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Você sabe o que é Calistenia?


Não! Não é nenhum tipo de pássaro, comida ou banda de axé.  A Calistenia surgiu na Suécia há pouco mais de um século e, ao contrário do Crossfit, usa apenas o peso do próprio corpo como objeto de treino. Esse tipo de exercício funcional figura como uma das principais tendências fitness de 2015. A atividade tem atraído brasilienses que querem fugir da rotina das academias e praticar exercícios ao ar livre.

O esporte, provavelmente, faz parte do seu dia a dia. Os movimentos calistênicos vão desde agachamentos, flexões e polichinelos, até o desenvolvimento de manobras radicais em barras fixas ou paralelas.

A atividade, que tinha perdido espaço para a musculação, tem crescido por meio de divulgações em mídias sociais, como Facebook e Instagram.  Os integrantes postam, diariamente, vídeos e fotos dos movimentos, o que serve como um tutorial para quem é novo na prática e quer conhecer o agitado mundo da Calistenia.

Porém, o esporte não se resume apenas a movimentos intensos e bem executados, os tombos e machucados fazem parte da rotina dos praticantes. Por isso, é importante que o atleta realize um acompanhamento médico, e fique atento a quais precauções tomar para não sobrecarregar alguma parte do corpo.

Para saber mais sobre o esporte e os efeitos da prática, nossa equipe entrevistou alguns participantes do grupo Calistenia Brasília, que organiza os treinos do Parque de Águas Claras, um educador físico e um fisioterapeuta. O resultado você confere abaixo.




Caso tenha se interessado pelo esporte, o grupo Calistenia Brasília se reúne no Parque de Águas Claras às quartas, dez para as oito da noite e aos sábados e domingos às 10h. No Taguaparque, o grupo BlackList Team se encontra todas as terças e quintas às 19h50. Todos os treinos são gratuitos.



Confira a matéria na íntegra:


GALERIA:
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Por: Ana Viriato, Daniela Nogueira, Júlia Azambuja e Lucas Alves

Margaridas e exploradas





Em reportagem fomos à marcha das Margaridas entrevistar mulheres negras que contaram como sofrem discriminação no trabalho e no convívio com a sociedade. Em Taguatinga falamos com Margarida Gomes uma mulher moradora de rua negra de 54 anos. Além disso, também temos uma entrevista interessante com a representante do grupo feminista "Pretas Candangas", Daniela Luciana.

Veja aqui a reportagem completa do jornal.

http://issuu.com/blogdoesquina/docs/negras__pobres__exploradas_-_rodrig

Por Rodrigo Alberto e Vinícius Brandão

Moradores de comunidades em Planaltina enfrentam dificuldades com falta de asfalto



Morar no centro da capital federal cria algumas ilusões. Você mora, estuda e trabalha no Plano Piloto. A extensão máxima da sua vida social e convívio familiar é ir até Águas Claras. Na rotina em que você vive, não imagina que, a menos de 30km, existem pessoas que não têm acesso ao mais básico. Você abre a torneira da cozinha e sai água, você aperta o interruptor da sala e a luz acende. Se você passa mal, o carro da família te leva para o hospital. Você não imagina que comunidades inteiras dependem de caminhões pipa para ter uma quantidade limitada de água por mês, ou que a única maneira dessas pessoas se deslocarem de um lugar a outro é andando, muitas vezes com sol quente na cabeça e terra vermelha nos pés. 


Ouvir o relato de moradores de duas comunidades de Planaltina abriu os olhos dessa repórter para um mundo muito mais amplo. Ser jornalista é dar voz para quem não tem. Ser jornalista é contar para as pessoas histórias que elas não conheceriam de outra maneira. Essa história é sobre moradores das comunidades Bonsucesso e Maria Cordeiro Leite, localizadas na zona rural de Planaltina. Famílias inteiras vivem isoladas em assentamentos sem asfalto, com acessos e quebra-molas improvisados, saneamento básico e iluminação pública inadequados e sofrem com o descaso do Governo. Aqui você vai conhecer um pouco da realidade dessas pessoas, para conhecer a história completa basta acessar o PDF. Siga as placas e vá em direção a esses relatos. 








