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Slackline: febre nos gramados brasilienses

Vindo do Rio de Janeiro, o esporte cresce na capital federal

O slackline veio do Rio de Janeiro para o Distrito Federal
(GNT/Globo)
Por Dyelle Menezes
Febre nas areias do Rio de Janeiro, o Slackline, ganha cada dia mais adeptos em Brasília. Os gramados das quadras e parques da cidade são tomados por cordas coloridas entre as árvores e pés descalços dos praticantes. A fita utilizada possui cinco centímetros de largura e quinze de comprimento e é amarrada em duas árvores. O objetivo é atravessar de uma ponta a outra sem cair. Apesar do espírito de brincadeira, o esporte exigem dedicação, equilíbrio e concentração.

Eduardo Villanova é educador físico e foi um dos pioneiros do esporte em Brasília. “Iniciei a prática em 2008. Depois levei amigos e alunos para iniciar e se exercitar comigo. Diante desse fato o grupo cresceu.  Acabamos criando o grupo "Nós na Fita Slackline-DF" que hoje se transformou no SlackBrasília. Muitas pessoas paravam para perguntar e eu explicava e ensinava. Outras muitas ficavam só olhando apreensivas e não tinham coragem de andar. Eu abordava e ensinava, adultos, crianças,  adolescentes. Vinha todo tipo de gente!”, afima.

Do ponto de vista físico, segundo Villanova, o esporte trabalha uma grande quantidade de músculos, devido ao desequilíbrio que a fita proporciona e ao tentar se equilibrar. “
Há uma exigência grande dos membros inferiores, como coxas e glutões, e abdominais que ajudarão na estabilização da movimentação na fita. Os membros superiores serão exigidos também, mas em menor intensidade pois serão auxiliares na hora do equilíbrio”, explica o professor.

O esporte em Brasília

Na lista dos lugares mais procurados para a prática em Brasília, o Parque da Cidade lidera o ranking. Sábados, domingos e feriados os gramados, ainda verdes do local, ficam cheios de fitas coloridas e slackliners – maneira como são chamados os fanáticos pela atividade. Paula Correa, estudante de Biologia, iniciou o esporte há uma semana entre as árvores do parque e acredita que seja o lugar ideal. “O parque tem toda a estrutura pro esporte, que só precisa de duas árvores para começar. Com duas árvores e uma fita, qualquer lugar fica ideal” afirma.

As quadras da asa norte também estão na mira dos adeptos. Tarcísio Vieira, é morador da 312 Norte, todas as sextas-feiras reúne os amigos e monta a fita nas árvores do local. “A 312 virou point pra galera que gosta de andar na corda. Além do grupo de amigos que eu chamo pra cá, já vi outros grupos por aqui. O esporte tem tudo pra crescer cada dia mais. Brasília possui grande quantidade de árvores, perfeita para a realização da atividade”, conclui o estudante de Engenharia Ambiental.

Andar sobre a “corda-bamba”  é uma ato que possui pelo menos dois mil anos. Praticado por acrobatas, é uma característica marcante da arte circense. Porém, foram dois escaladores americanos, Jeff Ellington e Adam Grosowsky, que nos anos 80 começaram a andar em cabos de estacionamento e correntes, e rapidamente, adaptaram para a fita tubular ancorada de forma simples em dois pontos fixos.

Estilos

O Slackline possui diferenciações conforme a maneira e a dificuldade com que é praticado. Nas alturas baixas e médias, as mais comuns em Brasília, o esporte recebe o nome de Lowline. Sobre a água é chamado de Waterline. O termo Highline é usado para as grandes alturas, quando a corda é colocada entre fendas, precipícios, prédios e depressões, que exige muita prática e conhecimento das técnicas do esporte.

O kit básico para o esporte custa entre R$160 e R$350 e contém uma fita de quinze metros com sistema para prender nos apoios.  Já estão à venda em algumas lojas de esportes e no site. Sem contraindicações, o Slackline pode ser praticado de crianças a adultos, basta gostar de adrenalina e desafio.