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Cidadãos marcham pela moralidade

Marcha contra a corrupção reúne 25 mil pessoas em Brasília no feriado de 7 de setembro.

Por Camila Griguc

Manifestantes pediram moralização da
política brasileira. (Foto: Sérgio
Vinícius)
Nada de propagandas políticas e referências partidárias. A marcha contra a corrupção - na Esplanada dos Ministérios no feriado de 7 de setembro -  não tinha patrocínio nenhum. Todos se reuniram com o mesmo objetivo: protestar contra a corrupção no governo.

Organizado por meio de redes sociais, na internet, o protesto reuniu cerca de 25 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. O número de participantes surpreendeu a todos e dividiu atenção com o desfile comemorativo do dia 7 de setembro, em Brasília. Muitas pessoas que foram assistir ao desfile aderiram à marcha. “Eu nem sabia, mas adorei o grito de guerra, o objetivo, e resolvi me misturar, já pintei o rosto e vou até o final!”, afirmou o estudante de direito Pedro Almeida.

Vestidos de preto, com narizes de palhaço, apitos, pinturas no rosto e faixas, os manifestantes não desanimaram nem com o sol forte e a seca. Era um grito de guerra seguido de outro. Em sua grande maioria, as críticas eram sobre a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) na Câmara Federal, o voto secreto no Congresso, os recentes escândalos de corrupção no governo e a manutenção do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no comando do legislativo.

Na abertura do protesto, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, fez um breve discurso afirmando o seu apoio ao movimento. "Essa é uma forma de dizer ao País o que queremos, com moralidade e justiça. É um grito que precisa ser ouvido. A classe média saiu de casa e veio para a rua. Foi assim com as Diretas-Já e com o impeachment. É assim que começa", afirmou.


Mais de 25 mil pessoas fizeram o percurso da caminhada
contra corrupção. (Foto: Sérgio Vinícius)

 
Luiz Miguel, 64 anos, já participou de muitas manifestações, mas garantiu que essa marcou sua vida. “Não dá para caminhar e não se comover com os gritos e as faixas. Eu sempre via partidos promovendo passeatas, mas essa aqui veio do coração. O povo tá cansado de roubalheira, dá pra ver na cara de todo mundo”. Mesmo com dor, seu Miguel ficou até o final. “A coluna incomoda, mas eu não vou sair daqui de jeito nenhum, me sinto um jovem nesse meio, quero viver pra ver essa mudança no país”.

Veja mais fotos da Marcha Contra a Corrupção: