participou por videoconferência. Segundo a organização do evento, essa foi a primeira vez que o australiano falou publicamente desde que teve a prisão decretada pela Justiça de Londres.
Outro exemplo citado por ele para a queda do Estado de Direto é o bloqueio financeiro ao site. Desde o dia 3 de dezembro de 2010, bancos como Bank of America, cartões de crédito como Visa e Mastercard, assim como instituições como Paypal, estão impedindo doações ao Wikileaks. “Washington proibiu vocês de usarem seu cartão para doarem para o Wikileaks. Cadê o Estado de Direito? Você não pode mais manifestar suas crenças e valores. Washington o proibiu”, protestou.
O criador do site também criticou a cobertura da mídia britânica em relação aos tumultos e saques ocorridos em Londres em agosto. Para ele, a cobertura local, realizada pela BBC, excluiu completamente o elemento político que levou aos acontecimentos. Nenhum protestante foi entrevistado. Para Assange, a postura do governo britânico de vigiar as redes sociais se parece a do ex-ditador egípcio, Hosni Mubarak, após o início das manifestações.

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