O
veterinário que é denominado inspetor sanitário deve fazer o controle
higiênico, sanitário e tecnológico desde a observação da matéria prima até o
produto final para que os alimentos cheguem às mesas dos consumidores com alta
qualidade. “A inspeção visualiza o produto, desde a carcaça e define se o
produto está apto ou não para o consumo”, afirma a veterinária especialista em
higiene e inspeção de produtos de origem animal, Loiane Mayra.
Para
isso, é obrigatório o uso de ferramentas de qualidade, como Boas praticas de
Fabricação, Procedimentos de Operação Padrão (POP) e a Analise de perigos e
pontos críticos de controle (APPCC). “O inspetor é obrigado a utilizar as
ferramentas de qualidade para analisar os produtos e depois assinar embaixo,
pois se houver problemas de ordem sanitária ele é o responsável”, diz Loiane.
Tanto
na área de fiscalização de órgãos públicos como também em todas as indústrias
que comercializam produtos de origem animal é obrigatório ter um responsável técnico
veterinário. A responsável técnica veterinária do Extra/Grupo Pão de açúcar,
Barbara Lopes, afirma que somente o veterinário pode ser responsável técnico.
“O veterinário é qualificado para verificar todas as etapas de produção. Ele
sabe analisar se a carne é boa ou não quanto à cor, o cheiro, ou seja, pelas
condições físicas e microbiológicas”, ressalta.
“Todo
esse processo é necessário para evitar que alimentos clandestinos cheguem até
as mesas dos consumidores oferecendo riscos à saúde, já que os matadouros
clandestinos não garantem a sanidade dos animais”, afirma a estudante de
medicina veterinária da UNB, Mariana Calixto.
Inspeção
no DF
O DF
está se adequando para aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem
Animal (SISBI-POA). Esse é o selo de inspeção que permite a
comercialização de produtos de origem animal em todo território nacional. A
fiscalização já se adequou e depois, os estabelecimentos vão se adaptar às
exigências para aderir ao novo sistema de inspeção para conseguir um alto
padrão de qualidade nos produtos. “Esse trabalho da fiscalização junto aos
estabelecimentos transmite mais segurança
aos consumidores”, afirma Loiane Mayra.
Por Thais Valentim Chaves