Conic - Uma igreja que acolhe os homoafetivos

A Comunidade Athos é uma igreja recente, com visão inovadora no País

Conic - Seis estúdios fazem a festa dos tatuadores

A tatuagem encontrou no Conic sua casa no Plano Piloto

Conic - O brilho das Drag Queens

Assim que Savanna Berlusconny sobe ao palco, o público da boate se aglomera para assisti-la

Postagem em destaque

Nova plataforma!

Prezadas leitoras, prezados leitores, estamos com uma nova plataforma de conteúdo, lançada em junho de 2017. As reportagens são produtos tr...

Dançarinos protestam devido a espaços culturais abandonados


Grupo faz manifestação na Torre de TV
Na capital federal, dançarinos iniciaram um protesto pelo bloqueio de acesso aos espaços culturais, atualmente abandonados e pela falta de recursos de entidades governamentais para incentivar os artistas de Brasília e cidades satélites através do movimento “Mexa-se, Brasília tem Dança”. Os artistas tiveram que manifestar em espaços abertos como a Feira da Torre e em frente à Câmara Legislativa.

O movimento denominado como “Mexa-se, Brasília tem Dança” surgiu ano passado em função da dificuldade da categoria artística da dança em promover um diálogo democrático com o Governo. Sobre administração anterior, as diversas demandas foram bloqueadas antes mesmo de serem postas à mesa. Foi quando os artistas independentes de associações e fórum resolveram se manifestar em prol do movimento e conseguiram uma sessão solene na Câmara Legislativa, onde a manifestação se tornou mais presente.

Isso interfere em um déficit de um diálogo entre os representantes de todas as áreas sociais para que as ações em prol da arte sejam mais efetivas e com resultados para grande parte da população do DF, incluindo o público, os artistas, os produtores e os trabalhadores envolvidos com a arte, como cenógrafos, costureiras, artistas plásticos, pessoal da faxina, segurança, como conta o coordenador do projeto, João Carlos Corrêa.


Assista abaixo a entrevista com João Carlos Corrêa



Leia também: Ministro da Educação anuncia mudança de regras no FIES

O artista, produtor cultural e novo secretário de cultura Guilherme Reis, recebeu os dançarinos no gabinete enquanto movimento artístico e ponderou de forma bem tranquila as demandas da dança. Aí se reestabeleceu o diálogo tão desejado. Foi quando as demandas foram colocadas em pauta, mas ainda existia a falta da ação efetiva do Governo para solucioná-las.

Quando o Governo tomou a medida de uso do Fundo da Cultura (FAC) para sanar despesas de outras áreas, os dançarinos decidiram se reunir novamente, para protestar com braço firme, sem ultrapassar os limites do respeito. Ou seja, a categoria estava pronta para agir pela dança e pela cultura do DF buscando auxílio do governo. Porém, isso não é uma tarefa fácil.

 Neste ano, o dia 29 de abril, dia internacional da dança por força de lei, não foi comemorado com espetáculos abertos em teatros e workshops em centros de dança como de costume. Isso pelo fato de não ter teatro nacional aberto na cidade, o centro de dança estar interditado, o espaço na quadra 508 Sul se encontrar fechado e não haver teatro nas cidades satélites. Como alternativa, a festa foi celebrada em um espaço aberto na Câmara Legislativa, na porta da casa do povo, aos olhos dos Senadores para que eles pudessem ver a alegria, a celebração e as necessidades dos artistas.

A própria secretaria da cultura incluiu essa data no calendário oficial das comemorações do aniversário de 55 anos de Brasília oferecendo um caminhão-palco que abrilhantou a festa. Houve apoio de deputados, da Câmara, aprovação da utilização da área externa daquela Câmara, além de certificados oferecidos e assinados pelo secretário de cultura.

Na “Virada da Dança”, entre o dia 28 e 29, onde os artistas ficaram 24 horas em atividade, ocorreram workshops, aulões, apresentações de dança e um microfone foi aberto pro “Fala Artista” para que os dançarinos colocassem suas demandas a serem enviadas ao Governo.

