Postagem em destaque

Nova plataforma!

Prezadas leitoras, prezados leitores, estamos com uma nova plataforma de conteúdo, lançada em junho de 2017. As reportagens são produtos tr...

V CBJA: Audiência trata de enfoques jornalísticos

Por Karla Pereira 

- Presidente da Fenaj debate sobre o futuro do jornalismo e financiamento da imprensa no V Congresso Brasileiro de jornalismo ambiental -



A audiência e os telespectadores estão pautando os interesses dos meios de comunicação, e assim, se livram das pautas incômodas. Meio ambiente talvez, seja a que mais desagrada. Antes os anunciantes determinavam o que saia nos jornais, hoje o ditador, é seu objeto de existência, o público. Quando ele passa a determinar os conteúdos dos jornais, estes, passam a privatizar um conteúdo que é importante. Assim, temas desconfortáveis e complexos, como meio ambiente, passam a ser abandonados dentro do jornalismo e tratados em locais onde eles não incidem como deveriam. 




As práticas jornalísticas atuais acabam constituindo um abandono por pessoas que precisam ver o jornalismo no seu cotidiano. O que nós vemos, são jornais ou revistas se comportando quase como partidos e outros, “apresentam um jornalismo completamente desqualificado, desinteressante e desnecessário para a população”, explica o presidente da Fenaj Celso Schöder (foto). Há uma superficialidade na cobertura desses temas, o jornalismo precisa, por um lado, vencer a ditadura da audiência, e por outro, disputar junto aos jornalistas posições para estes assuntos.

Apontada como uma causa da suposta crise pelos debatedores, a confusão de conteúdo e tecnologia, insiste em permanecer. Ao mesmo tempo em que temos um espaço grande e diversificado para a divulgação deste conteúdo, as matérias acabam ficando perdidas, por não sabermos utilizar esse campo. Uma confusão que não existia na época do jornal impresso. O que se vê nas redes sociais, por exemplo, é um jornalismo feito sem cuidado.
Não há dúvidas que a defesa do jornalismo é absolutamente necessária. O jornalismo é uma produção social cultural, com pessoas exercendo isso, com compromisso e contratos assumidos pela sociedade, que é diferente de qualquer outro interesse que trate inclusive de um ponto de vista bem intencionado.

O relato do jornalismo é único, é singular, não é o melhor, nem o mais profundo, mas é único. Quando o jornalista faz uma matéria, sob qualquer tipo de assunto, é atribuído uma dimensão que nenhum outro relato assume, por isso, ao termos essa singularidade, o jornalismo é necessário. “Acredito no jornalismo, essa crise do mau jornalismo, é uma crise que vem sempre” finaliza o presidente.



Em entrevista ao Blog Esquina, o presidente da Fenaj diz que o tema meio ambiente deve ser inserido na graduação e aponta os desafios do jornalismo ambiental. Ouça a entrevista na íntegra.