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Sanfoneira leva alegria às casas de idosos

O projeto já passou pelo Núcleo Bandeirante, São Sebastião, Planaltina, Sobradinho I e Plano Piloto

 

Piauiense de Floriano, Maria Vieira da Silva, de 74 anos de idade, apresenta vitalidade de uma garota, diante das limitações físicas. Ainda na infância, ela foi vítima de um acidente de carro, que lhe custou a perna e o olho esquerdos. Tal fato não foi motivo de desânimo, mas serviu como trampolim para o início de uma trajetória de superação por meio da música, que inspira outras histórias.

Impressiona o número de idosos que, com o auxílio das cuidadoras, se aproximam para prestigiar a tarde de forró. Isabel Novais, que está na área de terapia ocupacional há quase oito anos, diz que Dona Gracinha traz alegria ao ambiente ao atrair moradores do prédio e vizinhos. “As pessoas param, filmam, outros curtem e até dançam”, conta Isabel. Há quatro anos, ela frequenta o condomínio, onde cuida da Dona Doris, 92, que está numa cadeira de rodas devido ao Alzheimer.  “Quando eu comecei a tocar aqui, Dona Doris ainda dançava”, conta Gracinha.
Com realização do Beco da Coruja Produções e patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC/DF), Dona Gracinha está à frente do projeto Forró dos Velhinhos, aonde ela circula por vários asilos do Distrito Federal pra levar música e alegria para os moradores e pacientes das casas. A sanfoneira diz que se sente realizada participando do projeto e também conta que, ao chegar às casas de idosos para tocar, o ambiente muda como se a alegria fosse a fiel companheira nas visitas. 
 
Tatiana Napomuceno é gerente administrativa da Casa do Vovô, um dos espaços agraciados pelo projeto Forró dos Velhinhos. Ela conta que as visitas tiram os o idosos da rotina, pois eles gostam muito de música e se reconhecem na imagem de Dona Gracinha, que mostra que é possível ser idoso, ter limitações e ser muito feliz. A gerente também ressalta a importância da música no tratamento e interação dos pacientes. “A gente tem uma idosa aqui que ela não fala, não se expressa, mas quando ouve música ela fica toda animada." Tatiana enxerga o conjunto de experiências vividas com os idosos e famílias como uma “escola de vida”. Ela trabalha há pouco mais de três anos na Casa do Vovô e é encantada pelo projeto guiado pelo carisma de Dona Gracinha da Sanfona. 


Por João Paulo Florêncio