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Arte ajuda a alterar a realidade de São Sebastião

Por Luisa Ikemoto

O Radicais Livres S/A é um grupo de São Sebastião que busca mudar a realidade através da arte. O grupo, que conta com cerca de 15 artistas, começou a se reunir em 2003 para ler poesias e ouvir músicas. Dessa forma, criou uma forte conexão, principalmente através da literatura. O organizador do grupo, Vinícius Borba, contabiliza que tenham passado pelos saraus pelo menos 300 artistas convidados ao longo dos últimos nove anos.

Segundo Borba, os jovens incomodados pela falta de espaço para se expressar na cidade começaram a se reunir mensalmente. Nesses encontros, eles podiam mostrar um pouco do que escreviam, da música que produziam, dos desenhos que criavam, e logo começaram a atrair outros artistas. Assim, pessoas de outras cidades, que muitas vezes eram convidados ou apareciam por interesse próprio começaram a participar dos encontros.

O grupo, que sobrevive sem financiamento do governo, e apenas em 2012 conseguiu financiamento pelo Fundo de Apoio à Cultura, viu nos eventos uma forma de expressar a indignação. O poder transformador da arte passou a ser uma arma na luta contra a guerra de gangues, que vitimou tantas famílias.

O projeto cresceu. Depois de levar o sarau para outras cidades satélites, eles já visitaram São Paulo duas vezes, sempre no papel de convidados, como representantes da arte de periferia feita no Distrito Federal. A sede é uma tímida biblioteca, com exemplares doados pelos próprios integrantes, onde a população local tem a oportunidade de ter acesso ao mundo dos livros, que é a cola fundamental do Radicais Livres S/A.

Mídias Sociais: o futuro dos jornalistas

Por Stella Maris

O Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) ofereceu em outubro aos estudantes de jornalismo uma discussão a respeito do futuro da profissão. Marina Costa trabalha há mais de dez anos como jornalista e mostrou aos estudantes uma nova área em ascensão no mercado: as mídias sociais.

Segundo a jornalista, as mídias sociais são a grande oportunidade para os novos comunicadores. A especialista alerta para que o assunto não seja confundido com redes sociais. “Tudo relacionado a esse meio é novo. Às vezes as pessoas trocam os termos”, explica Marina. Uma pesquisa da Associação Brasileira das Agências Digitais mostra que 56% dos profissionais dessa área tem entre 25 e 35 anos.
A jornalista aproveitou o momento para dar algumas dicas aos novos profissionais. “Aprender o português é fundamental”, garante Marina. “Um jornalista não pode ter erros de ortografia”, acrescenta. Marina destaca a importância do profissional de buscar sempre novas oportunidades. “Não se pode parar no tempo. É preciso foco. Assim você alcançará seu objetivo mais rápido”, afirma.

Durante o evento, ela também contou um pouco sobre a própria trajetória. Formada em 2003 em comunicação social pelo IESB e com pós-graduação em Ciências politicas pela UnB, foi repórter de grandes veículos de comunicação, como a Rede Globo e a TV Bandeirantes. Atualmente trabalha na TV Senado e é idealizadora da agência MARCO7 INTERATIVA, que cuida da imagem de políticos em mídias sociais.

Festival de Cinema de Brasília


Por Maria Helena Lopes, Nathállia Gameiro e Sussane Martins


Queda de energia em Brasília


Por Rodolfo Costa e Willian Farias
 
 
 

Corrida de rua é qualidade de vida no Distrito Federal

Por Thaís Valentim
 
Correr é um esporte bom para a saúde, excelente para a integração social e barato. A edição de abril de 2009 da revista Posiatividade afirma que o segundo esporte mais praticado pelos brasileiros não é o vôlei, nem o Basquete, muito menos a natação ou o ciclismo. Depois do “todo poderoso” futebol, o esporte mais praticado é a corrida. Ela é uma das modalidades esportivas mais praticadas. Em geral, as pessoas que iniciam a prática buscam obter qualidade de vida. Na medida em que o condicionamento melhora, a sensação de prazer e bem estar faz com que os novos praticantes passem a sentir a necessidade de correr todo o dia. “Eu corro cinco vezes por semana, e quando não tem jeito de ir treinar, me sinto muito ansioso, com uma sensação de que ficou faltando alguma coisa”, afirma o veterinário Cristiano Gomes, 36 anos, que corre há 10 anos na cidade.
 
Para o veterinário, Brasília é uma das melhores cidades do país para praticar corrida de rua. “O Parque da Cidade, a Água Mineral, o Parque Olhos d’Água, a Ermida Dom Bosco e o Eixão são ótimos lugares para se exercitar”, diz Cristiano, que afirma sempre variar os percursos. “O legal é que dessa forma não dá para ficar entediado”, completa. Apesar de anos de corrida, Cristiano não costuma participar de provas de rua. “Não me inscrevo porque o que eu busco é somente ficar em harmonia comigo mesmo, e isso já consigo ao treinar”.
 
