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Filhos da tecnologia

Os riscos de crescer na frente de TVs, tablets e celulares, num mundo onde isso já é mais do que comum  



Imagine-se sentado no sofá, como essa criança da foto. Além da tela do tablet, o seu cérebro também recebe o estímulo da luz da televisão. Não só isso! Sons, muitos sons, vindos tanto de um dispositivo, como de outro. Te incomodou? Pois perturbou também o seu cérebro. Agora pense no cérebro de um bebê, uma criança, que ainda está em formação. Com certeza incomoda muito mais, não é mesmo?  
É mais comum do que parece: as crianças de hoje são inseridas no mundo tecnológico cada vez mais cedo. Os "filhos" da tecnologia desde bebês são bombardeados de informações por meio de dispositivos como celulares ou tablets. Muitas vezes, os pais usam esses recursos para "calar a boca" da criança em público. O que esses pais muitas vezes não sabem, é o mal que estão fazendo aos próprios filhos.  
A doutora Liubiana Regazonni, presidente do Departamento de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), recomenda que crianças de até dois anos de idade não tenham absolutamente nenhum contato com telas. Parece radical, não é mesmo? Mas os riscos são muitos.   
A maior preocupação está ligada ao desenvolvimento cognitivo e social delas. Segundo a SBP, crianças que passam muito tempo na internet podem desenvolver comportamentos violentos e vocabulários inadequados, ligados ao conteúdo a que assistem. Além disso, quando extrapolam os limites, essas crianças podem "demonstrar postura de irritabilidade exacerbada ao encerrar o período combinado para o uso, excesso de ansiedade, falta de criatividade para brincar com brinquedos ou para criar brincadeiras interessantes e distúrbios do sono, dentre outros", afirma a dra. Liubiana
A partir dos 2 anos de idade, a exposição a telas é permitida, mas com algumas restrições. As crianças não podem passar mais de 2 horas por dia na internet, e o conteúdo acessado deve ser monitorado pelos pais. A SBP aconselha que "crianças menores de 13 anos de idade não possuem maturidade suficiente para discernir conteúdos adequados, e podem ser expostas a situações de risco".  
Já podemos ver os resultados disso em muitos adolescentes hoje em dia. Os "filhos" da tecnologia são pessoas extremamente individualistas, que possuem dificuldade para se relacionar, e não conseguem se concentrar em uma mesma coisa por muito tempo.  
Na primeira infância os danos são imensuravelmente maiores, pois  o corpo dessas crianças ainda está em desenvolvimento. A postura inadequada no uso de dispositivos eletrônicos pode causar problemas na coluna, além de dores nos ombros e dores de cabeça. A recomendação é clara, e muito séria: não use seu celular como chupeta para o seu filho. 

As recomendações na íntegra você pode conferir na tabela abaixo: 
Confira aqui a matéria completa na versão para jornal impresso.





Por Luísa Bastos