Eles vêm, chegam e por aqui ficam. Os migrantes, como são conhecidos, representam hoje 75% da população brasiliense. É o que garante uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA. A situação é atípica, se levar em conta a idade da cidade.
O fato de ser a sede do governo contribui para a migração segundo o IPEA. A rodoviária interestadual de Brasília é a porta de entrada. São 25 plataformas de embarque, sete plataformas de desembarque e 60 bilheterias onde estão instaladas mais de quarenta empresas de ônibus.
No entanto, não é de hoje que a migração acontece. A aniversariante Delnais Teixeira de Brito, 51, esperava os pais no terminal rodoviário. Ela veio do Piauí e chegou a Brasília em 1982. “Lá (no Piauí) é melhor, porque é a terra da gente, mas não tem muitos meios de sobreviver” avalia Delnais.
Renata Gomide é de Ceres, Goiás e mora em Brasília pela segunda vez. A primeira foi de 2002 a 2005 e há dois anos e meio voltou a se fixar na capital. Ela esperava, no desembarque, a amiga de sua mãe Rosária Fernandes, 69, também moradora de Brasília. Rosária chegou em Brasília pela primeira vez em 1988. Veio de Minas Gerais, onde nasceu, e também já morou no Espirito Santo, hoje optou, novamente pelo DF.
Ouça a opinião de Rosária sobre o DF:
http://www.4shared.com/audio/8ORU9AZG/Rosria_Fernandes.html