Postagem em destaque

Nova plataforma!

Prezadas leitoras, prezados leitores, estamos com uma nova plataforma de conteúdo, lançada em junho de 2017. As reportagens são produtos tr...

Catadores esperam lixo do Lago Sul para “principal refeição”

Catadores de lixo no aterro sanitário da Vila Estrutural, a 18 quilômetros do Congresso Nacional, alimentam-se de resto de comida que encontram no lixo e guardam a maior expectativa para o caminhão que traz os restos do Lago Sul, bairro nobre da capital. Segundo um catador que preferiu se identificar como Moacir, de 38 anos, o lixo que chega nos caminhões vindos do lago sul, trazem comida em melhores condições. “Nesse caminhão, é certeza que tem coisa (comida) melhor”, explica.
O catador mora com a esposa no lixão diz que, com o dinheiro que ganha separando material reciclado do lixo orgânico, não dá para comprar comida.  “A maioria do que a gente come é do lixo, porque o dinheirinho que sobra é para pagar as contas”, lamenta. O lixo do Lago Sul tem uma área reservada já conhecida pelos catadores. Lá pode ser encontrado mais carne, por exemplo. “A gente lava e salga a carne para tirar o mau cheiro”.

Os catadores reviram, acham, cheiram, provam e decidem se o alimento encontrado no lixão de Brasília pode ser a refeição do dia. Pequenas estruturas montadas no meio do lixo, como fogões improvisados com tijolos e panelas velhas servem para preparar o alimento.

Eles usam luvas durante o coleta que são retiradas apenas para a hora da refeição. A catadora Eliana, 30 anos, que trabalha no lixão há seis meses, explica que nem todos os trabalhadores do lixo se alimentam de resto encontrado, mas, que é muito difícil se alimentar por lá. “Até as coisas que a gente traz aqui pra dentro, eu tenho nojo de comer”, lamenta.

Por Gabriella Leite - Esquina On-line