A sociedade civil Corredores de Rua do Distrito Federal (Cordf) foi fundada em dezembro de 1998 com o objetivo de reunir o maior número de participantes de corrida de rua, caminhada e marcha atlética. O presidente Raimundo Nonato Bentes Martins pratica atividade física desde criança e, quando se tornou militar do exército, desenvolveu uma verdadeira paixão pelo condicionamento físico. Há 10 em Brasília, Bentes começou a correr com mais frequência. Segundo Bentes, de cinco anos pra cá, o número de corredores no DF cresceu consideravelmente. “Geralmente as pessoas ingressam na modalidade em busca de qualidade de vida. É como se fosse uma válvula propulsora que tira elas dos problemas do dia a dia”, considera o presidente.
 
Para a Cordf, o futuro do esporte no Distrito Federal é muito promissor. No entanto, segundo Bentes, as provas de pista não podem ser esquecidas e o esporte não pode ser elitizado. “Tem muitos promotores de eventos que organizam provas só para ganhar dinheiro. Isso é perigoso porque existem vários atletas que se destacam nos 10 mil metros e não tem condições de pagar R$ 70 em uma inscrição. Temos que pegar esses meninos da periferia e motiva-los a praticar o atletismo”, declara o presidente, que sonha alto. “Quem sabe daí não surge um campeão? O atletismo é muito democrático. Basta um tênis e um local para começar. A corrida de rua é que está dentro do atletismo, e não o contrário”, finaliza Bentes.

Super rádio musical

Por Marcela Franco

A frase, entoada por uma voz aveludada, é conhecida por quase todos os brasilienses. “A diferença é a música”, diz a locutora da rádio mais clássica do Distrito Federal, a Brasília Super Rádio FM. Lúcia Garófalo também é a proprietária e diretora da emissora. Assumiu o cargo após a morte do marido, Mário Garófalo, em 2004.

Fundada no dia 30 de junho de 1980, é a única rádio do mundo – com exceção da Rádio Vaticano – a receber a bênção de um Papa no dia da inauguração. Lúcia conta que o fato só ocorreu por conta da determinação do marido. Católico fervoroso, Mário trabalhava como repórter setorista da Presidência da República. “No dia em que o papa João Paulo II veio a Brasília, o Mário conseguiu driblar a segurança do Palácio do Planalto e colocar o microfone na boca do papa, que concedeu a benção”, conta Lúcia, aos risos.

Assim que alguém sintoniza na Super Rádio, percebe quase que imediatamente não se tratar de uma estação convencional. Música clássica, jazz, ópera, chorinho, bossa-nova, tango e outros ritmos fazem parte da programação. Além disso, um programa de música ao vivo é transmitido de segunda a sexta. Batizado de “Piano ao cair da noite”, é apresentado por Lúcia, que se orgulha do resultado. Segundo Lúcia, diversos pianistas famosos e renomados já se apresentaram no programa, há mais de trinta anos. “É o programa de música ao vivo que está no ar há mais tempo em todo o Brasil”.

A sede da rádio, localizada na Torre de TV de Brasília, ajuda a contar um pouco da história radiofônica brasiliense. Os quadros na parede, os inúmeros prêmios e medalhas se espalham por cerca de 300m². Com 12 funcionários, Lúcia acredita que a rádio funciona como uma família e revela o motivo de continuar a frente do empreendimento. “Doente, já no hospital, Mário me disse que não ia sair dali. Ele olhou para mim e falou ‘A rádio não minha nem sua, é da cidade. Não deixe esse projeto de vida morrer’”.

Evento traz cultura e gastronomia da América Latina para Brasília

Por Mariana Fernandes

O Instituto Cervantes promove desde fevereiro deste ano o projeto Aprenda Espanhol Cozinhando. Dentro do projeto Descobrir Hispano-América, o chef David Lechtig, da rede de Restaurantes El Paso, ensina línguas e gastronomia ao público que deseja, assimo como ele, democratizar a cultura de outros países. Cada mês um país da América Latina é escolhido. Em setembro, o chef ensinou como preparar o Picadillo de Costa Rica.
De acordo com o chef, o prato é tradicional em muitos países latino-americanos. Ele é feito com carne moída ou picada, tomate e outros ingredientes que variam a cada região.  A escolha do prato se deu pela importância e representatividade do Picadillo na cultura de Costa Rica. Além do prato principal, a cada edição é preparado um coquetel específico da nacionalidade.

O projeto objetiva valorizar a gastronomia de diferentes regiões, praticar a língua espanhola e ainda apresentar mais sobre a diversidade cultural. As aulas são ministradas em espanhol, porém, não é preciso ter conhecimento prévio da língua. “Os alunos podem não ser especialistas em gastronomia e nem conhecedores da língua espanhola. O ambiente é voltado para confraternizar outras línguas”, diz David Lechtig.
O projeto acontece uma vez a cada mês e cada aula tem capacidade para 30 alunos. As lições apresentam outras culturas e possibilita o acesso à gastronomia de outros países. “É mais do que ter um momento todo em espanhol. É a convivência em espanhol ligada à gastronomia, em um ambiente informal e inusitado”, completa o chef.