Para acessar a matéria completa, clique aqui.
http://issuu.com/blogdoesquina/docs/do_outro_lado_da_linha_-_tain__
Por Tainá Arantes

Maioria dos parques não tem estrutura, diz Ibram

O DF possui hoje 71 parques em todo território e somente 18 estão aptos para receber visitantes.  A nossa equipe escolheu seis entre os mais frequentados e problemáticos para visitar e conferir a situação.


PARQUE  BURLE MARX
A Consulta pública do Instituto Brasília Ambiental - IBRAM, sobre o Estudo Preliminar do Plano de Ocupação do Parque Burle Marx, ficou disponível  até o dia 25 de setembro.






A população de Brasília pode participar com sugestões ao projeto que dará, especialmente aos moradores da Asa Norte e do Setor Noroeste, a possibilidade de ver a grande área do parque finalmente entregue.

O Parque de Uso  Múltiplo Burle Marx,  antigo  Parque Ecológico Norte,  está situado dentro da Área de Expansão Urbana do Plano Piloto, entre a Asa Norte e o Bairro Noroeste. Foi criado em 1990 pelo  Decreto 12.249 e modificado pelos  decretos nº 28.685, de 15 de janeiro de 2008 e nº 30.023, de  04 de fevereiro de 2009.  Tem hoje a finalidade conservar áreas verdes, promover a recuperação de áreas degradadas, a revegetação com espécies nativas e exóticas, e ainda estimular o desenvolvimento da educação ambiental. No entanto, a situação hoje mostra que a vocação do parque está longe de ser alcançada.

Área do Parque Burle Marx

Área do Parque Burle Marx

Outro problema a ser solucionado é a necessidade desocupação do terreno onde hoje funciona o depósito de carros apreendidos do Detran, também instalado em área do parque. O assunto vem sendo conversado entre os órgãos, segundo o IBRAM. Consultado sobre o assunto o DETRAN não se pronunciou.

Além dessas ocupações que não têm relação com o parque, um incêndio devastou boa parte da mata nativa, em julho deste ano. A situação motivou descontentamento na população, que passou a cobrar das autoridades medidas para a execução das obras.

Inauguração de Trilhas

No mês de agosto de 2015 foram entregues aos moradores do Noroeste  trilhas na área do  Parque Burle Marx, feitas por empresas construtoras do bairro. A reportagem consultou o IBRAM sobre a autorização para a execução do serviço e não obteve resposta.  A solenidade de inauguração contou com a presença do Governador Rollemberg, que prometeu iluminar o local, conforme publicado no Portal do Governo de Brasília, no dia 15 de agosto. Consultada sobre a existência de parceria do GDF com as construtoras, a assessoria do governador não se pronunciou. http://www.df.gov.br/conteudo-agencia-brasilia/item/20315-parque-burle-marx-ganha-seis-trilhas-para-caminhada.html


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PARQUE  OLHOS D’ÁGUA
Correr no parque, praticar Yoga e respirar ar puro é possível para os frequentadores do Parque Olhos d’Água, na Asa Norte. No entanto  há um problema invisível no local. A infiltração da chuva avança e vem causando erosão, já que a água desce da via L2 e afeta o solo. A degradação na área  está assoreando o terreno que vai até a Lagoa dos Sapos, onde  já  existem sulcos, de acordo com a Coordenadora de Parques do IBRAM Marcela Versiani.

O problema foi detectado depois que uma área vizinha, na entrequadra comercial 213/214 norte, em um lote escriturado do governo, foi incorporada ao parque em 2012.

Decreto

Segundo o administrador do parque Edeon Vaz o local recebe diariamente 900 a 1.000 pessoas e, nos finais de semana, em torno de 1.400. “Entre as atividades que o parque oferece primeiramente está a parte lúdica. As pessoas vêm descansar aproveitar a natureza.  As atividades físicas são as trilhas de caminhada, porque o local tem um relevo diferenciado  e exige mais da pessoa numa caminhada, numa corrida”, relata.


Parceria
O professor de educação física Fernando Barreira participa há cinco anos de um projeto de prática de atividade física no parque para o público de 55 a 95 anos.  .  O programa é resultado de parceria com o IBRAM e a média de participação é de 60 pessoas.  As atividades são feitas três vezes por semana durante uma hora. Além das aulas, o grupo participa de viagens, passeios almoços e desfruta de boa convivência.

