Postagem em destaque

Nova plataforma!

Prezadas leitoras, prezados leitores, estamos com uma nova plataforma de conteúdo, lançada em junho de 2017. As reportagens são produtos tr...

Lago Paranoá será usado como fonte de água para população de Brasília, aponta professor da UnB

Por José Maurício


De acordo com o ex-presidente do Ibram, CAESB já possui autorização para implantar um projeto que garante abastecimento de água por meio do lago

O ex-presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e professor da Universidade de Brasília (UnB), Gustavo Souto Maior, especialista na área de gestão ambiental, afirma que a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB) possui um projeto com o objetivo de usar o lago Paranoá para suprir a demanda da população do DF por água.
Segundo o professor, a ideia já possui a autorização da Agência Nacional de Águas (ANA), órgão do governo responsável por regular o acesso aos recursos hídricos.
            “Atualmente a barragem de Santa Maria (responsável pela água oriunda do Parque Nacional) e a barragem do Descoberto são suficientes para atender 90% do DF. Os outros 10% vêm de pequenas captações”, disse o especialista.
De acordo com Souto Maior, em pouco tempo será preciso investir em novas formas de abastecimento de água. “A população é crescente, logo o consumo também”, explicou.
            Para tentar sanar a questão, em 2006, durante um dos governos Roriz, foi criado um projeto de captação de recurso por meio da Usina Corumbá IV, localizada em Luziânia (GO). Mas, segundo Souto Maior, a proposta pode ser considerada como propaganda enganosa. O professor garantiu que, devido à distância e aos altos custos com dutos e equipamentos, “o processo de moção da água através dessa estratégia é complicado e desinteressante do ponto de vista financeiro.”.
             O ambientalista não conseguiu assegurar um prazo para a implantação da medida, mas afirmou que é para breve.
Não se sabe a quantidade de água que precisaria ser retirada ou de que forma isso seria feito. Procurada pela reportagem, a assessoria da Caesb não quis se manifestar.