Em um período de duas horas de aula, David Lechtig explica as origens do prato e fala sobre a história do país. Além disso, ele identifica os ingredientes em espanhol para que os alunos relacionem com o português durante a aula prática. Ao final de cada lição há a degustação do prato. “Es una fiesta! Uma alegria total”, diz David sobre as aulas.
David Lechtig

David Lechtig é peruano e descobriu o interesse pela cozinha ainda muito jovem. Com 13 anos, acompanhava as receitas peruanas da mãe em dias de festa. “Tinha curiosidade em conhecer os sabores”, explica. O pai dele ingressou às Nações Unidas em 1969 e por isso morou em vários países. Com isso David se acostumou a experimentar todo tipo de comida. Aos 17 anos naturalizou-se brasileiro.
O chef percorreu várias vezes o sul do México de carro, visitou desde criança diversos países da América Central e aprendeu a apreciar sabores e iguarias de cada lugar. Após herdar um caderno de receitas que pertenceu à avó e à mãe de David, passou a se dedicar profissionalmente à gastronomia. “Continuei escrevendo no caderno. Isso virou um hobbie, um carinho”, garante.

David Lechtig chegou à Brasília em 1983.  É considerado um dos pioneiros da gastronomia mexicana e latina na capital federal. Dez anos depois, abriu o restaurante Sancho Pança, que existe até hoje na cidade. Em 1995, abriu o El Paso Texas, casa especializada em culinária mexicana.

Brasília lidera índice de sobrepeso e obesidade infantil

Por Cecilia Sóter

O Distrito Federal é a unidade federativa com maior índice de sobrepeso e obesidade infantil, com índice similar somente no Rio Grande do Sul, segundo levantamento feito pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, ligado ao Ministério da Saúde. Na capital federal, uma em cada três crianças de cinco a dez anos está acima do peso. Em 2011, dos 33,8% pesquisados, 17,4% têm sobrepeso e 16,4% estão obesos. Em 2010, meninos e meninas nesta situação representavam 27,1% dos entrevistados, um crescimento de 6,7 pontos percentuais em 12 meses. A nutricionista Patrícia Martins Fernandez, especialista em nutrição infantil, afirma que a industrialização de alimentos, junto com outros fatores, como falta de atividade física, é o principal motivo da obesidade infantil. Ela explica que os produtos industrializados trazem em média 16% de açúcar, 6% a mais do que o recomendado. De acordo com a nutricionista, a solução é a iniciativa dos pais em controlar a alimentação da criança. “Eles devem evitar trocar os alimentos naturais, como o suco da fruta pelo industrializado, aqueles de caixinha”, diz Patrícia Fernandez.
Controle sem privar - Segundo a nutricionista, o excesso de açúcar na alimentação da criança representa um grande perigo. “Os principais males são a obesidade, o excesso de cáries e déficit de atenção. O açúcar também deixa a criança excitada, fazendo com que ela se distraia facilmente”. Ela explica que a melhor forma para não cortar de vez os doces da vida da criança é evitar no meio da semana e liberar, com cautela, no final de semana. Patrícia Fernandez esclarece que o alimento zero açúcar não é recomendado. Ela afirma que, ao tirar o açúcar, é acrescentado mais gordura, sódio e outras substâncias, o que de qualquer forma influenciaria no peso da criança.

Catadores esperam lixo do Lago Sul para “principal refeição”

Catadores de lixo no aterro sanitário da Vila Estrutural, a 18 quilômetros do Congresso Nacional, alimentam-se de resto de comida que encontram no lixo e guardam a maior expectativa para o caminhão que traz os restos do Lago Sul, bairro nobre da capital. Segundo um catador que preferiu se identificar como Moacir, de 38 anos, o lixo que chega nos caminhões vindos do lago sul, trazem comida em melhores condições. “Nesse caminhão, é certeza que tem coisa (comida) melhor”, explica.
O catador mora com a esposa no lixão diz que, com o dinheiro que ganha separando material reciclado do lixo orgânico, não dá para comprar comida.  “A maioria do que a gente come é do lixo, porque o dinheirinho que sobra é para pagar as contas”, lamenta. O lixo do Lago Sul tem uma área reservada já conhecida pelos catadores. Lá pode ser encontrado mais carne, por exemplo. “A gente lava e salga a carne para tirar o mau cheiro”.

Os catadores reviram, acham, cheiram, provam e decidem se o alimento encontrado no lixão de Brasília pode ser a refeição do dia. Pequenas estruturas montadas no meio do lixo, como fogões improvisados com tijolos e panelas velhas servem para preparar o alimento.

Eles usam luvas durante o coleta que são retiradas apenas para a hora da refeição. A catadora Eliana, 30 anos, que trabalha no lixão há seis meses, explica que nem todos os trabalhadores do lixo se alimentam de resto encontrado, mas, que é muito difícil se alimentar por lá. “Até as coisas que a gente traz aqui pra dentro, eu tenho nojo de comer”, lamenta.