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PARQUE  LAGO DO CORTADO
O Parque Lago do Cortado foi inaugurado em agosto de 2002. Dez anos depois em 2012 a área se encontrava totalmente degradada. Então o governo começou a obra de revitalização, para poder receber os visitantes. Em dezembro de 2013 após um investimento de R$1,5 milhão,  o parque foi entregue a população com passarela ecológica, vestiários, banheiros e guarita de segurança, além da reforma da sede e da quadra poliesportiva.

Hoje, quase dois anos depois da reforma é possível ver a falta de conservação. Mesmo com um posto policial dentro do parque, a falta de segurança é a maior preocupação dos frequentadores. Em junho deste ano, o caso da adolescente Emilly Cristiny da Silva de 14 anos, ganhou repercussão na mídia. Ela foi encontrada morta próxima ao córrego com sinais de violência sexual. O acusado já foi preso e confessou o crime. Em nota a polícia diz que o patrulhamento é feito diariamente com motos e viaturas.



O lixo também incomoda os frequentadores do local. O personal trainer, Rychardson Nascimento reclama da sujeira do parque “Tem cachoeira, mas está tudo sujo e mal cuidado. Isso porque foi revitalizado a pouco tempo.” Em volta do parque há muito lixo jogado por quem mora perto. O Instituto Brasília Ambiental alega que há uma parceria com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), mas é muito mais importante que as pessoas tenham consciência.

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PARQUE  SABURO ONOYAMA
O Parque Ecológico Saburo Onoyama, conhecido popularmente como “vai quem quer” foi inaugurado em 1988. Após 26 anos, o local recebeu as obras de revitalização pois estava abandonado e era utilizado como ponto de drogas. O principal diferencial do Saburo é a piscina pública que fica aberta de quinta a domingo, das 9 h às 16 h. Nos finais de semana a área recebe mais de 3 mil visitantes.

Por ser um parque com atrativos diferentes, o Saburo Onoyama é um dos que mais recebe visita do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM) . Ainda assim, é notável que os frequentadores não respeitam o espaço ambiental. O lixo em volta da mata está em grande quantidade. A cabelereira Silvana acredita que a fiscalização poderia aumentar “O ser humano só funciona se estiver em cima”.

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PARQUE TRÊS MENINAS
O Parque Três Meninas fica entre as quadras 609 e 611 de Samambaia. A área corresponde a 66,5374 hectares. Visualmente, o local é agradável, com muito verde e opções de lazer para todas as idades. Tem pista de skate, de cooper, parquinho para os pequenos e atividades de grupo para adultos, como aulas coletivas de yoga. Mas, nem tudo está perfeito: falta mais iluminação e mais segurança, segundo os frequentadores.

O horário de funcionamento do Três Meninas contempla apenas o período diurno. entre  7h e 18h. Os visitantes reclamam que fica escuro antes de anoitecer. Há postes de luz em poucos pontos; a pista de cooper, por exemplo, não é iluminada. Apesar da reclamação, o Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), responsável pelo Parque, alega que a falta de iluminação não é um problema, pois o parque fica fechado durante a noite.

Outro problema citado pelos frequentadores é a insegurança. Falta policiais no local. Procuramos o IBRAM para saber se há algum projeto em vista para melhorar a segurança. O Instituto afirmou que trabalha junto às Secretarias do Meio Ambiente e Segurança para viabilizar a contratação de vigilantes terceirizados. Também procuramos a Polícia Militar que, em nota, afirmou fazer patrulhamento periódico no local. Ainda segundo a PM, nos finais de semana e feriados, há policiamento fixo. Nossa equipe de reportagem, contudo, visitou o o Três Meninas duas vezes em domingos diferentes e não viu policiamento.


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PARQUE  ÁGUAS CLARAS
O Parque Ecológico de Águas Claras fica na Avenida Castanheiras, ao lado do centro da cidade. O terreno corresponde a 95,4876 hectares, o que dá mais ou menos noventa campos de futebol. As características do parque contrastam com as da cidade: enquanto Águas Claras é um mar de prédios residenciais e asfalto, a reserva ecológica é um oásis de cerrado, com vegetação nativa preservada e mantida com o mínimo de impacto ambiental possível. De semelhante com a área urbana, só a localização geográfica e o nome. Os moradores da região administrativa número dez aproveitam esse contraste do Parque Águas Claras para quebrar a rotina do caos urbano. Levam a família ou vão sozinhos mesmo para caminhar, correr, pedalar e andar de skate.