A chuva no dia da Dança tornou o trabalho mais belo, até porque o artista em momento nenhum deixou de participar por conta de condições climáticas. “O Grito da dança” começou com chuva e, apesar do tempo nebuloso, o chão tremeu, mas não por conta dos trovões e sim por conta das pisadas dos artistas.

A “Virada da Dança” também começou com uma tempestade que dificultou, inclusive, a montagem das tendas inicialmente. À noite teve um tempo frio e os dançarinos mantiveram o pé no chão. Na madrugada, sereno, de manhã um sol de rachar e à tarde chuva, nem por isso os dançarinos deixaram o local. O organizador do movimento João Carlos Corrêa conta que “Em nenhum momento nenhum artista deixou de manifestar a intenção de pisar no palco. A dança acontece em qualquer situação”.

Dança para-tudo
João também explica sobre a existência de uma flor no cerrado chamada para-tudo que é fina e floresce em toda a época do ano. Apesar da beleza ímpar, está quase em extinção na região por conta do uso predatório do homem que retira a flor do seu ambiente para fazer artesanato. “A dança do DF é uma dança para-tudo, ela floresce em qualquer condição climática ou de terreno. Mas está por um fio por conta da inação do governo e dos parlamentares”, ressalta.

Para ele, os artistas colheram essa flor, ornando essa cidade e colocando em exposição. Dessa maneira, ela permanece florescendo em todas as épocas do ano, em qualquer ambiente. Entretanto, para florescer e continuar, ela precisa mais do que a ação dos dançarinos, a flor necessita dos espaços públicos. O centro de dança para fomentar a dança tanto de Brasília, da capital, quanto das cidades satélites, através das regionais de cada conselho de cultura de cada cidade. E isso só funciona através do diálogo entre população e governo. Não podemos deixar a flor do cerrado morrer e nem a cultura na capital federal.

Governo
Na tentativa de incentivar o diálogo, o Governo do Distrito Federal abriu consulta pública sobre o regulamento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) — aprovado em novembro de 2013 pelo Decreto nº 34.785. A população do DF se cadastrou até o dia 31 de abril. Tudo isso de forma online, acessando o endereço www.participa.br/culturadf.

Simultaneamente, reuniões sobre o FAC vêm sendo realizadas com representantes da sociedade civil e do governo. Qualquer pessoa pode participar dos encontros. A agenda completa está disponível no site do Fundo de Apoio à Cultura.

Do mesmo modo, é possível também participar da elaboração do Plano de Cultura do DF, com prazo estipulado até o dia 15 de julho. O plano visa estruturar as políticas públicas culturais em Brasília nos próximos dez anos. Antes de valer como legislação, o texto tem que passar pela análise da Câmara Legislativa.

Ana Luíza Reis (texto, fotos e vídeo)








Ministro da Educação confirma reabertura do Fies em 2015, com novas condições

Renato Janine:"Corte de verbas é real, o Brasil está em crise"
Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
O ministro da Educação, Renato Janine, confirmou nesta semana que o governo lançará mais uma etapa do programa de empréstimo estudantil Fies neste ano, mas mudará as condições de acesso ao benefício. “Vamos mudar os critérios justamente por ser uma política de Estado”, admitiu Janine, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.  

Segundo o ministro, entre as mudanças de condição da nova etapa do programa estão a priorização das regiões Norte e Nordeste e das áreas de engenharia, saúde e pedagogia.  Além disso, o governo restringirá ainda mais o acesso ao empréstimo, uma vez que elevará a renda mínima necessária para que os alunos entrem no programa.

De acordo com Janine, a renda mínima para aderir ao programa, atualmente fixada em 20 salários mínimos, será reduzida. O ministro reconhece que não há espaço fiscal para que o governo empenhe mais recursos ao programa. “Corte de verbas é real, o Brasil está em crise, com dificuldades econômicas”, reconheceu Janine.