Por Gabriella Leite - Esquina On-line

Vendedores oferecem marmita a partir de R$ 5 no centro de Brasília

Marmitas vendidas no Setor Comercial Norte
Foto: Kamila Siqueira
          
Por Jamile Rodrigues

           Na cidade em que o almoço fora de casa custa em média R$ 31,77 (segundo pesquisa do Datafolha e da Alelo), vendedores oferecem marmitas com valores que variam de R$ 5 a R$ 10 em centros comerciais nas Asas Sul e Norte.


 Alguns vendedores fazem ‘‘promoções’’ nas vendas, o que incluem saladas, refrigerantes e sobremesas como acompanhamento das refeições. A vendedora Leidiane Lima, 25 anos, oferece marmitas todos os dias no Setor Comercial Sul. Quando o cliente compra uma marmita por R$5, ele leva o refrigerante em lata, de graça. ‘‘Aqui a concorrência é bem grande, então a gente sempre mudando o cardápio. Damos o refrigerante de graça, porque mais pessoas vêm comprar’’, contou a vendedora que se identificou como Leidiane. Ela começou a vender as marmitas por influência de uma amiga.
‘‘Eu estava desempregada e uma amiga me falou do dono de um restaurante que estava precisando de gente para vender os almoços por aqui”. Ela ganha R$ 150 por semana, alimentação e passagem. “Geralmente, eu fico das 11h30 até às 15h, depois tenho a tarde livre’’ finalizou.

Por volta das 11h, nos arredores da Rodoviária do Plano Piloto, foi possível observar uma menor de idade chegando acompanhada de um rapaz, aparentemente da mesma idade que ela, carregando uma caixa de isopor. Os dois colocaram a caixa em um banco, ela se sentou próximo enquanto o garoto saiu.

Quando notou que a equipe do Esquina On-line estava se aproximando, logo abriu a caixa, e exclamou: ‘‘vai uma marmita ai, dona?’’. Esse é o dia-a-dia de Maria*, de 15 anos. Todos os dias, ela e o primo, trazem as marmitas feitas pela avó, do Setor P Sul, bairro da região administrativa de Ceilândia até Brasília.

‘‘A gente vendia bala, picolé e outras coisas, mas depois que um monte de gente começou a vender marmita, a gente quis mudar também’’, expressou a menor com desconfiança. Esse não é um caso isolado, diversas crianças ocupam os arredores da Rodoviária e dos Setores Comerciais Sul e Norte para vender doces, produtos piratas e quentinhas. ‘‘Eu não estou estudando não. Preciso ajudar em casa, então venho vender marmita’’, desabafou.

O estudante Marcos Rocha, que trabalha no Setor Comercial Norte, recebe R$ 9 de vale-refeição por dia. Como o preço dos restaurantes vai além do orçamento, Marcos optou pelas quentinhas. ‘‘Eu prefiro comprar as marmitas, já que o rapaz aqui vende por R$ 5. O que sobra do benefício, eu misturo com o salário do mês’’, afirmou o estudante.

Um rapaz que preferiu se identificar apenas como Carlos, e não relevar a idade começou a vender marmitas para ajudar em casa. Ele contou que trabalhava em uma empresa, porém ao ser demitido, ficou preocupado com a situação. A solução surgiu através da avó, que gostaria de vender algo. Decidiram então que ela passaria a cozinhar e ele iria para a rua vender.

As conhecidas “Quentinhas da Vovó” são vendidas pelo preço de cinco reais e têm um cardápio para cada dia da semana. Porém, Carlos calculou que o preço não deveria ser esse. “O valor dessa marmita tinha que ser R$7, mas como a concorrência é grande e tem gente que vende a R$ 6, com refrigerante, acabo fazendo por R$ 5”.
 
Carlos e a caixa de isopor com as marmitas vendidas no Setor Comercial Sul
Foto: Kamila Siqueira



Fiscalização

Carlos diz que uma das maiores dificuldades é lidar com a fiscalização. “Quando os fiscais batem, todo mundo corre. Já tive mercadorias apreendidas algumas vezes”, desabafou.

De acordo com a assessoria de imprensa da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (AGEFIS), os fiscais percorrem trechos dos setores comerciais todos os dias, para verificar a incidência de ambulantes. Os representantes da AGEFIS recolhem as mercadorias, desde materiais piratas a alimentos. Conforme foi informado, depois de apreendidas, as mercadorias vão para o depósito do órgão. Os responsáveis por esses materiais devem ir até lá, pagar pelos custos. Em geral, o alimento é incinerado. Ninguém vai preso, mas se os ambulantes apresentarem resistência, eles podem ser levados à delegacia, para prestar esclarecimentos.

Para a auditora de atividades urbanas da ANVISA, Regina Alice, as pessoas devem tomar o máximo de cuidado com o consumo desse tipo de alimentação. Segundo ela, não há fiscalização própria para esse tipo de trabalho, então nunca se sabe em quais condições essa refeição foi preparada.

