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E-books surgem como meios eficientes para ampliar a busca pela informação

Por Raísa Nunes

Costuma- se dizer que o hábito da leitura diminuiu entre as novas gerações. Esta, por sua vez, pertence cada vez mais a uma sociedade ‘fluida’. O conceito do filósofo Zygmunt Bauman ajuda a compreender a diminuição do interesse por leituras mais aprofundadas ou oferecidas em meios já desgastados, como o jornal. Os estímulos são vários, o que dificulta a concentração em determinado objeto por muito tempo. Isso não é diferente com a informação, que também é afetada pela transição tecnológica. Dessa forma, os e-books podem ser um instrumento de influência para readaptação a leituras mais consistentes.

Hoje um mesmo aparelho possui múltiplas funções e uma delas é o suporte existente para livros, jornais e revistas eletrônicas. Esta pode ser uma maneira de estimular o hábito da leitura e da procura de informação por meio da praticidade de que esses recursos dispõem. A demanda é intensificada por uma oferta cada dia mais preparada para atender aos anseios do novo perfil do público. O crescente número de blogs e agências de notícias on-line explica essa tendência, onde a informação é apresentada de uma maneira não linear. Assim, o espectador não precisa percorrer os olhos por um texto inteiro para que a essência da informação seja capturada.

Para o jornalista e escritor Paulo Machado, a facilidade de acesso aos livros proporcionada pelo meio virtual possui boas vantagens. “Sem dúvida este é um fator positivo, mas a tecnologia por si só não faz novos leitores, e tampouco tem a capacidade de criar hábitos que não foram incentivados desde cedo”, afirma. As inovações tecnológicas dependem da maneira como são utilizadas. “Os usos dos e-books precisam estar associados à informatização das escolas e a políticas públicas de incentivo à leitura, caso contrário será apenas mais uma ferramenta na mão de quem não sabe usar”, explica Paulo. “Mais importante do que pensar em reabilitação é refletir sobre readaptação”, conclui o escritor.