Leia mais notícias: Mulheres ganham menos

No início do ano, as condições para o acesso ao empréstimo também foram modificadas. O Ministério da Educação decidiu elevar a pontuação mínima no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para que o aluno obtenha o benefício e também extinguiu a possibilidade de que o estudante atendido pelo Fies passasse a receber o Prouni (programa de concessão de bolsas de estudo integral) simultaneamente.

Essas decisões, logo após a presidente Dilma Rousseff ter dito em sua posse que priorizará o setor, colocaram as companhias de educação sob pressão, com temores de uma menor captação de alunos, e acirraram divergências entre a base governista, resultando na saída do ex-ministro da Educação, Cid Gomes.

Assista à entrevista na íntegra:



Por Nestor Rabello

Famílias diversas reforçam laços contra preconceito

Julianna Motter
juliannamotter@gmail.com

Em uma sociedade que parecia caminhar para maiores conquistas nos direitos que dizem respeito às minorias, enfrenta o Congresso mais conservador e retrógrado desde 1964, existem pessoas capazes e dispostas a bater o peito e afirmar: “Intolerantes não passarão”. Em meio ao fervor de gritos que pedem a volta de uma ditadura militar, e gritos que pedem, com alegria e positividade, pelo direito de amar sem gênero, o Jornal Esquina encontrou algumas histórias que comprovam que o mundo é bem mais bonito quando os armários podem ser substituídos por sorrisos desbundados e cheios de cor.


 "Da mesma forma que esperamos respeito em nossas decisões, precisamos respeitar o direito de escolha do outro, independente de nossas opiniões", afirma a estudante Marcela, de 17 anos que, recentemente, assistiu o pai Fernando sair do armário aos 40 anos de idade.

Tanto Marcela, quanto a irmã, Thaís de 14 anos, encararam com naturalidade a notícia. "Para mim foi super normal, sempre soube, acho que via nos olhos dele o peso que era conviver com o segredo", conta a estudante que, por respeito ao pai, preferiu esperar que ele as procurasse, "eu tinha vontade de chegar e falar que eu estava com ele para o que desse e viesse", diz.

"Nossa relação melhorou muito dentro de casa, e acho que ele está melhor consigo mesmo", conta Marcela que reforça o medo da intolerância e do preconceito, mas que admite temer mais por seu pai do que pelo que possa vir a sofrer de comentários maliciosos ou brincadeiras. "Acima de tudo, quero a felicidade dele", afirma.

Inicialmente, ela ficou com medo do que teria que enfrentar por conta da sexualidade do pai, depois percebeu que esse medo só contribuiria para a disseminação de preconceito "É meu pai, sempre vai ser, nada mudou", acrescenta Marcela.

Fernando conta que, desde a infância, percebia o interesse por pessoas do mesmo sexo, mas por conta da criação - extremamente religiosa -, acreditava ser um pecado, "orava todo dia para aqueles desejos saírem da minha cabeça", conta.

Quando conheceu a mãe de suas filhas, achou que a atração por homens passaria "Eu realmente me apaixonei por ela", diz. Os dois ficaram casados por alguns anos, tiveram as duas filhas, mas Fernando continuou "precisando orar para parar de pensar naquilo". Há 11 anos atrás, ele ficou viúvo, decidiu se mudar com as crianças para Brasília e recomeçar a vida.

A primeira experiência homossexual foi em 2011, mas A decisão de sair do armário só aconteceu recentemente por conta de um complicado um processo de auto aceitação "parei de me achar uma abominação", dispara. Quando decidiu contar para todo a família, acabou se surpreendendo. "Sabe quando você acha que vai levar pedrada, mas acontece o oposto?”.

A preocupação com a reação das filhas e da mãe eram as maiores, “achava que minha mãe teria um enfarto", desabafa. "Hoje, me sinto mais transparente", diz. "Sendo pai e gay assumido ao mesmo tempo, me sinto mais aberto para o diálogo com com minhas filhas, e mais maduro".