‘‘Essas marmitas não estão na competência da Agência, então não existe um controle sobre elas, os restaurantes tem fiscalização periodicamente, por isso é mais adequado que as pessoas comam nos locais fiscalizados’’ declarou.

 

Dieta de lutadores precisa garantir elavado gasto energético


Um corpo definido e repleto de músculos aparentes e um baixo percentual de gordura é o desejo de muitos brasileiros. Nos dias de grandes eventos esportivos, os atletas exibem corpos que se aproximam da perfeição. Quem os vê não imagina o árduo caminho necessário para que o atleta consiga atingir tal físico e combinar beleza com desempenho.
Um dos principais nomes em preparação física de Brasília, Lula Guerreiro, conta como é difícil a tarefa dos lutadores de Artes Marciais Mistas (MMA) para alcançarem esse objetivo. Atualmente, Lula é preparador físico dos lutadores Francisco Massaranduba e Paulo Thiago, integrantes do Ultimate Fighting Champioship (UFC). Ele revela como a alimentação correta de um atleta pode definir o resultado em um combate.
Segundo Lula Guerreiro, uma alimentação regrada e balanceada é requisito obrigatório durante todas as fases do chamado camp, período no qual o lutador se prepara para o combate.
“Não adianta nada bater o peso na pesagem e comer fast food. O organismo tá muito debilitado, ele vai colocar o alimento pra fora e não vai ter o desempenho que a gente (a equipe de treinadores) deseja”, afirma.
Lula detalhou o que come o lutador de MMA na fase do corte de peso. Ele conta que a dieta é diminuída, mas que carboidratos, por exemplo, não podem ser cortados totalmente.
“Basicamente, a gente diminui muito a ingestão calórica. O atleta passa a comer coisas com um nível calórico mais baixo. Os carboidratos são diminuídos, mas não podem ser cortados porque eles são uma fonte primária de energia na hora da luta. É um processo interessante. Na semana da luta os lutadores comem muita salada verde, corta-se todo o sal e o açúcar porque são elementos que retém líquidos, o que dificulta o corte de peso e usa-se o limão como tempero, em alguns casos a comida é sem tempero algum”, conta.
Lula também aproveitou o assunto para explicar a importância da alimentação correta durante o corte de peso, uma vez que o desempenho deve ser priorizado em relação apenas ao fato de o peso da categoria ser batido.
“É um trabalho bem criterioso de ser feito. Uma pessoa muito boa (neste caso, o nutricionista) deve estar trabalhando junto pra que o lutador perca peso sem perder desempenho. Não adianta nada o cara passar por um corte de peso enorme e na hora de lutar se cansar no meio do primeiro round ou no começo do segundo. Certamente esse lutador vai perder o combate. Se o corte de peso não for bem feito, todo o trabalho de meses é jogado no ralo”, conta.
Lula Guerreiro contou como funciona a alimentação de seus atletas no período pré-combate, sempre reforçando que seu trabalho é feito em conjunto com um médico e um nutricionista, que sempre viajam junto com ele e os treinadores dos lutadores para que tudo dê certo na hora da luta, tanto no ponto de vista nutricional, quanto na parte funcional do aproveitamento dos alimentos. Além disso, o médico tem papel fundamental na manutenção da saúde dos atletas, uma vez que o organismo passa por um período de privação de nutrientes muito grande durante os últimos dias antes da pesagem e só um médico pode ser responsável pela reidratação e reposição de sais minerais dos lutadores logo após a pesagem.
“No caso específico dos atletas de MMA, depende do quão perto ou longe eles se encontram da competição. Durante a fase de treinos para força é a época onde a alimentação tem um nível calórico muito alto. O cara tem que comer muito carboidrato, muita proteína, até pra auxiliar na construção muscular do lutador”, finaliza.



Brasil está entre os maiores consumidores de venenos agrícolas do mundo


Para tentar defender a agricultura e plantações contra as pragas, utilizam-se os agrotóxicos.  Esses produtos químicos ganham denominações diversas quanto ao seu uso: inseticidas (contra insetos), fungicidas (contra fungos), herbicidas (contra ervas daninhas) e bactericidas (contra bactérias), entre tantos outros.

Segundo a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão do Governo Federal responsável pela fiscalização e controle de agrotóxicos, o Brasil está entre os maiores consumidores de venenos agrícolas do mundo. Um estudo publicado em 2010 revelou números preocupantes. Na pesquisa foram analisadas 2.488 amostras de 18 alimentos diferentes em todo o país. 28% das amostras apresentaram problemas de contaminação. E pior, dessas, 24% indicaram o uso de substâncias químicas não autorizadas pelo governo. O recorde de contaminação ficou com o pimentão, que apresentou problemas em 92% das amostras testadas. Em seguida vêm o morango e o pepino, com 63% e 57% respectivamente.

