Postagem em destaque

Nova plataforma!

Prezadas leitoras, prezados leitores, estamos com uma nova plataforma de conteúdo, lançada em junho de 2017. As reportagens são produtos tr...

Foi dada a largada: Pilotos de Brasília largam os estudos para seguir o sonho de correr


Todos os dias por motivos diferentes, jovens largam os estudos. Essa desistência da vida escolar pode trazer muitas consequências, que nem sempre são negativas. Alguns largaram por razoes familiares, outros por não quererem mais estudar, ou que sentirem dificuldade, alguns por causa de seus trabalhos e outros parar correrem atrás de seus sonhos. Como por exemplo João Ricardo Vieira de 17 anos que começou a correr de carro com 6 anos de idade apenas, parou de ir à escola em outubro de 2013 e se mudou para a Itália em 2014.

João conta que parou de ir à escola em 2013 devido ao número de viagens que tinha de fazer para as corridas e diz ainda que para um piloto profissional é extremamente difícil conseguir conciliar os estudos com a vida de pilo. "Conciliar estudos e automobilismo é muito difícil mesmo por internet porque durante o dia o piloto ele treina muito e ele tem que estudar o carro também que é muito complexo em termos de mecânica e de eletrônica então não sobra muito tempo para estudar. Frequentar uma escola ou universidade é muito difícil, nosso estudo é o carro!!".

 João Ricardo relata que nunca teve problema em ter o apoio dos pais para seguir essa vida, "especialmente meu pai que também gosta muito de automobilismo". Segundo ele nunca se arrependeu da escolha de vida que fez, e que não mudaria sua vida de piloto para estudar. "Se eu pudesse voltar atrás não mudaria nada, acho que não existe nada que pague a experiência de vida que pode haver um piloto profissional". Para ele a única dificuldade de levar essa vida de piloto é da saudade, "Dificuldades é ter que ficar muito longe da família e já ter que morar em outro país sozinho sem nem ter 18 anos ainda é muito complicado, vim morar aqui tinha apenas feito 16 anos". 

Outro caso de jovem determinado a seguir seu sonho é Ítalo Leão de 20 anos, que mora em Brasília e que atualmente corre na categoria centro-oeste de marcas e pilotos. Ítalo conta que começou a ser piloto com penas 8 anos de idade em 2003. Ele parou de estudar na terceira série do ensino médio, mas conta que nunca se arrependeu de suas escolhas. Ítalo, que já teve experiências no exterior e que por nada no mundo teria deixado de vive-las, "Não me arrependo de nada do que eu fiz pois a minha experiência fora do país valeu mais a pena". O jovem completa ainda dizendo que seus pais nunca deixaram de o apoiar.

Ítalo ainda tentou conciliar os estudos com a vida de piloto, mas na época em que começou a pilotar ficou difícil, por morar fora do país e viajar muito, "eu estava fora do país e voltava apenas uma vez por mês". Ele relata ainda que a única dificuldade que teve foi a distância da família, e toda a pressão com o trabalho.

Um caso claro de esforços é Gustavo Antunes Lima de 19 anos, que corre na categoria stock car, que também mora em Brasília e leva essa vida agitada de piloto. O diferencial de Gustavo é que mesmo levando todo esse ritmo de piloto, ele ainda estuda. Com muitas dificuldades faz o possível para não parar sua vida escolar. Ele relata que começou a sentir dificuldades em continuar estudando no ano de 2012 quando começou a fazer muitas viagens para a Europa, "com as corridas na Europa os estudos ficaram meio difíceis, pelo fato de passar muito tempo lá, várias semanas, perdia muito conteúdo, era difícil, mas nunca deixei de lado".

Gustavo diz ainda que, nunca se arrependeu de suas escolhas e não mudaria nada do que fez, "não me arrependo nem um pouco [...] Consegui chegar na categoria mais alta do automobilismo brasileiro, sempre foi meu sonho viver de corrida, e vou continuar sempre". Ressalta ainda dizendo que nunca deixou de ganhar o apoio dos pais "sempre me apoiaram, estão comigo em todas as corridas, o apoio deles é fundamental para mim". Esses meninos tem em comum mais do que um sonho. Têm uma determinação. E custe o que custar eles irão fazer o impossível para realizar, mesmo que isso signifique ficar longe da família e ter que parar de estudar.
 
...

Por Camila Cavalcanti