Com origem na
Irlanda, dança se popularizou na América no início da década de 30
Por Nádia
Laís
Sempre que se fala em sapateado a principal
característica que nos vem à cabeça é a dos barulhos que os dançarinos produzem
com os pés quando estão dançando. Mas onde surgiu o sapateado?
Muitos historiadores consideram que a dança tenha
surgido na Irlanda e alguns séculos depois tenha se popularizado na Inglaterra,
na época da Revolução Industrial, quando os operários usavam tamancos de
madeira para proteger os pés do chão quente das fábricas. Os sons que produziam
os tamancos acabaram virando motivo de brincadeiras entre os operários nos
intervalos de trabalho nas fábricas.
Com o passar do tempo os tamancos de madeira foram
substituídos por sapatos de couro, com moedas na ponta para que produzissem
som, até que se chegou ao modelo atual.
No século 19, o sapateado chegou à América, e entre
as décadas de 30 e 50 se popularizou por meio do cinema. No Brasil, o sapateado
começou sua história nos anos 40, mas ainda não se popularizou, como no caso do
balé.
A escolha da data da comemoração, 25 de maio, foi feita
em homenagem a Bill Robinson ou “Bojangles”, como era conhecido o ícone da
época, que fazia aniversário nessa data, e assinada pelo presidente George Bush
em 1989. O Dia é comemorado não só nos Estados Unidos, mas em vários países do
mundo.
A professora de sapateado Juliana Castro começou o
sapateado aos nove anos de idade na cidade do Rio de Janeiro. Hoje, tem uma
academia de danças em Brasília e ensina o sapateado americano, que tem como
principal meio de execução, o tronco e os pés. Nesse estilo, as solas dos sapatos
têm duas chapinhas de metal, uma na ponta dos dedos e outra no calcanhar.
Além do estilo americano existem também os estilos
flamenco e irlandês. “O sapateado exige muito trabalho de resistência física,
coordenação motora, memória e ritmo da pessoa”, de acordo com Juliana. A
professora confirma que a dança não se tornou popular no Brasil e que em
Brasília há poucas academias oferecendo a modalidade.
Engana-se quem acha que o sapateado trabalha apenas
os membros inferiores do corpo. Além de panturrilha e glúteos, ele também exercita
braços e músculos abdominais, e pode de ser uma ótima opção para quem quer
queimar calorias.
A estudante de Educação Física Valéria de Sousa já
sente a diferença após ter se matriculado nas aulas. “O sapateado é uma ótima modalidade
aeróbica para quem quer emagrecer, já perdi três quilos depois que entrei na
aula”, conta a aluna.