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V CBJA: Interpretação é a nova chave do jornalismo

Por Ana Paula Véras

- Jornalismo passa por mudanças estruturais para atender uma nova demanda -

O jornalista Roberto Villar, fundador da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, participante da mesa de abertura do congresso, refletiu acerca do papel do novo jornalista. Para ele o atual momento é o mais promissor já que o futuro do jornalismo é repensado no mundo inteiro, não só nas grandes redações, mas também nas Universidades.


Hoje o que cabe ao jornalista, no ponto de vista de Roberto Villar, já não é ter a primazia da informação, e sim a interpretação, estudar para oferecer uma visão especializada dos problemas ambientais, uma visão que consiga expor ao público a forma correta do assunto.


Mesa de abertura: Ministra Izabella Teixeira ao centro e jornalista Roberto Villar na última cadeira da direita

Em setembro deste ano o Conselho Nacional de Educação (CNE) instituiu as  Diretrizes Curriculares Nacionais  para o curso de graduação em Jornalismo. Para Roberto este fato é mais uma forma de demonstrar como é importante essa fase de mudança pela qual o curso tem passado “Neste momento, os mais de 300 cursos de Jornalismo em todo Brasil estão repensando os seus currículos. Que jornalistas iremos criar”?


O jornalismo passa por mudanças. Vive-se um momento de mudança estrutural que se soma à crise ambiental, mudança estrutural porque a forma de produzir já não é a mesma e mudança nos compromissos éticos do jornalismo com a comunidade. Villar deixa claro que as novas competências gerais a serem desenvolvidas por esse novo jornalista, estabelecidas pelas novas diretrizes, dizem que os alunos de Comunicação devem compreender e valorizar conquistas históricas da cidadania e aperfeiçoamento nos seguintes pontos: o regime democrático, o pluralismo de ideias e de opiniões, a cultura da paz, os direitos humanos, as liberdades públicas, a justiça social, e o desenvolvimento ambiental.

O V Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental contou em sua abertura com a participação de seis representantes para compor a mesa, entre eles estavam o Subsecretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, Luiz Maranhão e a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O Congresso teve como tema de análise “Objetivos de desenvolvimento sustentável”. Além desse tema o Congresso tinha como objetivo aprimorar a pauta socioambiental.

Veja abaixo algumas fotos do Congresso: