Por Danielly
de Sousa
- O
jornalista levantou questões sobre como inserir pautas ambientais no cotidiano, que vive em constante protestos -
Na manhã do sábado, 19 de outubro, o jornalista,
Cláudio Angelo, abriu sua palestra de inspiração “A ausência da agenda
ambiental nos protestos populares”, no V Congresso Brasileiro de Jornalismo
Ambiental (V CBJA), realizado no UniCEUB com a declaração “menos conversa, mais ação, por favor”.
De acordo com o jornalista, a pauta ambiental está
inserida em um mundo dominado pela “sustentabilidade” e, diariamente, cresce
cada vez mais. “As pautas são mais dinâmicas, apesar das dificuldades. Tanto
que nos jornais diários é reservado um pequeno espaço para o meio ambiente”,
relata o jornalista.
Segundo o palestrante, o jornalismo precisa
melhorar a cobertura ambiental, mas isso não
significa adotar o discurso empresarial, governamental. Em relação ao atual
momento, ainda mais depois do relatório da ONU sobre o aquecimento global, Cláudio Angelo explica que essa é uma boa hora para os profissionais buscarem
mais informações sobre temas ambientais e relacionar com os outros assuntos. “O
jornalismo ambiental não morreu. Pelo contrário, está se misturando com os
outros temas”, conta.
Em 2013, o Brasil teve um
grande movimento que marcou a historia do país. Para o Claúdio há uma ausência
da agenda ambiental nos protestos populares.
É preciso enxergar questões sobre o meio ambiente com uma perspectiva
ampla, reunindo vertentes sociais, econômicas, culturais, e assim por diante.
“Não podemos fechar o foco e fazer o tipo 'marketing verde'. Devemos fazer a
diferença”, finaliza.
Perfil
Cláudio Angelo foi
editor de Ciência e repórter da sucursal de Brasília (2010-2012) da Folha de
S. Paulo, e editor da revista Superinteressante. Colaborou com veículos de
imprensa como Época, Nature, Scientific American e Pesquisa Fapesp. Ganhou o
Prêmio Esso de Jornalismo em 2009, na categoria Informação Científica,
Tecnológica e Ecológica. É autor de “O Aquecimento Global” (Publifolha, 2008).