Embalagens vazias de agrotóxicos também trazem riscos

Outro problema grave relacionado ao uso de agrotóxicos está na destinação incorreta das embalagens desses produtos. Quando descartadas diretamente no meio ambiente, essas embalagens, ainda contendo resíduos dos produtos químicos, acabam por contaminar o solo e os cursos de água, colocando em risco o equilíbrio ambiental.

No DF, A Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (SEAGRI/DF) disponibiliza dois postos de coleta de embalagens vazias, uma em Brazlândia e outra no PAD/DF, em Planaltina. A Secretaria também conta com sete agentes para fiscalizar o comércio e o uso de agrotóxicos em Brasília e entorno. Além disso, existem cursos de capacitação de agricultores para o correto manejo das substâncias químicas. A multa para quem não segue a legislação e não devolve as embalagens vazias pode variar entre R$1,9 mil a R$19 mil.

Segundo a analista de desenvolvimento e fiscalização agropecuária da SEAGRI/DF, Lara Line Pereira de Souza, a adesão dos agricultores da região às normas é boa, mais ainda precisa melhorar. “Já se devolve bastante (as embalagens vazias), mas em muitas propriedades que a gente vai fiscalizar ainda encontra muitas embalagens jogadas”, afirma.  

 

Os riscos para a saúde e para o meio ambiente

Existem duas formas de contaminação por agrotóxicos que traz riscos à saúde: quando o produto é manipulado diretamente e acaba por ser absorvido pela pele ou mucosa; ou a indireta, quando é ingerido por meio de alimentos contaminados. Os sintomas podem variar de acordo com a substância química envolvida e podem ir de dores de cabeça, desmaios e até a morte.

Segundo o Ministério da Saúde, a contaminação também pode ser classificada de aguda, quando os sintomas surgem logo após o contato com o agrotóxico, ou crônica, quando o paciente apresenta doenças que tem origem devido a uma longa exposição a esses agentes químicos. Nesse último caso, os danos à saúde podem provocar problemas respiratórios, neurológicos e câncer.

Já os danos ambientais são graves. O uso excessivo de produtos químicos pode causar o desequilíbrio dos ecossistemas e contaminar recursos naturais como solo, água, flora e fauna.


Prevenções e cuidados

Quem lida diariamente com agrotóxicos é necessário o uso de equipamentos de proteção, como máscaras e luvas, por exemplo. Já os consumidores devem lavar os alimentos em água corrente ou deixar em infusão de água e vinagre por aproximadamente 20 minutos antes de serem ingeridos. Além disso, os especialistas recomendam retirar a casca dos alimentos onde são encontradas grandes concentrações de produtos químicos. O indicado é consumir verduras, frutas e legumes da estação, pois a utilização de agrotóxicos para conservação desses alimentos é menor.
 
Por: Thais Valentim

 

Mais de mil pessoas vivem em situação de rua no DF

De acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF), do total de pessoas em situação de rua em Brasília, 1.900 são adultos e deste número, 80% são homens. Segundo o Decreto n.º 7.053, de 23 de dezembro de 2009, que institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua, as pessoas caracterizadas dentro desse grupo, estão em estado de extrema pobreza, vínculos familiares fragilizados ou rompidos e a inexistência de moradia convencional regular. São também pessoas que utilizam patrimônios públicos e áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente.
As principais razões que levam as pessoas às ruas no Brasil, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), são alcoolismo e drogas (35,5%), desemprego (29,8%) e desavenças com a família (29,1%). É o caso de Ronaldo, 40 anos, morador de rua há 20. Após se separar de Elenice, com quem teve um filho, foi para a rua, e se diz satisfeito com a situação.
“Não tenho vontade de sair da rua, porque já me acostumei com a vida que levo”, revela. Ronaldo, que sempre fica em pontos da Asa Norte pedindo dinheiro e comida, conta que só tem vontade de conseguir um emprego com carteira assinada e uma casa quando está chovendo, porque diz ter medo de água.
Apesar de estarem separados, Elenice e Ronaldo continuam amigos. O ex-casal estava junto, em uma quadra da Asa Norte, tentando conseguir comida para os filhos, de outros relacionamentos. Ela tem oito filhos e ele quatro. “Eu tenho uma casa no Recanto das Emas, mas lá ninguém me ajuda e como eu não trabalho, fica difícil criar meus filhos. Por isso eu venho para o Plano pedir cesta básica em igrejas, além de comida e dinheiro nos apartamentos”, relata Elenice.
         Segundo pesquisa sobre a População em Situação de Rua do Distrito Federal, realizada pela Universidade de Brasília (UnB) com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP/DF), nessas regiões se encontram 31,5% da população de rua adulta do DF. A equipe de abordagem social é composta por Educadores e Educadoras Sociais que atuam em uma perspectiva politico-pedagógica de fortalecimento do protagonismo e garantia de direitos dessa população.
Para esta população o GDF tem um Centro Especializado para a População em Situação de Rua (POP). Fica localizado na Asa Sul e tem integrado em sua estrutura uma equipe do Núcleo Especializado em Abordagem Social (NUASO), que realiza ações nas Regiões Administrativas de Brasília, Cruzeiro, SIA, Lago Sul, Lago Norte e Sudoeste/Octogonal.

