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População em situação de rua

Esta é a realidade de milhares de brasileiros do DF: aproximadamente 2.500 pessoas usam as ruas como moradia, dormem nas calçadas em noites frias, comem restos de alimentos da lata de lixo e têm grandes dificuldades em se reintegrar na sociedade.  A grande maioria é de homens com idade entre 20 e 44 anos.

Esse número, normalmente, tem aumento significativo no final do ano. Muitas famílias vêm para o Distrito Federal em busca de doações, especialmente roupas, alimentos e brinquedos. Nesta época, a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos organiza mais abordagens, mas muitas famílias recusam a ajuda do governo e também as vagas nos abrigos. Quando há crianças e adolescentes, a Secretaria aciona o Conselho Tutelar para que adote as medidas protetivas mais adequadas.

O psicólogo do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua  (Centro POP), Saulo Abe Dutra Meneses, explica que “essas pessoas, mesmo tendo oportunidade, preferem morar na rua, pois muitas
não têm um bom relacionamento com os familiares. E o histórico mais comum dessas pessoas que moram temporariamente nas ruas é de usuários de drogas e desestrutura familiar.”


Um levantamento da Secretaria Nacional de Assistência Social (SUAS) analisou as unidades do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua
(Centro Pop), no Distrito Federal. Há apenas dois espaços de atendimento a moradores de rua para o DF, um em Taguatinga e o outro em Samambaia. No entorno existem quatro: em Formosa, São João da Aliança, Valparaíso de Goiás e Goiânia.
  Segundo informação do Centro Pop de Formosa, no primeiro semestre de 2015, o município abordou 600 moradores de rua. Deles, 15 foram acolhidos no abrigo, por precisarem de ajuda e acompanhamento de uma instituição pública ou privada para sobreviver.  

 “O centro oferece às pessoas em situação de rua benefícios como alimentação, vestuário, e material de higiene pessoal. O local acolhe o morador de rua e identifica os parentes e retorna-o para a família. Também analisa a necessidade de encaminhar o indivíduo para a instituição que trabalha com recuperação de vícios.”, explica a Assistente Social Fátima Garcês que faz parte da equipe de apoio do Centro POP de Formosa.

No Centro de Referência Especializado em Pessoas em Situação de Rua (centro POP), encontrei Marilene Pereira dos Santos, de 49 anos. Após sair do mundo das drogas, a ex-usuária de crack recorre à poesia. A funcionária pública reside na  casa de passagem em Formosa-GO. Ela começou a escrever poemas que retratam a própria realidade, pois só  consegue se expressar por meio da escrita.

Assista ao Poema "A Síndrome", de Marilene Pereira dos Santos

Por Patrícia Alvarenga