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Denúncia: remédio para diabético é oferecido como emagrecedor em farmácias do DF

Um remédio para diabetes tem sido ilegalmente, vendido como emagrecedor em farmácias no Distrito Federal. A partir de uma consulta simples, a reportagem pôde constatar que o remédio chamado Victoza está sendo usado com o objetivo de emagrecer apesar de ser para tratar diabetes mellitus tipo 2, quando dieta e exercícios sozinhos não são suficientes para o controle da glicemia.  Seu preço está entre 380 à 402,90 reais, apesar do valor do remédio, é preciso fazer encomenda devido a “grande procura” de acordo com comerciantes.

A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já proibiu remédios usados como emagrecedores que continham anfetaminas, porém os usuários sempre encontram  forma de driblar a situação.  A Anvisa não apresenta estudos que comprovem qualquer grau de eficácia ou segurança do uso do produto Victoza para redução de peso e ainda afirma que o uso para outra finalidade caracteriza elevado risco  sanitário para a  saúde da população, mas mesmo assim o medicamento continua sendo adquirido para tal fim.

O remédio que está sendo consumido por esse público de uma forma incorreta é o Victoza (Liraglutina), que é um antidiabético e está disponível em diversas farmácias em Brasília, sem prescrição médica.


Foi informada pela Anvisa que uso de receita para a compra deste remédio é estritamente obrigatória mas na realidade, o acesso é extremamente fácil, pode-se fazer o pedido até por telefone, ao perguntar se é preciso de receita, não existe nem discussão, a resposta é, não.


A Anvisa reconhece que é possível que exista comércio irregular do medicamento e assegura que monitora o uso. “Considerando a situação atual do produto no mercado, em que já foi gerado um sinal de uso off label (uso de medicamento para indicações clínicas diferentes das autorizadas) para tratamento de obesidade, há de se tomar medidas sanitárias no sentido de alertar sobre o fato”, explicou a agência em nota.


Vigilância Sanitária

A Vigilância Sanitária informou que para a venda do produto, a prescrição médica é necessária, porém não existe retenção da receita, isso seria um fator que facilita a venda sem receita própria e informa que não consegue detectar a prática. “Não há meios que mostrem se o produto é vendido ou não nos estabelecimentos farmacêuticos”, aponta.

A Vigilância Sanitária acrescenta que a fiscalização também é papel da sociedade “É importante (a ação da população) na medida em que esteja conscientizada de que medicamento só deve ser consumido mediante acompanhamento médico, mesmo aqueles que independam de prescrição, pois qualquer medicamento utilizado de forma incorreta, em doses inadequadas, para fins diversos de sua indicação, pode causar danos, muitas das vezes, irreparáveis.”
Por Bruna Meneghini - Jornal Esquina on-line