AS DIFERENTES CONSTITUIÇÕES FAMILIARES

O casal Maria e Gabriela reforça a importância da escola no combate à discriminação não só dentro do espaço acadêmico, mas como uma medida universal, “na proporção em que a escola respeita a situação de cada aluno, ela naturaliza qualquer diferença. Porque o mundo é isto: mais de sete bilhões de diferenças".

Juntas há 16 anos, elas conseguiram, depois de dois anos de processo, concluir os trâmites que permitiram a conquista da guarda de duas crianças, os meninos José e João, na época com 8 e 3 anos. Hoje, o processo de adoção ainda está em curso no âmbito judiciário, mas os quatro vivem em um lar onde se é, diariamente, ensinado o "respeito mútuo".

As duas afirmam ter recebido apoio integral das famílias de ambas quando decidiram adotar, "eles foram os primeiros a nos apoiar. Desde muito cedo acolheram inteiramente as crianças", contam.

As crianças, que estudam em escola católica e praticam diversas atividades extraclasse, nunca relataram ter sofrido uma situação de preconceito ou exclusão,  "eles sabem que são muito amados e que esse sentimento não depende de qualquer outro fator", dizem. “Sempre fomos claros em relação à nossa situação familiar. E nossa naturalidade, de certa forma, fez com que as pessoas naturalizassem também", afirmam.

José fez acompanhamento psicológico quando ainda era mais novo, mas foi liberado pela psicóloga depois de alguns meses. O tratamento, no entanto, não foi motivado pela nova conformação familiar, mas pela história do abandono que sofreram dos pais heterossexuais.

APOIO LEGAL

A advogada Karoline Bussolo explica que a falta de instrumentos legais para garantir a segurança dos LGBTs e a inexistência de uma lei que criminalize a homofobia são algumas das falhas do Estado que acabam refletindo em um aumento das situações de violência e crimes de motivações homofóbicas.

Por parte da adoção por casais homoafetivos, a advogada reforça que "não existem impedimentos legais". No entanto, existe um processo rigoroso por parte das autoridades competentes pela parte de adoção por parte de casais homoafetivos, "alguns ainda insistem em repensar esse tipo de adoção", explica Bussolo.

Ela reforça que, no Estatuto da Criança e Adolescente (Subseção VI - Da adoção - artigo 43), consta que: "A adoção poderá ser deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos".

"Acredito que se os adotantes podem oferecer um lar seguro, um ambiente de criação tranquilo e amoroso deveria ser o suficiente", completa a advogada que reforça que a orientação sexual não deveria interferir nesse tipo de processo "Há na família um valor instrumental e as aspirações afetivas e sentimentais de casa indivíduo, não cabe ao Estado interferir na busca particular de cada um por sua felicidade", afirma.

ESCOLA SEM HOMOFOBIA

Guilhermina Cunha, vice-presidente da ABLGBT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), explica a criação do projeto Escola Sem Homofobia.

A iniciativa é feita em parceria com instituições não governamentais, estados e municípios, que reúne grupos de gestores interessados e gestores de ONGs envolvidos na prevenção e no combate de violência contra LGBTs. "O propósito é facilitar a discussão acerca da homofobia, lesbofobia e transfobia nas escolas públicas dos níveis fundamental e médio, visando a definição de recomendações para promoção do reconhecimento da diversidade sexual e enfrentamento da discriminação por orientação sexual e identidade de gênero na educação escolar", explica Cunha.

A CORAGEM, A VONTADE E O PRECONCEITO

Nem as dificuldades em “sair do armário” para a família, ou os olhares preconceituosos de que não sabe lidar com a diferença devem impedir a coragem de enfrentar os desafios impostos diariamente pela homofobia. É o caso da universitária Mayara Dias, “já sofri mais preconceito, por volta dos 13 ou 14 nos. Mas nem isso me fez achar que o que eu vivia era algo errado”, conta.
Mayara precisou enfrentar algumas dificuldades que não esperava, e que lhe trouxeram um pouco de desamparo, “pela minha idade, achavam que era só uma fase e me julgavam por isso ao invés de ficarem do meu lado naquele período”, conta.

