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V CBJA: Um breve histórico do jornalismo ambiental

Por Álvaro Viana (editor de dados) 

- Conheça um pouco sobre a história do jornalismo ambiental que está ganhando mais espaço nas redações e veja a necessidade de repensar as atividades ambientais desde já -

O V Congresso de Jornalismo Ambiental aconteceu entre 17 e 18 de outubro no UniCEUB. Um dos assuntos mais comentados de quem cobre meio-ambiente é de que, daqui a alguns anos, esse tipo de cobertura será essencial para todas as outras editorias. Além disso, a discussão sobre o aprendizado do jornalismo ambiental como nova diretriz curricular no curso de jornalismo e a constatação de um dos maiores aliados dos repórteres que fazem parte do plantéu de profissionais que noticiam a área é a internet e os meios multimidiáticos. Porém, com tantas questões, teorias, e respostas, você já parou para pensar um pouco mais sobre o que, de fato, é o jornalismo ambiental?

O início da atividade surgiu ainda na década de 1960, na França, após a Segunda Guerra Mundial, cenário onde o meio ambiente ganhou atenção para discussões em outros países. No Brasil, foi em 1989 que a Federação Nacional dos Jornalistas organizou o “Seminário para Jornalistas sobre População e Meio Ambiente”, onde estiveram especialistas de antro mundial. Este foi considerado o evento mais importante do país, e desde então, a atividade vem buscando espaço.

Hoje, o segmento de cobertura ambiental consegue atingir pontos de vista imprevisíveis e inéditos, como a mudança de clima na Arábia, onde os conflitos políticos  acontece com fervor, mostrada na reportagem de Francesco Femia e Caitlin Werrel, para a rede Earth Journalismo. Além dessa rede, outros meios de publicação específicos também têm espaço, como o Daily Climate e o Daily Glob, da SEJ (Society of Environmental Journalism). Já no Brasil, há a Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, e editorias específicas já criadas em grandes portais da web, tal qual UOL e iGIsso ilustra o preparo dos veículos à essa nova tendência e necessidade no cenário jornalístico atual.

A própria ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou no evento a importância da mídia para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma das principais promessas de programa ambiental concebida na Rio+20, que deve substituir os Objetivos do Milênio da ONU em 2015. “Não uma mídia que cobre e faz entrevista lá fora; mas uma que influencia, constrói e avalia os processos.” A ministra ainda mostrou que o Ministério do Ambiente contribuirá com o trabalho dos jornalistas “abrindo espaço para a mídia no ministério, para capacitação e interlocução”.

Uma crítica constante aos veículos de comunicação atuais é que o foco para assuntos sobre meio ambiente surge apenas com as tragédias. Veja abaixo algumas capas de jornais diários que trouxeram a questão ambiental em suas capas:



 





Para abrir os olhos

De acordo com pesquisa Evershoot Day 2013 feita pela rede Global Footprint, parceira da WWF, o consumo dos habitantes da Terra passou da capacidade de renovação do planeta. O levantamento apresenta o uso de matérias-primas que têm capacidade de regeneração na natureza, além da reciclagem de resíduos. Porém, em oito meses, o planeta todo acabou com o material que leva um ano para ser reposto pela natureza.

Uma das regiões mais críticas é a China, que necessitaria de 2,5 vezes sua capacidade de materiais para sustentar a necessidade de produção. Veja o gráfico abaixo

Entretanto, nem todos os países encontram-se nessa situação. O Brasil, por exemplo, não está incluso na lista de matérias-primas usadas em função da produção industrial, mesmo que esta, por sua vez, venha decrescendo, de 40 anos para cá -- como é indicado no gráfico que segue: