Só este ano foram realizadas, aproximadamente, 84.063 consultas na emergência e cerca 79.812, no ambulatório. Apesar do grande número de atendimento, pacientes reclamam de demora no atendimento.
A aposentada Vanderli de Oliveira, de 60 anos, acompanha a irmã Antônia Lúcia de Oliveira, 66, que faz revisões periódicas na dermatologia, por causa de um câncer de pele diagnosticado em 2009. As irmãs reclamam do tratamento que recebem no hospital. Elas chegaram às 7h45 da manhã e a médica só apareceu no consultório às 9h40, depois que Vanderli decidiu reclamar da demora na Ouvidoria do hospital.
O atraso da médica não foi o único problema que elas enfrentaram. É a segunda vez que vão ao HRAN na mesma semana. Dois dias antes, a paciente não pôde ser atendida porque sua consulta havia sido desmarcada, mas ela não foi avisada com antecedência. “Existe muita má vontade dos profissionais da saúde, muita falta de humanidade”, reclama Vanderli, que não se conforma com os problemas enfrentados pela irmã todas as vezes que precisa de uma consulta.
A funcionária da ouvidoria, Rosângela de Jesus, conta que os problemas enfrentados por Antônia são “comuns”, os pacientes costumam esperar meses para marcar uma consulta, o hospital está sobrecarregado e os médicos estão em falta. Para ela, nos últimos anos o HRAN foi sucateado, principalmente por causa dos desvios de verbas e falta de investimento e contratação de funcionário. “Tudo isso reflete no atendimento precário que os pacientes recebem”, disse a funcionária.