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Mundo Animal: Trabalho de adestrador vai além do "sente" e "deite"


Por Natasha Flor

Quem tem um cãozinho sonha em ensinar boas maneiras a ele.  Carla Beatriz tentou de todas as maneiras em casa educar pelo menos os princípios básicos, como: "sente", "deite" e "fique". Sem nenhum êxito, procurou um profissional. Na maioria das vezes a consulta é feita na própria residência e dura cerca de 90 minutos. O trabalho do adestrador é muito mais do que isso. O profissional avalia o comportamento do animal e cria uma estratégia para a solução de problemas.

Depois de quatro meses o cão já obedecia a esses comandos principais. Para o adestrador Junior Ferreira, o adestramento vai de um simples "senta" e "deita", passando por guiar um cego, até detectar tumores de câncer de pele que exames laboratoriais não conseguem detectar e trabalho de antienvenenamento. Tudo depende do que o dono deseja.

Segundo ele, existem raças mais fáceis e as mais difíceis, que demanda mais tempo. “O border colie, o pastor, o labrador são mais fáceis. Outras como: bulldog, bull terrier, são mais difíceis”, diz Junior. O adestramento básico, por exemplo, leva em média três meses, ou seja, trinta aulas, treinando em casa. Já feito em um centro de treinamento é cobrado às despesas. Na maioria das vezes, as pessoas que procuram os centros de treinamento não querem apenas os comandos básicos.

Julia Bastos, adestradora há mais de quatro anos, usa diversas técnicas. “Cada cachorro é uma método, não existe raça fácil, muito menos difícil”. Julia fez cursos com três profissionais e conheceu distintas técnicas. Cada cão é um cão, diferentes raças, idades, históricos, personalidades e ainda diferentes problemas a serem resolvidos no treinamento, antes de tudo o adestrador deve conhecer a vida do cachorro e o que o dono tem como finalidade. Ela diz que a vida de adestradora não é fácil. Mesmo com os braços e as mãos cheias de cicatrizes feitas pelos cachorros, ela não esconde o amor pela profissão e a realização de um sonho.

 Marcela Santos adestrou seu cão guia com Julia há dois anos. “Na época paguei dois mil e quinhentos reais, o que vai me acompanhar pelo resto da minha vida”, diz Marcela. O treinamento durou quase um ano e todos os dias Marcela lembra de Julia. Marcela tinha pressa, precisava de um adestramento rápido. Antes de Julia, ela procurou outros dois adestradores, que afirmaram a ela que em menos de um ano não tinha possibilidade do cão guia sair de lá preparado. “Julia mostrou totalmente o contrário”, disse.