Porém, os frequentadores têm que tomar cuidado com o ‘’trânsito’’ nas pistas. Durantes os finais de semana, o local recebe a visita de mais ou menos quatro mil pessoas, em média, de acordo com a administração. Apesar de não haver registro de acidentes graves, o alto número de frequentadores aumenta os perigos. Andar de bicicleta ou correr no pode ser arriscado, pois as pistas são todas compartilhadas entre os atletas da corrida e os ciclistas. Dentro do Parque existem quatro circuitos para quem quer dar uma volta, mas não há pista exclusiva para nenhuma modalidade. Para evitar este tipo de situação, antes de algumas curvas mais acentuadas, foram colocadas placas alertando o perigo no local.

O Instituto Brasília Ambiental (IBRAM) é o órgão responsável pelo Parque Ecológico Águas Claras. A assessoria de imprensa informou que, há um projeto para a construção de uma ciclovia. Entretanto, não há previsão de quando a obra vai começar e nem quanto vai custar.


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Clique em cima do parque para saber as informações


Leia a matéria completa publicada na versão impressa do Jornal Esquina:

http://issuu.com/blogdoesquina/docs/minoria_dos_parques_no_df_tem_estru


Por Eduardo Campos, Helena Azeredo, Júlia Campos e Matheus Nery

Falta de Ritalina gera transtorno no DF


Revolta é a palavra que resume o sentimento de mães que, desde o início do ano, não conseguem retirar a Ritalina (metilfnidato) no Adolescentro da quadra 603 Sul. A medicação é indicada para pacientes diagnosticados com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
  
Idas e vindas sem nenhuma previsão de quando o remédio irá chegar.  Mães vão ao local  com  receita em mãos e ouvem que a medicação esta em falta. A funcionária pública Talita da Costa tentou pegar a medicação no Adolescentro até o último dia. Por isso, acabou não percebendo a data do vencimento da receita quando foi comprar na farmácia convencional. 
                                                                    
Arte: Ronie Lobato
Entramos em contato com a Secretaria de Saúde e o Adolescentro e descobrimos que as informações se contradizem. No dia 31 de agosto , fomos informados pelo órgão que a medicação de 30 miligramas já havia chegado, e a de dez miligramas ainda estava em processo de compra. Porém, quando entramos em contato com o Adolescentro, nos contaram que o remédio de dez miligramas aguarda a liberação da Secretaria de Saúde. Não há previsão para a distribuição da Ritalina LA de 30 miligramas, de acordo com funcionários do posto.

Durante a produção da matéria, captamos imagens também para disciplina de Telejornal II. A imagem ficou estourada devido o sol estar muito forte no dia e o áudio da neurologista ficou ruim por ter sido feito com câmera amadora.

Confira o vídeo da matéria abaixo:




Confira também a matéria publicada na última edição do Jornal Esquina:

http://issuu.com/blogdoesquina/docs/adolescentro-sem-ritalina-desde-in_

Por Ediane Evaristo, Laís Rodrigues e Tayná Rodrigues

Editoria de cidadania: histórias de mulheres exploradas




Em reportagem fomos à marcha das Margaridas entrevistar mulheres negras que contaram como sofrem discriminação no trabalho e no convívio com a sociedade. Em Taguatinga falamos com Margarida Gomes uma mulher moradora de rua negra de 54 anos. Além disso, também temos uma entrevista interessante com a representante do grupo feminista "Pretas Candangas", Daniela Luciana.

