Postagem em destaque

Nova plataforma!

Prezadas leitoras, prezados leitores, estamos com uma nova plataforma de conteúdo, lançada em junho de 2017. As reportagens são produtos tr...

Brasilienses se encontram aos domingos no Eixão em busca de diversão

Por Luciana Amaral

Centenas de moradores de Brasília desfrutam do “Eixão do Lazer“, o eixo rodoviário que corta as asas Sul e Norte da capital federal. Ela é uma das principais avenidas da cidade e fica aberta somente para pedestres das 6h às 18h todos os domingos. Assim, vira espaço para a prática de esportes.

    Moradores de Brasília se reúnem no “Eixão do Lazer” aos domingos para praticar esportes

Por toda a via durante o dia é possível encontrar pessoas fazendo caminhadas, andando de bicicleta, patins e skate. Os praticantes da prancha do asfalto tem até lugar específico para se encontrar – na 114/115 Norte.

A taquígrafa Célia Franca junta toda a família e vai para o Eixão quase todos os domingos há mais de cinco anos.  Ela prefere andar de patins ou a pé, enquanto os filhos andam de bicicleta e skate. Além do espaço livre, Célia fala que também gosta do local pelo tempo que fica aberto. “Porque aí a gente pode vir em outros horários, né? Se não der para vir muito cedo.”


  Menino anda de bicicleta pela avenida com uma roda no ar

O skatista Jonathan Boaventura, de 15 anos, chega todo domingo na 114/115 Norte por volta das 8h e só vai embora depois das 17h. Ele começou a andar de skate há apenas dois meses, mas ressalta as vantagens de ir para o local. De acordo com Jonathan, o espaço é muito bom para observar os mais experientes e contar com a ajuda de amigos. “Eles passam algumas coisas para a gente fazer. Aí a gente vai pegando essas coisas até botar no skate.”

Rafael Santos, também de 15 anos, pratica skate na região há três anos e se arrisca em manobras divertidas. Ele diz como foi aprender a andar de skate plantando bananeira: “Ah, caindo muito, direto”.

O skatista Rafael Santos gosta de andar de skate “plantando bananeira”
                   
Marco Antônio Alves é diretor da Associação Longbrothers, que há seis anos se propõe a difundir a cultura e prática do skate. Assim, todo final de semana a associação monta uma estrutura na pista com tenda de música e, há cerca de um ano e meio, atendendo a pedidos, criou uma escola para ensinar o esporte.
 
Atualmente, a escola conta com 15 crianças, apesar de contar também com alunos adultos e até com mais de 60 anos.  “Por que? Eles veem, acham legal, às vezes trazem os filhos e a gente convence a andarem juntos. Passamos a ideia de andar em família e tirar a molecada de dentro de casa.”

Adolescente faz manobra em barra de ferro instalado no meio da pista
 
Segundo Marco Antônio, existe gente na fila de espera para as aulas. Ele diz que não é possível atender a todos, pois são apenas dois instrutores.  Para o diretor da Associação Longbrothers, o Eixão é ótimo para a prática do skate e reunir a família. “É o lugar perfeito. Uma praia desse tamanho com 14 km para usar. A gente usa só essa parte de baixo, em que a pista é ótima, larga e com asfalto perfeito. Tem que botar para movimentar, para a comunidade mesmo curtir.”

Além dos skates, longboards, skates em pranchas mais compridas, podem ser vistos deslizando pelo asfalto em manobras ao som de um DJ. Por causa do tamanho, manobras do surf podem ser praticadas fora d`água.
 

      Homem mostra que o longboard também é ágil para manobras e tem espaço garantido no Eixão.
 
 
Mesmo assim, nem só de patins, bicicletas e skates vive o Eixão. Fora da pista, nas árvores ao lado da avenida, estão praticantes de  slackline. Os amigos Nathan Gabriel, Leonardo Silva, ambos de 18 anos, e André Luiz, de 17, resolveram experimentar o esporte que consiste em atravessar uma corda suspensa no ar e virou febre em todo o mundo. Segundo o trio, a maior dificuldade é não perder o equilíbrio. “Já já a gente esta aí conseguindo andar até o final e voltar.”

 
   O estudante Leonardo Silva tenta se equilibrar sobre a corda usada no slackline