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CEASA PROMOVE CAMPANHA CONTRA O DESPERDÍCIO


O dia mal amanhece e já se pode ver o chão da Central de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa) forrado de frutas e verduras. O descuido na hora de descarregar o caminhão fica claro. Na Ceasa, boa parte da produção de vários meses vira lixo em apenas um dia de trabalho.

Ailton Valente, 52 anos, é produtor rural e afirma que o desperdício ocorre principalmente com as folhagens. Os alimentos menos perecíveis, como cebola e batata, também são desperdiçados, mas em menor quantidade. O carregador José Dias, 28 anos, trabalha na feira há três anos e diz que muita coisa que cai das caixas na hora de descarregar do caminhão, é possível levar para casa, porém vai direto para o lixo. “Sempre tem um fiscal cobrando as taxas dos produtores, mas não há funcionários para verificar o desperdício. Acredito que isso aconteça por falta de organização. Se cair alguma coisa no momento em que estou carregando, não posso parar para pegar. O cliente não espera e o patrão tá em cima”, afirma José.
No final do dia é visível a quantidade de alimentos desperdiçados. Geralmente, pessoas se aglomeram para recolher os restos jogados em tonéis de lixo ou no chão. Dona Maria Inês, 56 anos, vai à Ceasa todo final de semana e garante que consegue pegar muita coisa boa. “Sustento os meus quatro netos com tudo que levo daqui. É muita coisa boa no lixo. Levo para mim e também dou um pouquinho para os vizinhos, mas conheço gente que leva para vender, gente que até abriu uma quitandinha”, diz.
Programa Desperdício Zero
Para reduzir as perdas, a Ceasa criou o programa Desperdício Zero, que pretende fazer a coleta das sobras, e posteriormente, distribuí-las à famílias carentes e entidades cadastradas na iniciativa. Essa medida evita que duas mil toneladas de alimentos sejam desperdiçadas.
Muitos feirantes também fazem doações, é o caso do produtor Jadilson Neves. “Toda segunda e sexta-feira vêm voluntários aqui na Ceasa para pegar frutas e verduras para levar para creches, asilos e outras pessoas que precisam. A gente sempre acaba ajudando no que pode”, afirma o produtor.