“Hoje, sou assumida, meus pais me apoiam. Não tenho qualquer medo de que os outros saibam. Estudo, trabalho, pago minhas contas e sou muito feliz no meu relacionamento”, explica.
Mayara, há cerca de dois anos, mora junto com sua namorada, Júlia Abreu, de 26 anos.“Encontrei uma pessoa que enfrenta as situações cotidianas do meu lado, segurando minha mão. E se essa pessoa é uma mulher, quem irá me dizer que está errado?”, completa. Júlia passou pelos mesmos desafios, mas também chegou à compreensão.

As duas nunca enfrentaram dificuldades de convívio nos ambientes familiares uma da outra. O casal convive com os sobrinhos de Júlia e os irmãos de Mayara – todas as crianças com menos de 12 anos – e recebem, frequentemente, lições sobre aceitação e tolerância. “Todos nos tratam muito bem, entendem a relação, com aquele coração acolhedor infantil”, explicam, “se uma de nós não aparece no final de semana, elas logo perguntam o motivo da ausência”.
“O que eu vejo hoje, é que as pessoas parecem estar perdendo suas almas para um ódio injustificável”, ressalta Júlia que, mesmo assim, não se deixa intimidar, “o que teremos que fazer, com medo ou não, é enfrentar as dificuldades e fazer o melhor que podemos”.

MUDANÇAS QUE NÃO MUDAM MUITA COISA
A universitária Jéssica, nasceu em Santa Catarina, morou com o pai e a mãe até os 5 anos de idade, quando os dois se separaram. “Não tenho uma memória muito boa para lembrar dos dois casados. Eu só sei da minha mãe separada do meu pai”, conta. Quando o casamento dos dois acabou, a mãe da estudante passou a se relacionar com mulheres, “já conheci duas parceiras dela e isso para mim virou natural”, relembra.

Marina relembra que chegou a morar junto com sua mãe e uma parceira em Florianópolis: “Morávamos juntas, mas ela nunca tinha me dito que eram um casal”. Depois de uns anos morando em cidades diferentes é que a revelação veio, “ela me apresentou a nova parceira dela, disse que estavam em um relacionamento sério. Eu disse que já sabia, claro, e que aceitava super bem”. A estudante reforça que sempre achou natural, pois já sabia há muito tempo, mesmo sua mãe tendo levado mais de 10 anos para admitir.

Em contrapartida, sua irmã não teve a mesma facilidade em aceitar: “Ela não lidou muito bem, ainda é meio travada em relação a isso, até porque a relação dela com a nossa mãe não é tão boa quanto a minha”, explica.
Há alguns anos, Marina mora com sua mãe, a parceira e os dois filhos dela: “Eu me dou muito bem com todos. Somos uma família muito unida”, afirma. Para reforçar a maneira como a constituição diversa não afeta negativamente em suas relações, Marina ainda ressalta, “me dou melhor, aliás, com os filhos da parceira da minha mãe do que com minha própria irmã e quer saber, acho até melhor ter uma madrasta do que ter um padrasto”, diz, aos risos.
Por ter optado em sempre circular em ambientes muito abertos e plurais, a universitária conta nunca ter sofrido algum tipo de preconceito, nos momentos em que enfrentou algum comentário homofóbico ou machista, tentou, pacificicamente, “livrar as pessoas do pensamento arcaico”, ainda que nem sempre com sucesso.

“Muita gente sabe que minha mãe é gay”, mas Marina prefere não sair por aí contando, por ser algo natural, ela espera que as pessoas encarem naturalmente “Quando alguém vai lá em casa, percebe que, além da minha mãe, existe também a parceira dela”.

*Para manter a privacidade dos entrevistados, todos os nomes foram alterados.