Maior dedicação aos estudos e à qualificação são um dos motivos
Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) apontou queda na taxa de ocupação das mulheres na faixa etária de 16 a 24 anos. Em 1998, 25,9% delas exerciam alguma atividade profissional, enquanto que em 2012, o percentual decaiu para 16,5.
Busca por melhor qualificação, medo de se expor profissionalmente e preconceito das empresas em contratarem estagiários nos primeiros semestres da faculdade. Esses são os principais argumentos da estudante de Engenharia Civil, Renata Olimpo, 19 anos, para a queda na taxa de ocupação de mulheres no momento inicial da vida profissional. Leia mais sobre o assunto.
Para a estudante de engenharia civil Scarlet Orlandi, 20 anos, outro fator que influencia, atualmente, na queda de ocupação das mulheres no mercado de trabalho é a maternidade tardia. “As mulheres preferem ter filhos mais tarde, o que proporciona mais tempo à dedicação aos estudos e à qualificação, podendo ter melhor preparação antes de procurarem uma vaga de emprego”, explica. Confira o vídeo da entrevista com a estudante.
Um artigo científico que estudou o adiamento da entrada no mercado de trabalho de homens e mulheres, afirma que o fator está fortemente associado ao fenômeno do prolongamento da juventude, uma vez que a transição para o trabalho parece ser uma etapa importante para uma passagem bem-sucedida para a vida adulta, por viabilizar outras dimensões, como a saída do domicílio e a formação de uma nova família.
Por Nara Rodrigues