Por Gabriela Vogado e Paulo Rocha
Cláudia Araujo em exposição na Joias da Vila |
A designer brasiliense Cláudia Araújo vai expor seu trabalho em Nova Iorque na NY Desing Week, entre os dias 18 e 21 de maio. Há oito anos no mercado local e depois de fazer cursos de especialização na Universidade de Brasília, na Associação Brasileira de Gemas e Joias (Abragem) e no Sebrae a designer começa a conquistar projeção internacional.
“O meu trabalho é essencialmente de criação. Tendo como objeto a produção e a venda de joias autorais”, explica. A execução, quando não terceirizada, é feita no ateliê do professor Cássio Mundim. Para chegar até a arte final, a designer precisou estudar gemologia – ciência que se dedica à pesquisa da composição, estrutura, propriedades e origem de pedras preciosas -, desenho técnico e processo criativo.
Sobre a exposição em Nova Iorque, Cláudia disse que considera a oportunidade um coroamento desses anos de dedicação, esforço e investimento. “Acredito na abertura de novas portas e oportunidades a partir deste evento", disse.
A designer afirma que não tem como estabelecer uma média de preços, pois fatores como originalidade, exclusividade da peça, tamanho, materiais utilizados e o esforço empreendido no processo produtivo variam muito. Segundo ela, o maior desafio é agregar valor ao produto final, de forma a garantir um retorno financeiro que compense o investimento.
Independente do preço, Cláudia acredita que o mercado do DF é promissor, pois existem consumidores com bom poder aquisitivo.
“O meu trabalho é essencialmente de criação. Tendo como objeto a produção e a venda de joias autorais”, explica. A execução, quando não terceirizada, é feita no ateliê do professor Cássio Mundim. Para chegar até a arte final, a designer precisou estudar gemologia – ciência que se dedica à pesquisa da composição, estrutura, propriedades e origem de pedras preciosas -, desenho técnico e processo criativo.
Sobre a exposição em Nova Iorque, Cláudia disse que considera a oportunidade um coroamento desses anos de dedicação, esforço e investimento. “Acredito na abertura de novas portas e oportunidades a partir deste evento", disse.
A designer afirma que não tem como estabelecer uma média de preços, pois fatores como originalidade, exclusividade da peça, tamanho, materiais utilizados e o esforço empreendido no processo produtivo variam muito. Segundo ela, o maior desafio é agregar valor ao produto final, de forma a garantir um retorno financeiro que compense o investimento.
Independente do preço, Cláudia acredita que o mercado do DF é promissor, pois existem consumidores com bom poder aquisitivo.
Confira entrevista na íntegra
Quando e como você começou a carreira de designer?
Sempre me interessei por joias e moda em geral. Mas a minha carreira nessa área teve início há cerca de oito anos, quando fiz um curso de design de joias com Andrea Tibery, profissional muito respeitada no ramo, formada em Desenho Industrial e Professora da Universidade de Brasília. A partir daí, passei a me interessar cada vez mais pela área. Já fiz cursos nas áreas de gemologia, joalheria, desenho técnico e processo criativo, dentre outros, em instituições como a Universidade de Brasília, a Abragem e o Sebrae. Também participei de catálogos e exposições promovidas pelo Sebrae e do Projeto Joias na Vila.
Onde é o espaço que você produz as joias?
O trabalho de criação e concepção da joia é realizado em meu escritório particular. A execução propriamente dita, quando não é terceirizada, tem sido feita atualmente no ateliê de Cássio Mundim, professor de joalheria largamente conhecido em Brasília e que disponibiliza seu espaço a diversos profissionais da área.
Agora você vai expor os seus produtos na NY Design Week. Você imaginava chegar tão longe em pouco tempo de trabalho?
Não diria que o tempo de trabalho foi curto, pois foram quase dez anos de intensa dedicação e muito investimento até adquirir o nível de visibilidade que, graças a Deus, tenho hoje no mercado. Considero a oportunidade de expor uma joia minha na NY Design Week como um coroamento desses anos de dedicação, esforço e investimento, mas também como um presente muito especial de Deus em minha carreira profissional. Acredito na abertura de novas portas e grandes oportunidades a partir desse evento.
O material utilizado é muito caro?
Certamente. A mais importante matéria-prima do meu trabalho é o ouro, além de gemas preciosas como o diamante. O grande desafio é, a partir de materiais com custo de mercado tão elevado, agregar valor ao produto final de forma a garantir um retorno financeiro que compense o alto investimento. Daí a importância que confiro à busca de plena qualidade em todo o processo produtivo, que abrange: (a) a concepção da joia, que deve revestir originalidade e criatividade suficientes para torná-la especial e exclusiva; (b) o processo de execução da peça, que deve ser feito com extremo zelo para não gerar nenhuma imperfeição no produto final; e (c) as atividades de acabamento e preparo da peça para entrega ao cliente, onde os mínimos detalhes devem ser observados para assegurar alto nível de satisfação para o cliente.
Qual é a média de preço das joias?
Não há como estabelecer uma média, pois o preço varia muito em função de diversos fatores como a originalidade do design, a exclusividade da peça, o tamanho, os materiais empregados e o esforço empreendido no processo produtivo.
Como é o processo de venda? São encomendas, ou você cria o produto e apresenta aos seus clientes?
O meu trabalho é essencialmente de criação, tendo como objeto a produção e a venda de joias autorais. Algumas vezes, o cliente me procura para a confecção de uma joia exclusiva para ele, e outras, pelo interesse em adquirir peças já produzidas por mim e divulgadas na internet ou em catálogos e exposições de que participo. Em todos os casos, porém, o processo de venda é sempre por encomenda, porque se trata de um trabalho artesanal e personalizado.
Quais são os principais clientes?
Em sua maioria, são mulheres de bom poder aquisitivo e gosto refinado, que procuram uma joia única e exclusiva.
Como você enxerga o mercado de Brasília para este ramo?
Acredito que o mercado é muito promissor, pois tenho percebido um interesse crescente das pessoas pela joia artesanal e autoral. Brasília tem um elevado poder aquisitivo em comparação com outros Estados brasileiros. Também tenho percebido serem cada vez mais comuns as parcerias entre os vários profissionais da área em nossa cidade, por meio de iniciativas que tendem a consolidar o mercado local.