Por Luísa Peleja
Estudante de jornalismo
Nesta semana, cirurgias de reconstituição da mama têm sido realizadas nos hospitais públicos do DF através do Sistema Público de Saúde (SUS). As beneficiadas são mulheres de diversas idades que passaram pela difícil etapa de recuperação do câncer que, na maioria das vezes, leva consigo um grande pedaço da sensualidade e autoestima das mulheres, os seios. Até sexta-feira, 9, pelo menos 55 cirurgias acontecerão, contando com ajuda de profissionais voluntários, sendo eles cirurgiões e enfermeiros.
Desde o final de 2010 a frente da Associação das Mulheres Mastectomizadas do Distrito Federal (Recomeçar), Joana Jeker dos Anjos (na foto ao lado), 35 anos, trabalha para que o sonho dessas mulheres de se sentir completa, seja realizado. Segundo a presidente da associação, em 2010 apenas 70 cirurgias foram realizadas, mas após tomar força no ano passado mais de 250 pacientes já foram beneficiadas. “A sensação é de renascimento. A felicidade nos olhos dessas pessoas que já sofreram tanto é lindo de acompanhar”, diz. No momento em que Joana falava, ela estava visitando uma das pacientes, “A minha relação com elas é bem próxima. Dividir essa conquista com elas é o meu presente”.
A presidente da Recomeçar fala por experiência própria, já que há 3 anos passou pelo mesmo processo de reconstituição. Cada cirurgia custa em média 15 mil reais e, normalmente, é preciso mais de uma para deixar a mama em ótimo estado. O que seria inviável para a maior parte das vítimas do câncer de mama que atinge mulheres de todas as classes sociais. Na cerimônia de abertura do mutirão, o governador, Agnelo Queiroz, prometeu, até o final do ano, diminuir quase a zero a fila de espera da cirurgia.