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Profissionais de posto de saúde no Lago Sul dizem acumular funções

Por Luísa Peleja

“Chego a fazer o serviço de três pessoas. Nós somos poucos. Então, tudo se atrasa. Isso quando não temos que atender o paciente por causa da falta de médico”, explica a enfermeira Jumaida Insaurriaga, servidora do posto de saúde no Lago Sul. De acordo com a profissional, o sistema sobrecarregado não consegue evitar e muito menos prevenir doenças.

.O posto de saúde localizado na QI 21, é um dos que sofrem com o problema da suposta falta de profissionais de saúde. Mesmo com três clínicos gerais, três ginecologistas, três ortodontistas, quatro pediatras, um homeopata e nutricionista disponíveis todos os dias, ainda não é o suficiente, garantem os profissionais.

 Na opinião da enfermeira, para atender cerca de 400 pessoas que passam por lá diariamente, era preciso de uma equipe maior. “O processo de atendimento passa primeiro pelas enfermeiras para que seja feita uma avaliação clínica junto com a triagem e logo depois o encaminhamento”.

O centro de saúde do Lago Sul funciona das 7h  às 18 horas e atende pessoas de Brasília e todo o entorno para atendimentos básicos de saúde. Quando os casos são muito graves, uma ambulância é chamada para encaminhar o paciente para o HRAN ou para o Hospital Público do Paranoá.

Quando um paciente procura atendimento de uma especialidade médica não disponível, o doente é direcionado à agenda de consultas para a espera de atendimento que, conforme relatos dos servidores, levam “anos” para serem chamados.

“É uma falta de respeito não ter médicos suficientes para atender as pessoas que precisam. Como um sistema de saúde pode funcionar assim?”, questiona o técnico administrativo, Ferdinand Bezerra, responsável pelo agendamento de consulta.

Os casos mais comuns do posto são gripes e viroses com sintomas de vômito e diarreia. O técnico conta que quando há algo mais grave, a pessoa já sai desacreditada de lá, pois sabe que não será atendida tão cedo. Os profissionais esperam que seja tomada uma medida para aumentar o número de médicos e que, pelo menos, o tempo de espera dos pacientes diminua.  Hoje, o cartão de visita do posto localizado no Lago Sul é a sala de imunização e o serviço social que oferece.