Grupo participa da aula em aréa verde do Parque |
Todas as manhãs, um grupo formado por jovens e idosos se reúnem no
estacionamento 12 do parque para praticar o Lian Gong, conhecida também como
ginástica chinesa. Oferecida desde 2005 em Brasília, a
modalidade chinesa atende cerca de 50 pessoas por dia, sendo auxiliadas por
profissionais voluntários. Tudo de graça. “Não existe idade estabelecida, nem o máximo nem o
mínimo, apenas que cada um respeite os limites do corpo sem exagerar”, lembra o
professor Elcio Muniz. Os brasilienses podem se exercitar gratuitamente de
segunda a sexta-feira, a partir das 7h30. Mas aos sábados e domingos, o horário
é diferenciado, com início às 8h e 9h, respectivamente, com duração de 45
minutos.
De acordo com o professor, a ginástica
chinesa é composta por uma sequência de 18 exercícios a fim de diminuir os
casos de dores musculares e articulares, além de proporcionar mais
flexibilidade e tranquilidade aos praticantes. “As atividades englobam exercícios
terapêuticos e preventivos, como o tui-na, manobras de massagem, métodos de
respiração e movimentos de artes marciais tradicionais”, explica. No início, o
objetivo de Elcio era apenas se tornar mais um voluntário na modalidade, mas
hoje tem como propósito casar harmoniosamente a saúde com o lazer, fazendo com
que as pessoas se sintam cada vez mais atraídas pelo bem estar.
Acordar pela manhã, sempre foi uma
luta para nutricionista Carla Simões, 36, ainda mais para levar os dois filhos
à escola. Com uma rotina bastante cansativa e corrida, Carla sempre sentiu
falta de fazer algum exercício físico que a fizesse relaxar e entrar em contato
com a natureza. Pensado nisso, a nutricionista resolveu investir na sua “paz
interior”. Atualmente deixa os filhos na escola e segue para o parque da cidade
para praticar a ginástica chinesa. “Como uma mera principiante, a ginástica
chinesa pode me proporcionar um momento comigo mesmo, sem me preocupar com o
exterior. Me desliguei da rotina caótica, das preocupações e principalmente do
trabalho, o que não costumo fazer com frequência”,
relata.
Por Karina Jordão - Jornal Esquina On-line
Por Karina Jordão - Jornal Esquina On-line
Complementando
a medicina
Na década de 60, o terapeuta Zhuang Yuan Ming,
médico e ortopedista da medicina chinesa, desenvolveu na China a ginástica Lian
Gong em 18 terapias, a fim de diminuir os casos de dores musculares e
articulares de seus pacientes. Acredita-se que isso ocorreu devido à mudança na
situação econômica da China, que deixava de ser uma sociedade agrícola para ser
uma sociedade industrial, tendo como consequência a mudança na postura corporal.
Baseado no Tui-na e na tradição dos trabalhos corporais chineses, o Dr. Zhuang
sintetizou, em um primeiro momento, um conjunto de 18 exercícios que atuassem
desde a coluna cervical até os dedos dos pés. Logo em seguida, desenvolveu mais
duas sequências de 18 movimentos cada, ampliando assim as possibilidades terapêuticas
dessa prática, com exercícios para as articulações, tendões, e para o fortalecimento
do coração e pulmão.