Vaccarezza participou de almoço com membros da base. O ministro Luiz Sérgio, que também compareceu, afirmou que atritos são normais.
O líder do governo (dir), deputado Cândido Vaccarezza, ao lado do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (Vinicius Werneck/G1) |
O líder do governo na Câmara, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou, nesta terça-feira (31), que não existe crise entre os dois principais partidos governistas, PT e PMDB. De acordo com ele, a relação entre os dois grupos pode ser considerada um "casamento estável".
"O PMDB é um dos pilares fundamentais para sustentação e defesa do governo na Câmara. A relação entre PT e PMDB é de casamento estável. É claro que em uma base ampla existem discussões, mas isso não dissolve um casamento", disse Vaccarezza.
A frase foi dita após um almoço com deputados de ambos os partidos. A reunião também contou com a presença do ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e com o vice-líder do PMDB na Câmara, o deputado carioca Eduardo Cunha.
Para o ministro, atritos como os que ocorreram com a votação do código florestal são comuns e não podem ser "levados com tanta seriedade". Ele afirmou que a reunião não foi extraordinária e que este tipo de encontro ocorre mensalmente para que deputados da base aliada analizem e se preparem para a agenda de votações no Congresso.
Bancada governista da Câmara se reúne com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio (Vinicius Werneck/G1) |
"O PMDB é parte do governo. E temos que ressaltar que 21 projetos foram aprovados por esta base. Só tivemos um ponto de divergência. Não foi a primeira vez e não deve ser a última, isso é normal entre partidos", lembrou.
Já o representante do PMDB, Eduardo Cunha, enfatizou que não existem mágoas ou "sequelas" entre as legendas e negou os boatos de que haveria uma "pressão interna" por parte de seu partido para que os articulistas do governo fossem substituídos.
"Nós, do PMDB, estamos muito satisfeitos com a articulação do líder Vaccarezza e do ministro Luiz Sérgio. A única coisa que o PMDB sempre colocou é que temos que conversar mais. Isso não significa trocar com quem vai se conversar", afirmou.