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V CBJA: Responsabilidade dos jornalistas é um dos temas de palestra de inspiração

Por Natália Moraes

- Para Enrique Leff, professor e economista mexicano, a responsabilidade do jornalismo é criar uma cidadania ambiental. Economia verde e crise ambiental também foram temas discutidos -


Enrique Leff fala sobre as funções dos jornalistas em meio à pautas ambientais

O Centro Universitário de Brasílio sediou entre os dias 17, 18 e 19 de outubro o V Congresso Nacional de Jornalismo Ambiental. O tema do evento este ano foi “Jornalismo para o desenvolvimento sustentável”. Durante a palestra de inspiração “Sustentabilidade Ambiental: Racionalidades em Conflito”, realizada na tarde do dia 18 (sexta-feira), no auditório do Bloco 3 do Campus universitário, o professor e economista mexicano  Enrique Leff falou sobre as funções do jornalista que cobrem as pautas ambientais.

Para Enrique, a responsabilidade do jornalista em meio a pautas ambientais é saber e compreender as disputas políticas, conceituais e antológicas que estão na construção da sustentabilidade. É também transmitir notícias, conhecimentos e ter a função de passar uma lógica instrumental. “Hoje os jornalistas tem em potência um poder fantástico para criar a cidadania ambiental”, afirmou.

Leff diz também que a única maneira do jornalismo passar a um nível de conhecimento maior do tema é entrar e compreender como estão sendo as estratégias, compreender de uma maneira mais clara e sempre perguntar e mostrar que é, de fato, a crise ambiental. É preciso falar também sobre a verdadeira economia verde e ser transparente em suas abordagens sobre o tema.

Segundo o professor, a crise ambiental veio abalar o mundo moderno e assim, veio a reação do sistema econômico. Começaram a falar da ecologização da economia, e então chegou a economia verde. “Surgiu outro ramo que é a economia ecológica, menos radical. Juntando a economia ecológica e economia ambiental, temos a economia verde. Tudo compactado como em um presente”, disse. Para as Nações Unidas, a economia verde é a que traz melhoria do bem-estar humano e igualdade social, e também reduz impactos socioambientais.

Enrique lembrou da Rio 92, onde várias estratégias foram traçadas e que isso gerou projetos muito importantes na escala planetária. O evento aconteceu há 20 anos, e foi lá que foi aprovada o antecedente da economia verde, onde era possível gerar essa ecologização do mundo através da tecnologia. “Não conseguimos. Tivemos falha no mercado. Mas continuamos apostando, investindo e crendo nessa economia”, completou.