Veja aqui a reportagem completa do jornal.

http://issuu.com/blogdoesquina/docs/negras__pobres__exploradas_-_rodrig

Por Rodrigo Alberto e Vinícius Brandão

Famílias escolhem crianças mais velhas para chamar de filhos

Adoção. O que passa pela sua cabeça quando você pensa na palavra adoção? Eu pensava em um bebê sendo entregue a uma família por uma assistente social. Mas não são apenas os bebês que precisam de um lar, muitas crianças consideradas “velhas”, necessitam do mesmo acolhimento. Sempre tive certo “preconceito” sobre a adoção. As mesmas opiniões que a maioria das pessoas têm rondavam os meus pensamentos. Argumentos como:  filho adotivo se revolta com a família, ninguém sabe o caráter dessa criança, ninguém sabe de onde ela veio, entre outros.
Porém, ouvi histórias de famílias que venceram os preconceitos, quiseram adotar uma criança "grandinha" (o mais importante é querer); superaram o medo do passado, muitas vezes pesado, desse novo integrante da família; e se prepararam para recebê-lo. Hoje, são exemplos de famílias. Com isso, eu vi que a adoção tardia (de crianças com mais de dois anos) tem grandiosidade e formosura.
Veja o vídeo com depoimentos de famílias que optaram pela adoção.


Leia a minha matéria para o Jornal Esquina na íntegra:


Saiba mais sobre adoção nos links:


Por Juliana Braz

Isolados por opção ou excluídos pela sociedade?


"O mundo lá fora está cobrando muito caro" diz Izabel, portadora do vírus HIV e vítima do preconceito.

Ainda hoje a realidade precisa de mudanças. O preconceito e as dificuldades que um portador do vírus HIV sofre os motivam a se manter cada vez mais longe do mundo "lá fora". 170 pessoas moram em uma comunidade no Recanto das Emas e vivem afastadas, quase isoladas, do que as atinge. Será que isso é uma opção ou que nós que os excluímos?

Conheci a Fraternidade Assistencial Lucas Evangelista (Fale), uma comunidade construída para abrigar pessoas soropositivas. A iniciativa foi de Jussara Santos Meguerian, 63 anos, em Uberlândia (MG), em 1991. A fundadora contou que começou a acolher portadores do vírus no próprio lar. Movida pela indignação com o preconceito que os soropositivos sofriam, ela trouxe para dentro de casa quem era motivo de pânico na cidade. Naquela época, quando o vírus ainda era novidade, o medo dominava a sociedade. Jussara mesmo foi vítima da falta de informação alheia quando resolveu ajudar os que precisavam. "Era terrível. As pessoas se afastavam lá de casa, nós tivemos problemas com as vizinhas que ficaram com medo", ressaltou a administradora do lugar.

Em 1995, a Fale se duplicou, e hoje possui duas sedes: uma no Triângulo Mineiro e uma no DF. Famílias inteiras se acomodam em 43 casas, nem todos os moradores são soropositivos. O medo do preconceito e das dificuldades assusta os habitantes, e muitos não veem a possibilidade de sair. Marcelo, desempregado e cego em decorrência da doença, mostrou que a falta de emprego para pessoas nessas condições os impede de viver inseridos na sociedade. "Oportunidade de trabalho lá fora, nós não temos. Não queira se enganar, porque você vai sofrer. Eu tenho um salário porque eu perdi a visão, até então, eu nunca tinha recebido nada”. A mulher do desempregado, Íris, se emocionou ao dizer que vontade de ter a própria casinha eles têm, o que está faltando são as oportunidades de realizar esse sonho. Uma pesquisa encomendada pela IAPAC (Associação Internacional de Médicos no Atendimento à AIDS) mostra que uma das maiores preocupações do portador é   com o fato das pessoas terem conhecimento que ele possui o vírus HIV.

"A Fale pra quem quer mudar é uma ótima casa", conta Íris, moradora da comunidade soropositiva.

Outro ponto que me fez refletir foi o jeito como os moradores falam da comunidade. Para eles o que existe ali é mais que um lugar pra morar, é uma família. Muitas vezes, nas entrevistas por mim realizadas, escutei palavras como "Casa", "família", "proteção", dentre outras que mostravam a representação do local para aqueles que lá residem. É como se, dentro da Fale, eles pudessem ser quem são, sem ter que sofrer preconceito ou indiferenças. Ali todos são iguais, não importa a necessidade. Izabel Cristina, também portadora do vírus e moradora, me contou que todos se ajudam sem medir esforços, pois já passaram ou presenciaram os problemas que a doença traz. "Hoje eu sou outra  pessoa, eu vejo o mundo completamente diferente. Através da Casa e das pessoas que moram aqui. Aqui é um paraíso". Na matéria da Agência de Notícias o entrevistado Gabriel Estrëla contou um pouco da sua vida depois de descobrir que era portador. 

