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Mundo Animal: Voluntária resgata 27 cachorros maltratados e cria em casa

A diretora administrativa da ONG ProAnima,Valéria Sokal, dedica a vida e o tempo para cuidar de animais abandonados

''Todos eles são meus protegidos'' Afirma Valéria

Por Jéssica Nascimento
Fotos: Roberval Eduão



        Se criar um animal de estimação exige tempo e cuidado, a diretora administrativa da Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal (Proanima), Valéria Sokal, 55 anos, tem 27 vezes mais trabalho.  Gaúcha, a moradora do Lago Norte é apaixonada por cachorros e levanta a bandeira contra os maus tratos em animais.
      Dedicada, a diretora sabe de cór os nomes dos 27 cachorros que cria. Elis Regina, Belinha e Tati são um dos nomes escolhidos. Casada, Valéria contou que a “culpa” da paixão pelos animais é do marido. “Ele que começou trazendo os cachorros abandonados aqui pra casa. Agora é difícil segurar. Dá vontade de pegar todos”, disse.
Valéria não é mãe por opção e revelou sofrer críticas pela escolha de criar tantos animais. “Já ouvi vizinhos e amigos comentando: Por que ela não cuida de crianças? Sempre respondo: O dinheiro é meu e eu faço o que eu quero com ele”, desabafou.
O que te motivou a criar tantos animais? Todos os cachorros que a senhora cria foram pegos na rua?
Foi o meu grande amor pelos animais. Todos os meus protegidos (cachorros) foram abandonados e mal tratados. Alguns são cegos, outros foram atropelados, uns não foram vacinados pelos antigos donos e pegaram doenças que os deixaram paraplégicos e tetraplégicos. É impressionante a falta de conscientização e responsabilidade das pessoas.
A senhora cria os cachorros há quanto tempo? Todas as despesas saem do próprio bolso?
Desde 1999. Parei há três anos de pegar os cachorrinhos na rua. Todas as despesas saem do meu bolso. Às vezes recebo algumas doações de medicamentos ,mas as despesas em geral, sou eu que pago.
Tem algum cachorro preferido?
Todos são. Cada um tem uma personalidade diferente. Alguns precisam de mais atenção porque são doentinhos. Esse é o caso da Belinha que é paraplégica, e da Tati que é tetraplégica. Por isso, elas acabam ganhando mais atenção.
Em 2012, segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram registrados 49 casos de maus tratos contra animais no DF. No ano passado, ocorreram 19. A senhora acha que aconteceram somente 49 casos?
Com certeza aconteceu muito mais.  49 foram denunciados, mas diariamente existem casos de agressões aos bichinhos.  A sociedade tem que denunciar, pois à medida que as pessoas vão sendo punidas, outros casos vão sendo inibidos. Os agressores vão pensar duas vezes em maltratar os animais.
A senhora já denunciou algum caso de maus tratos?
Sim. Presenciei uma agressão em 2011 e resolvi denunciar. Um filhote de cachorro estava na rua latindo, quando um rapaz chegou e simplesmente chutou o animal.Com a agressão, o filhote acabou quebrando a pata e o agressor teve que pagar todo o tratamento dele.
                                      Confira o Making OFF da entrevista: