por Maria Eugênia Caminha
A paulista Ana Carolina Rocha, de 23 anos, sofreu um grave acidente no mês de agosto. Ao tentar atravessar a rua fora da faixa de pedestre, em São Paulo, a jovem foi atropelada por um ônibus em alta velocidade e ficou entre a vida e a morte. O que a salvou foi o rápido atendimento médico e, como ela mesma revelou, 10 bolsas de sangue de 490 ml cada. O interessante é que Carolina, que tem 18 mil seguidores no Twitter e é conhecida na rede como @tchulimtchulim, causou comoção na internet e lançou a campanha "Vai Doa", que visa a estimular os jovens conectados a doar sangue e mandar fotos ou vídeos mostrando a experiência. Essa é apenas uma das recentes iniciativas que vêm chamando a atenção dos jovens para o assunto.
Em Brasília, os jovens tornaram-se o público-alvo prioritário da Fundação Hemocentro de Brasília. A última novidade é que, desde setembro, menores de 18 anos de idade já podem ser doadores voluntários de sangue. Conforme portaria do Ministério da Saúde, jovens com 16 e 17 anos devem comparecer no Hemocentro com um responsável legal e uma ficha de autorização. “Com essa nova legislação esperamos aumentar nosso cadastro de doadores voluntários além de conscientizar os jovens, cada vez mais cedo, da importância de contribuir com a sociedade de uma forma tão humanitária”, disse Laciene Montalvão, coordenadora responsável pelo Setor de Captação da FHB. A informação foi divulgada oficialmente no dia 16 de setembro.
Compromisso - Mais antigo é o Clube 25, iniciativa que busca fazer de jovens doadores de sangue regulares. Ao aderir o projeto, cada jovem deverá assumir o compromisso de realizar no mínimo três doações ao ano, totalizando 20 doações, até completar os 25 anos de idade. O controle é realizado por meio de uma Carteira de Membro Fidelizado do Clube, que vai registrando cada doação. Para começar, é necessário assistir a um treinamento ministrado pelo Hemocentro, assinar um Termo de Adesão após a primeira doação e comprometer-se a manter um estilo de vida saudável.
O esforço, segundo Ana Carolina, vale à pena. “Sangue não se compra, não aluga, não pega emprestado. Os quase quatro litros que recebi foram doados! Para cada bolsa, uma pessoa teve que acordar em um belo dia e ir doar". No caso da estudante, foi graças à colaboração de 10 pessoas. "Fiquei realmente tocada com isso, pois caso não existisse sangue para a minha cirurgia, eu não estaria aqui falando com você. A boa ação de pessoas que não me conhecem salvou a minha vida”, disse. Em Brasília, são doações por dia de anônimos que vão salvar vidas de pessoas que eles também não conhecem.
: : Para saber mais sobre a campanha Vai Doa!
Tumblr: http://vaidoa.tumblr.com
Twitter: @vaidoa
: : Para saber como participar do Clube 25
Fundação Hemocentro de Brasília
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