Na comunidade nem todos são soropositivos. Conheci uma menina de 20 anos, Ana*, que é filha de uma portadora, mas não possui o vírus. Ela desabafou que não importa, só de morar no lugar já sofre preconceito. "Eles  sabem que a gente mora aqui. Então, pensam que somos portadores. Nós somos apenas os filhos". A menina diz que, para deixar pra trás a descriminação, está estudando e pretende sair da comunidade com os filhos e marido. O trabalho “O HIV e a AIDS: preconceito, discriminação e estigma no trabalho” mostra como a doença é associada aos termos.

*Ana preferiu não ter o nome verdadeiro exposto na matéria.
Depois dessa experiência e da conversa que tive com os moradores, pude perceber que a "Casa" é um refúgio para eles. Como se o preconceito e as diferenças fossem deixadas do lado de fora do portão.

http://issuu.com/blogdoesquina/docs/isolados_pela_aids
Por Kimberly Dias

Aluno especial é um exemplo de superação

O Distrito Federal possui 13 centros de ensino na educação especial para estudantes com deficiências que incluem Transtorno Global do Desenvolvimento e Altas Habilidades ou Superdotação. Cerca de 5 mil alunos das escolas passam por dificuldades de infraestrutura  como acessibilidade,  salas inadequadas, falta de quadras esportivas cobertas e piscinas, que contribuiriam para o trabalho pedagógico.
A Secretaria de Educação do DF repassou 3.477.671,44 reais para os centros de ensino no mês de agosto, de acordo com o relatório Contas Abertas. O valor é insuficiente para oferecer um ambiente adequado para os alunos. Itamar Pereira, vice-diretor do Centro de Ensino Especial 2 de Ceilândia, relata que o atraso no repasse da verba da secretaria requer medidas para manter o funcionamento da escola. Atualmente, há 568 alunos matriculados. Ouça abaixo um trecho da entrevista que ele deu à nossa equipe de reportagem:
 


 
Visitamos algumas escolas para conhecer a realidade de alguns alunos especiais atendidos pela rede de ensino do GDF. Encontramos exemplos de superação, como você vai ver neste vídeo:

 




A escola de Santa Maria promove anualmente um festival de atividades físicas e recreativas de inclusão. A proposta é promover a socialização entre alunos especiais e alunos de escolas regulares. Veja aqui o vídeo dos alunos do centro de ensino especial 1 de Santa Maria:  




Vídeo do Atleta Paulo Lacerda:


 


O professor e orientador Jorge Carvalho Gonçalves relata como foi a descoberta do atleta Paulo Lacerda. Ouça o depoimento:


Vimos outro exemplo de atividade pedagógica no Centro de Ensino Especial do Guará. Na aula de artesanato, os estudantes produzem agendas, tapetes, colares e brincos. A venda dos artesanatos ajuda a custear o material didático da escola. Navegue sobre a imagem e aproveite para se informar mais sobre o ensino especial no DF:



Serviço: Caso tenham interesse em participar dos eventos das escolas especiais. Abaixo os telefones de contato:
Relação dos centros de ensino:                                                                                                                                                    

NOME

TELEFONE

CEE 01 de Brasília - 220

7626/7627/

7628

CEEDV - 310

(61)7607/7609

CEE 02 de Brasília

(61)3209-7608

CEE 01 de Brazlândia

(61)3209-3665

CEE 01 de Ceilândia - 415

(61)3209-6871

CEE 02 de Ceilândia

(61)3209-8345

CEE 01 do Gama

(61)3209-8129

CEE 01 do Guará

(61)3209-3709

CEE 01 de Planaltina - 398

(61)3209-4475

CEE 01 de Taguatinga - 328

(61)3209-6749

CEE 01 de Samambaia

(61)3209-7744

CEE 01 de Santa Maria - 308

(61)3209-6614

CEE 01 de Sobradinho

(61)3209-4104

Escola Bilíngue

(61)3209-b6741

2976
Veja aqui reportagem completa do jornal.
 
http://issuu.com/blogdoesquina/docs/isolados_pela_aids
 
Por Simone Cimas e Sergio Lopes