Invasões irregulares, construções na orla do Lago
Paranoá e o crescimento desordenado da Vila Planalto ferem o tombamento de
Brasília.
A Vila Planalto é considerada uma das regiões de mais difícil solução. A legislação só permite construções de um pavimento, mas diariamente são construídos sobrados nas casas, além de prédios altos, destinados a quitinetes.
Bloco da 208 sul com pilotis cercado (foto: Diego Fernandez)
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Por Juliana Rabelo
Um dos locais mais
bonitos da cidade está tomado por invasões irregulares: a orla do Lago Paranoá.
Lúcio Costa a planejou com o ideal de um acesso democrático ao espelho d’água,
mas condomínios e hotéis de luxos tomaram conta das margens do lago.
O Ministério Público
tem ações judiciais contra vários empreendimentos à beira do lago, por exemplo,
o Lakeside. Para o promotor do MP, Paulo José Leite, os empresários e a
população precisam se conscientizar e a fiscalização é fundamental para evitar
danos ao patrimônio. “A fiscalização que faz a lei ser efetiva, sem ela a norma
não vale e não valendo, os problemas se multiplicam porque um mau exemplo em um
local se reproduz em outro”,explica.
Nas asas Sul e Norte,
é comum ver áreas públicas invadidas por puxadinhos, principalmente nos
fundos dos comércios. Em vista disso, o Governo do Distrito Federal criou uma
lei para regularizar e padronizar as invasões. O prazo para os empresários
apresentarem o projeto termina no dia 30 de abril. A Vila Planalto é considerada uma das regiões de mais difícil solução. A legislação só permite construções de um pavimento, mas diariamente são construídos sobrados nas casas, além de prédios altos, destinados a quitinetes.
De acordo com o
secretário de Habitação, Geraldo Magela, há uma proposta no Plano de Preservação do Conjunto Tombado de Brasília que legaliza construções de até
8,5 metros de altura, mas quitinetes é expressamente proibido, afirma o
secretário. “Não podemos aceitar que seja desvirtuado com a construção de
quitinetes, isso estará definitivamente proibido e quem estiver construindo ou
já tiver construído vai ter que alterar a sua construção porque não será
permitido.”