CEASA PROMOVE CAMPANHA CONTRA O DESPERDÍCIO


O dia mal amanhece e já se pode ver o chão da Central de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa) forrado de frutas e verduras. O descuido na hora de descarregar o caminhão fica claro. Na Ceasa, boa parte da produção de vários meses vira lixo em apenas um dia de trabalho.
Ailton Valente, 52 anos, é produtor rural e afirma que o desperdício ocorre principalmente com as folhagens. Os alimentos menos perecíveis, como cebola e batata, também são desperdiçados, mas em menor quantidade. O carregador José Dias, 28 anos, trabalha na feira há três anos e diz que muita coisa que cai das caixas na hora de descarregar do caminhão, é possível levar para casa, porém vai direto para o lixo. “Sempre tem um fiscal cobrando as taxas dos produtores, mas não há funcionários para verificar o desperdício. Acredito que isso aconteça por falta de organização. Se cair alguma coisa no momento em que estou carregando, não posso parar para pegar. O cliente não espera e o patrão tá em cima”, afirma José.
No final do dia é visível a quantidade de alimentos desperdiçados. Geralmente, pessoas se aglomeram para recolher os restos jogados em tonéis de lixo ou no chão. Dona Maria Inês, 56 anos, vai à Ceasa todo final de semana e garante que consegue pegar muita coisa boa. “Sustento os meus quatro netos com tudo que levo daqui. É muita coisa boa no lixo. Levo para mim e também dou um pouquinho para os vizinhos, mas conheço gente que leva para vender, gente que até abriu uma quitandinha”, diz.
Programa Desperdício Zero
Para reduzir as perdas, a Ceasa criou o programa Desperdício Zero, que pretende fazer a coleta das sobras, e posteriormente, distribuí-las à famílias carentes e entidades cadastradas na iniciativa. Essa medida evita que duas mil toneladas de alimentos sejam desperdiçadas.
Muitos feirantes também fazem doações, é o caso do produtor Jadilson Neves. “Toda segunda e sexta-feira vêm voluntários aqui na Ceasa para pegar frutas e verduras para levar para creches, asilos e outras pessoas que precisam. A gente sempre acaba ajudando no que pode”, afirma o produtor.

PÍLULA DO DIA SEGUINTE SEM RECEITA GERA DIVERGÊNCIAS


De um lado, profissionais veem que rede não tem como garantir uma consulta para gerar uma prescrição de emergência. De outro, especialistas temem banalização da distribuição. No DF, postura ainda é cautelosa

O protocolo anunciado pelo Ministério da Saúde, que será publicado em outubro, de garantir a pílula do dia seguinte sem receita médica já gera diferentes práticas nos postos de saúde do Distrito Federal. Foram consultadas pela reportagem do Esquina 15 unidades de diferentes bairros de Brasília e de regiões administrativas. Em apenas um deles, na Asa Norte, foi dispensada a receita médica para retirada do medicamento. "Cuidado! Tem que usar a camisinha e não pode utilizar sempre a pílula do dia seguinte", recomendou a médica. Em todas as outras, enfermeiros ou médicos disseram que a pílula de emergência somente é liberada se a pessoa interessada trouxer a prescrição de um médico em mãos. Entre as defesas da proposta, o ministério apontou que essa dispensa de receita já ocorria informalmente em várias unidades pelo país. Outro argumento é de que a mulher pode não ter condições de esperar por uma consulta, já que o remédio com carga extra de hormônio deve ser tomado em até 72 horas após a relação sexual.

O "protocolo para utilização do levonorgestrel na anticoncepção hormonal de emergência", como o documento foi batizado, é avaliado desde abril por especialistas convocados pelo governo. O ministério informou que distribuirá mais de 100 mil exemplares para unidades em todo o Brasil e o conteúdo será disponibilizado na internet. O governo faz questão de enfatizar um dos itens do protocolo: os enfermeiros poderão entregar a pílula de emergência sem a receita médica, nas unidades básicas de saúde e dentro dos programas do ministério, desde que, em seguida, encaminhem a paciente ao programa de planejamento reprodutivo. "A pílula não pode se tornar um hábito. Por isso, a paciente deve ser recebida pelo sistema de saúde", disse uma especialista ligada ao ministério.

Servidores da saúde local manifestaram informalmente apoio à ideia do protocolo do Ministério da Saúde. "Por se tratar de um contraceptivo emergencial, não tem sentido ser necessária uma receita. Se você for ao posto querendo uma pílula, você tem que sair de lá com ela, independente da sua idade ou do motivo", explicou uma fonte. No entanto, o assistente do Núcleo de Assistência Integral à Saúde da Mulher no Distrito Federal, Frederico Coelho, em e-mail enviado ao jornal, defendeu inicialmente a necessidade da prescrição. "Ressaltamos que a prescrição da contracepção de emergência pelo médico ou enfermeiro agiliza e dá pronto acesso das usuárias ao medicamento, além de dar maior proteção a estas". Porém, após ter conhecimento da publicação do protocolo, garantiu que a secretaria irá se adequar ao que foi recomendado pelo ministério.

