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Loira ou morena? Eis a questão.

As mudanças visuais muitas vezes estão relacionadas com as tendências ditadas pelas celebridades


Por Amanda Carvalho

A enfermeira Daniela Bueno
mudou o visual e agora aderiu o loiro e
a escova progressiva
Quem tem cabelo liso quer ter cacheado. Quem tem cacheado quer ter liso. Quem é loira quer ser morena. As mulheres mudam o tom, o corte, o tamanho do cabelo como trocam de roupa. Segundo a cabelereira Idalina Almeida, 52 anos, defende que essas mudanças podem fazer bem: “A mulher gosta de se sentir bem, bonita. Mudar o visual melhora a autoestima. O que não pode é ficar louca correndo atrás de tendências, com modelos que não combinam com o seu estilo. Mudar faz parte”.
Há quem concorde com isso. A estudante de fisioterapia Arlane Oliveira, 23 anos, acha que mudar o cabelo tem a ver com o momento que está vivendo “Meu cabelo reflete o agora. Acabei de reprovar na monografia, fiquei muito triste, mas passou. Agora, estou pronta para começar de novo. Para a nova fase, um novo cabelo que me deixou muito melhor”.
A enfermeira Daniela Bueno, 24 anos, nunca deixa de ir ao salão. Para ela, é como fazer terapia “Vou ao cabelereiro todas as semanas, nem que seja para fazer a unha. Vou ao mesmo há 12 anos e ele, além de um grande amigo, ouve todas as minhas confidências”. Para ela, as mulheres gostam de mudar de acordo com o estado de espírito “acho que todas as mulheres mudam a partir das fases que estão vivendo. Quando enfrentei um término de namoro longo, cortei os cabelos bem curtos. Aquilo pra mim, foi como encerrar um ciclo na minha vida” desabafa. Hoje, Daniela entra no time das loiras com escova progressiva: “Meu cabelo original é castanho escuro e ondulado. Mas, depois de toda a química, ele ficou liso e loiro”.
A designer de moda Crislayne Patriota, 22 anos, acredita que o cabelo referencia a personalidade da pessoa “Tem gente que quer estar na moda de qualquer jeito e não respeita a própria personalidade”. Ela mesma já cometeu uma gafe: “Quando a [atriz] Carolina Dieckman platinou os cabelos para uma novela, achei aquilo o máximo e fui com tudo para o salão”. As dicas do cabelereiro de Crislayne não surtiram efeito: “Ele fez de tudo, disse que o cabelo ia ficar igual uma vassoura, se não fosse tratado semanalmente, mas, mesmo assim, eu bati o pé e fiz. Não deu outra, me arrependi semanas depois do cabelo de Barbie”, relata.
A cabelereira Idalina Almeida atende cerca de 40 mulheres por semana em seu salão, localizado em Sobradinho. Segundo ela, a maioria prefere os cabelos chapados e loiros: “A pessoa vem com o modelo que viu em uma revista, e pede para que eu faça igual. Eu aconselho a cliente a fazer algo que tenha mais a ver com seu formato de rosto e seu tom de pele”.
Mesmo que a última tendência seja usar cabelos na cor verde, atente-se para o formato do rosto e o tom de pele: “Nunca faça uma mudança que não condiz com seu estilo. Converse sempre com o seu cabelereiro, ouça-o. O que fica bom para a sua amiga ou para uma artista pode não ficar bom para você. Respeite seus próprios limites”. Outra dica da cabeleireira é em relação à qualidade dos produtos: “Hoje já se sabe que é proibido usar formol nos alisantes. Procure sempre se informar sobre quais materiais vão ser usados em seu cabelo. Saúde é primordial”, afirma Idalina, que ganha cerca de R$ 4 mil por mês cuidando da cabeleira das mulheres enlouquecida com as tendências.