Por Luiza Novetti
O Parque Sarah Kubitschek,
popularmente conhecido como “Parque da Cidade”, foi construído em 1978. Com 4,2
km² de área, é o maior parque urbano do mundo, superando até o mesmo o famoso Central Park, em Nova York. Por ter seu espaço tão grande, é fácil ter em sua
estrutura atividades que agradam a todos. Pedalinhos, Parque de diversão,
biciletário, entre outros. Mas um dos pontos mais famosos do local é o Parque
Ana Lídia, voltado para as crianças.
Inaugurado
em 1974, recebeu este nome em homenagem à Ana Lídia Braga, menina de sete anos
que sumiu durante o período da ditadura militar, de seu colégio na Asa Norte e
foi encontrada no dia seguinte, morta, no Campus da Universidade de Brasília
(UnB). O caso nunca foi solucionado.
Em
sua estrutura, o parque tem vários temas. Com abóboras da Cinderella, que
remetem aos contos de fadas, cabanas de índios, que remetem as residências
deste povo, barcos vikings, o famoso foguete que leva as crianças à altura
entre outros. Estas atrações encantam toda a criançada, e os deixa com gostinho
de quero mais.
Juliano e sua filha Júlia na entrada do Parque Ana Lídia |
É
o caso de Juliano Freitas, de 30 anos. Ele, que é de Recife, veio passear com a
filha, Lívia, de dois anos em meio em Brasília. Em uma semana, foi a terceira
vez que ele levou a pequena ao parque. “Ela
quer voltar todo dia. Adorou o lugar”, justificou Juliano.
Para
as crianças que moram aqui, o local também um atrativo e tanto. Por elas
gostarem tanto do local, as professoras de um colégio público na Samambaia
trouxeram os alunos para comemorar o dia das crianças no Parque Ana Lídia. “São
poucos parques que tem essa acessibilidade e esse espaço amplo e verde”, contou
a professora Osete Batista, de 47 anos.
A babá Juliana, ao lado de Heitor e Davi |
Em
outros casos, o ar livre que o parque proporciona pode ser o diferencial para a
saúde das crianças. Para Heitor, de 2 anos, o local passou a ser uma forma de
tratamento contra a asma. “Ele não pode ficar em lugares fechados, por isso
estamos aqui pelo menos três vezes na semana”, contou a babá do menino, Juliana
Mendes, de 24 anos. O menino brincava com o irmão mais velho, Davi, de cinco
anos.
Mas
algumas mães não confiam na seguridade do local para levar seu filhos. Mara
Bessa, de 40 anos, conta que nunca levou às filhas ao parque. “Eu temo pela
segurança delas, pois aqueles brinquedos parecem estarem velhos e enferrujados”,
declarou a mãe de Luma, de 13 anos e Ana Clara, de 8. Mara conta que quando era
jovem ia sempre ao parque e que adorava brincar no foguete mas faz ressalvas. “Naquele
tempo, os brinquedos pareciam mais novos e melhor conservados”, opinou ela.
Dentro
do Parque Ana Lídia é proibido andar de skate, adultos de bicicleta e patins,
animais, soltar pipa e entrar com bebidas alcoólicas. O horário de
funcionamento é das 8 horas da manhã às cinco da tarde.