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A era do e-commerce: uso das redes sociais como ferramenta de mercado

Consumidor virtual. Você sabe o que é isso? Quase a metade da população brasileira se encaixa nesse perfil. O fato de você estar conectado neste momento já é um passo para ser bombardeado por pop ups e promoções de última hora. E provavelmente empresários de micro e pequena empresa estão em busca de pessoas com esse perfil. Tudo isso faz parte do e-commerce, forma de venda que tem se tornado cada vez mais atrativa para pequenas empresas brasileiras.

     “Vivemos em um mundo altamente conectado, onde as pessoas estão sempre pesquisando e têm a possibilidade de conhecer um pouco de tudo", relata a empresária Maria Eduarda Barbosa, que conta com a ajuda da internet para a venda de produtos. Dados do E-bit apontam que somente no primeiro trimestre de 2016, as vendas on-line movimentaram R$ 9,75 bilhões no Brasil, com 24,45 milhões de pedidos via internet. No total, houve um crescimento de 8% no comércio eletrônico.


                                          Dados de e-commerce no Brasil

De acordo com o relatório Digital, Social e Mobile, divulgado em 2015 pela agência de marketing social We Are Social, 29% da população mundial está presente nas mídias sociais. As redes sociais conectadas mais utilizadas para a promoção de produtos são o Instagram, Pinterest, Twitter e ferramentas, como as hashtags.


Conheça, abaixo, os tipos de venda que mais movimentam a internet:

Fonte: Brasil Sebrae Nacional 2015



Marketing invasivo

Aparelhos celulares avisam usuários sobre novas notificações. As pessoas costumam abrir o aplicativo para circular pelas fotos dos amigos, observar quem curtiu o último post e conferir quem são os novos seguidores. É nesse momento que o usuário conhece uma empresa e se interessa pelo serviço prestado. Esse tipo de comércio “agressivo” tem se tornado cada vez mais lucrativo para vendedores que buscam novas formas de venda. E o lucro? É real. Basta entrar em contato com o responsável, passar os dados e fornecer o pagamento. Pronto, mais uma compra foi realizada pela internet.

        Propaganda qualificada e gratuita. Esses são os principais motivos pelo qual o comerciante procura pelo negócio virtual, seja para empresas que permanecem apenas como loja virtual ou para as que operam em certo local e estão expandindo para a internet. Segundo o analista do Sebrae, Thiago Angelo, o e-commerce é uma excelente alternativa para contornar a parte do desemprego no Brasil. Ele explica que as vendas on-line possuem grande potencial de comercialização. Porém, o especialista ressalta alguns cuidados para empresários que pensam em utilizar redes sociais para expandir para o comércio virtual. Confira as dicas:

                                 


Apesar da facilidade em administrar uma empresa em redes sociais, o especialista conta que é preciso haver um trabalho de marketing digital por trás disso. Segundo ele, o conteúdo deve ser atrativo o suficiente para gerar renda e concretizar a venda. Tiago Angelo ressalta a importância do trabalho de relacionamento com o cliente e alerta para os limites da plataforma, em que, no caso de falhas, a venda seria diretamente afetada. “O empresário deve ter planejamento e direção, além de analisar a concorrência. Ele deve estar atento ao processo de venda, distribuição do produto e pós-venda, e utilizar uma linguagem acessível com navegação segura e prática. Tudo isso traz confiabilidade para o usuário”, diz o especialista.


De acordo com o Guia prático de orientação de e-commerce – varejo, divulgado pelo Sebrae neste ano, o consumidor on-line “pesquisa mais antes de comprar, encontra facilidade de comparar os preços e tem um senso de urgência muito apurado”. 

Conheça o perfil de quatro empresas brasilienses que contam com a ajuda do Instagram para a comercialização de produtos:


Nome: Tatiana Beserra Sá
Empresa: Brigadeira, perfil no aplicativo Instagram voltado para vendas de brigadeiros em Brasília


Tatiana escolheu o espaço virtual por estar começando no mercado, além de não possuir recursos para montar uma loja física. A empresária revela que a rede social contribuiu para um crescimento de 100% só no primeiro mês. Com mais de um ano no mercado, o crescimento das vendas da Brigaderia é de 65% mensalmente.
Apesar das vantagens apontadas por Tatiana, ela observa que nem todas as pessoas possuem acesso ao Instagram, e o público fica restrito aos que se conectam à rede. Para atrair novos clientes ou até mesmo manter o interesse, a empresária procura atualizar a mídia social, realizar promoções e investir em divulgações por meio de eventos.



Nome: Ana Luiza Lima e Nice Moanna
Empresa: Enrosca Meu Pescoço, marca especializada em gargantilhas.


 “Começamos despretensiosamente, para testar o mercado, vendendo pelo Instagram e, com o aumento de vendas para outros estados, sentimos a necessidade de ter um site. Sete meses depois lançamos nosso e-commerce e o aumento nas vendas foi de 233%”, declaram. Segundo as empresárias, as redes sociais auxiliam o vendedor a se aproximar mais de cada cliente. Portanto, as sócias reconhecem que esse meio de venda é desapropriado para clientes que desejam conhecer de perto o produto.



Nome: Luisa Coelho Araújo
Empresa: Toda das Coelhas, loja que fornece acessórios femininos



Luiza optou pela loja on-line por resultar em menos gastos e um número menor de despesas. “Vejo mais praticidade no meio virtual e o crescimento das vendas foi de 60%”, diz. Apesar das vantagens oferecidas pelo comércio eletrônico, a empresária ressalta que a venda cara a cara tem maior valor no quesito convencimento e a troca de experiências é maior.



Nome: Maria Eduarda Barbosa Santos
Empresa: Good Vibes, vendas de acessórios artesanais, em específico bolsas Wayuu.



Maria Eduarda utiliza o Instagram e o Facebook para divulgar os produtos. “Uma loja física seria mais custosa e o preço dos produtos poderia aumentar devido aos impostos”, cita. Desde o início o Instagram é a maior ferramenta de vendas, uma vez que as fotos são um dos principais recursos que os clientes têm para conhecer os produtos da marca. “Nossa loja cresceu mais de 90%”, conta. A primeira vantagem percebida por ela é que a empresa on-line trabalha por 24 horas.




Por Rafaela Amaral