Um dos postos visitados pela reportagem foi o Centro de Saúde número dois, situado no Varjão. Ao perguntar para os recepcionistas sobre como adquirir uma pílula, a equipe foi encaminhada a uma farmácia, localizada no próprio Centro de Saúde. A enfermeira responsável pela triagem dos pacientes, Sandra Xavier, afirmou que o remédio só é distribuído com a receita em mãos. "O medicamento só pode ser entregue depois de consulta e avaliação com um ginecologista", explicou. Feito isso, o medicamento pode ser retirado no próprio posto e não é realizado um acompanhamento médico após o uso. Segundo Sandra, essa é uma norma da Secretaria de Saúde a todos os postos. A enfermeira ressaltou que a receita possui duas vias, uma fica com o paciente e a outra com o Centro de Saúde.

Especialistas

- Para o ginecologista José Domingues, 52 anos, a pílula é um método de exceção que não deve ser usado com frequência. "Aconselhamos a não tomar porque existem métodos mais eficazes, porém quando é um caso emergencial, não há outra forma", explicou. O ginecologista ressaltou que a pílula não é abortiva, mas tem uma alta dosagem de hormônios que podem causar enjoos, mal estar, inchaço, sangramento e até mudança no ciclo menstrual. "Cada corpo reage de uma maneira, mas esses são os efeitos colaterais mais comuns", enfatizou Domingues.

Para a ginecologista Eide dos Reis, 37 anos, não existe nenhum método contraceptivo que seja 100% seguro. "As mulheres que buscam tomar anticoncepcional, geralmente tem relações sexuais frequentemente e querem se prevenir, mas ainda assim não é totalmente seguro", explicou. Eide só aconselha a pílula no combate a uma gravidez indesejada em casos de uma relação sexual de risco, como estupro e falha de outros métodos contraceptivos.

A ginecologista opinou sobre a necessidade de prescrição médica para a pílula. "A ideia é boa, desde que seja de uma forma controlada e que tenha uma orientação no momento da distribuição", afirmou. Eide ressaltou que o uso abusivo da pílula pode causar uma série de interferências no organismo da mulher. "A pílula provoca uma menor movimentação das trompas, bloqueia a saída do óvulo do ovário e causa a descamação do endométrio". A ginecologista explicou que com o uso do medicamento em excesso, a mulher pode engravidar, pois o uso indiscriminado quebra o ritmo hormonal, fazendo com que a pílula perca seu propósito de prevenção de uma gravidez.

 

Polícia Militar Ambiental recebe dez chamados por dia para resgatar animais silvestres

 
             

             O Batalhão da Polícia Militar Ambiental (PMA) recebe, em média, na época de seca e queimadas, sete a dez chamados por dia para resgatar animais encontrados em casas, chácaras ou em situação de risco.
             De acordo com o Sargento A. Bessa, a PMA resgata diversos animais, todos os dias. ‘‘Nós recebemos animais da fauna silvestre, que estão irregularmente em cativeiros ou resgatados em situações atípicas’’. 
  
 Segundo o sargento, ao se deparar com um animal silvestre, a pessoa deve procurar abrigo em local seguro e em seguida ligar para 190. Se o animal encontrado for uma cobra, o procedimento deve ser diferente. ‘‘Procure não tirar os olhos do animal para que ele não consiga se esconder e dificultar o resgate’’ Ressalta o Sargento. Em seguida é aconselhável ligar para o Batalhão da Policia Militar Ambiental, 190.
 
Depois de resgatado, o animal seguirá para Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).
  






Destino certo para animais silvestres


Localizado a 20 minutos do Plano Piloto, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) tem a missão de recepcionar, triar e tratar os animais silvestres resgatados ou apreendidos. Além de serem encontrados em áreas urbanas, esses animais são podem estar em cativeiro, sendo criados como animais domésticos.

Após o resgate dos animais pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental. O CETAS é o responsável em identificar a espécie e definir formas de tratamento. Depois de serem examinados, os animais ficam em observação. Segundo o Biólogo João Bosco ‘‘quando os animais recebem nutrição adequada e cuidados veterinários, logo podem voltar ao habitat natural’’.

Durante o período de quarentena, a equipe de técnicos do CETAS estuda o melhor destino para os animais. Alguns são encaminhados para soltura. Esse procedimento que é cadastrado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis – Ibama.  
O procedimento não é o mesmo para animais silvestres que vivem em cativeiro ou como animais domésticos. Segundo o equipe técnica do CETAS, esses animais não tem condições de se reintegrar ao meio, sendo assim, depois de tratados, são encaminhados à zoológicos, criadouros credenciados pelo Ibama, e centros de pesquisa.

Por Gabriella Leite - Esquina On-line