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Crescimento econômico do Brasil é "instável", segundo pesquisa

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou uma pesquisa nesta quinta-feira (15/03) que mostra instabilidade no desenvolvimento do país.

Para chegar a essa conclusão, os técnicos do órgão analisaram o Índice de Qualidade de Desenvolvimento (IQD) do Brasil, que mostra como os principais componentes do desenvolvimento econômico têm contribuído para o crescimento do país.

De acordo com dados do IBGE, do Banco Central, do Ipea e da FGV, o índice fechou o ano em 269,35 pontos, o que é considerado "instável" para o desenvolvimento.

Para compreender melhor o processo, é necessário analisar o comportamento dos subíndices que compõe o IQD, que são: o índice de desenvolvimento social, o índice de inserção externa e o índice de qualidade de crescimento (saiba mais sobre isso).
Em queda - O índice de desenvolvimento social apresentou um comportamento declinante ao longo de 2011. Esse comportamento se deu, segundo a pesquisa, por conta da taxa de desemprego ter aumentado ao longo do primeiro semestre do último ano. Mas acabou se estabilizando no meio do ano e só melhorou a partir de outubro.

Em relação ao índice de inserção externa, outro item mensurado, teve a influência da crise econômica europeia, momento considerado ruim para o desenvolvimento, com pontuações entre 209 e 216. O índice evoluiu para 256 pontos em outubro, contribuindo para a estabilidade do IQD, mas tornou a reduzir nos últimos dois meses do ano. De forma que em nenhum momento o índice saiu dessa zona de instabilidade.
No período de maior estabilidade, houve um  aumento do investimento estrangeiro direto ao longo de 2011. Outro motivo é a necessidade de elevação das reservas internacionais entre março e agosto. A marca negativa dominante foi dada pela renda líquida enviada ao exterior. O lucro, que poderia ter ficado no país, foi mandado para fora de casa.

Por fim, o índice de qualidade do crescimento, que apresentou um comportamento variável abriu o ano com 279 pontos, caiu para 245 pontos em março e se recuperou para 277 em agosto. Mas em outubro oscilou para a casa dos 240 pontos e fechou o ano em 251. Mais uma vez uma pontuação considerada instável para o desenvolvimento.

De acordo com o Ipea, essas altas e baixas do índice do crescimento ocorreram por causa das diferenças entre o capital que gira na economia e o que foi efetivamente produzido no mercado nacional.